domingo, 8 de janeiro de 2017
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Esse clássico da literatura americana, que inspirou Martin Luther King e Gandhi, foi publicado pela Penguin Classics Companhia das Letras, em 2012. Henry David Thoreau (1817-1862), homem de múltiplos interesses, foi um corajoso crítico do consumismo, imperialismo e escravidão norte-americanos, e um dos precursores da ecologia e da resistência pacífica.
A edição da Penguin traz outros escritos, além do que empresta o título ao livro. Eis algumas citações:
Onde vivi, e para quê [2º capítulo de Walden, 1854]
"A riqueza de homem é proporcional à quantidade de coisas que pode abrir mão." (p. 40)
"Em meio ao mar agitado da vida civilizada, são tantas e tamanhas as nuvens, tormentas, areias movediças e os mil e um contratempos a levar em conta que, se não quiser naufragar e ir ao fundo sem chegar a porto algum, o homem tem que agir de acordo com sua bússola e ser um grande calculista para ter êxito. Simplifique, simplifique. Em vez de três refeições por dia, se for necessário faça uma só; em vez de cem pratos, cinco, e reduza as outras coisas na mesma proporção." (p. 50)
"Você alguma vez já pensou no que são aqueles dormentes sobre os quais repousam os trilhos? Cada um deles é um homem, um irlandês ou um ianque. Os trilhos assentam sobre eles, e eles se cobrem de areia, e os vagões deslizam suavemente em cima deles." (p. 51)
"Por que teríamos de viver com tanta pressa e desperdício de vida? Parecemos decididos a morrer de fome antes mesmo de ter apetite." (p. 51)
"Quando pensamos com sensatez e sem pressa, percebemos que apenas as coisas grandes e valiosas têm existência permanente e absoluta - que pequenos medos e pequenos prazeres não são mais do que sombras da realidade." (pp. 54-55)
A escravidão em Massachusetts [Discurso proferido no dia 04 de julho de 1854]
"O destino do país não depende de como votamos nas eleições - nesse jogo o pior dos homens se equipara ao melhor - , não depende do tipo de papel que colocamos na urna uma vez por ano, mas do tipo de homem que cada um de nós coloca na rua ao sair de casa a cada manhã." (pp. 74-75)
"O resultado de um bom governo é tornar a vida mais valiosa - o de um mau governo é torná-la menos valiosa." (p. 76)
"Quem pode estar sereno num país em que governantes e governados são desprovidos de princípios?" (p. 78)
Caminhar [1862]
"Desfrutar de uma crise com exclusividade significa geralmente negar a si próprio o verdadeiro desfrute." (p. 92)
"Acima de tudo, não podemos nos dar ao luxo de deixar de viver no presente. É abençoado entre todos os mortais aquele que não perde nem um instante da vida efêmera remoendo o passado." (p. 121)
Vida sem princípios [1863]
"A meta do trabalhador não deveria ser simplesmente ganhar a vida, obter 'um bom emprego', mas sim fazer bem certo trabalho; mesmo num sentido pecuniário, seria proveitoso para uma cidade pagar seus trabalhadores tão bem que eles não sentissem que estavam trabalhando para uma finalidade inferior, como a mera subsistência, e sim para fins científicos ou até mesmo morais. Não contrate um homem que faça o seu trabalho por dinheiro, mas um homem que trabalhe por amor àquilo que faz." (p. 128)
"Não há maior trapalhão do que o que gasta a maior parte de sua vida empenhando-se em ganhar a vida. (...) Deve-se ganhar a vida amando-a." (p. 130)
"Nações! O que são as nações? Tártaros, hunos e chineses! Como insetos, elas fervilham. O historiador empenha-se em vão por torná-las memoráveis. É por falta de um homem verdadeiro que há tantos homens." (p. 142)
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