“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Caça às Bruxas

segunda-feira, 30 de novembro de 2015


São Domingos presidindo a um Auto de Fé (1415). Pedro Berruguete (1450-1504).



Da Idade Média ao século XVIII, a Justiça (civil e eclesiástica) perseguia bígamos, protestantes e homossexuais. A caça às bruxas, porém, tornou-se uma das mais famosas, porque a sociedade relacionava os temores do misticismo a males como miséria, corrupção e às desigualdades sociais que atingiram a Europa na época. Um crise profunda que se abateu sobre a Europa no século XIV fez com que a figura do diabo surgisse com força na sociedade europeia no final da Idade Média. 

Apesar da condenação da Igreja, a população se entregava cada vez mais a práticas populares de cura e a "feitiços" amorosos. Do mendigo ao rei, todos acreditavam no poder superior de objetos como os talismãs. 

Saiba mais em O Globo

A descoberta da múmia de Nefertiti?

domingo, 29 de novembro de 2015



Se comprovada, a descoberta da tumba de Nefertiti será a mais importante deste século e lançará luz sobre um período obscuro da História do Egito antigo.

Saiba mais em O Globo

Um Experimento Econômico Soviético

sábado, 28 de novembro de 2015


A Supremacia Papal - II

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Cardeal Pietro Gaspari, secretário de Estado do papa Pio XI, e o Duce Benito Mussolini assinam o Tratado de Latrão (fevereiro de 1929). 

O século XVIII foi rico em acontecimentos políticos, culturais e econômicos. Pode-se dizer que, nessa época, a secularização da Europa ocidental atingiu o clímax. Concorreu para isso, em primeiro lugar, o Iluminismo, movimento intelectual burguês que buscou estabelecer o primado da razão. Filósofos anticlericais como Voltaire (1694-1798) tornaram-se extremamente populares e influenciaram intelectuais, políticos e revolucionários. 

Outro acontecimento marcante desse século foi a Revolução Industrial, que teve a Inglaterra como nação pioneira. A partir da década de 1760, uma série de invenções provocaram a transição da manufatura para a maquinofatura. Surgia, assim, a fábrica moderna. Apesar dos inúmeros benefícios advindos da maior oferta de bens acabados, as extensas jornadas de trabalho combinadas com a ausência de leis trabalhistas deram grande impulso ao processo de descristianização da Europa, como explica P. Deane no livro A Revolução Industrial.

Contudo, o golpe mais duro à supremacia papal foi desferido pela Revolução Francesa (1789-1799), a primeira revolução burguesa inspirada pelos iluministas. No dia 2 de novembro de 1789, os bens do clero foram postos "à disposição da nação" e depois leiloados. Em fevereiro de 1790, o clero regular foi extinto. Ainda nesse ano, no dia 12 de julho (a dois dias da comemoração do primeiro aniversário da Revolução), a Assembleia Nacional aprovou a Constituição Civil do Clero. Ficou determinado que os bispos e os curas seriam eleitos como os demais funcionários públicos. "Os novos eleitos seriam instituídos por seus superiores eclesiásticos, os bispos por seus metropolitanos e não mais pelo papa. A Igreja da França tornava-se uma Igreja nacional" (Soboul, 1979: p. 51). Contudo, embora sem jurisdição, o papa conservava a primazia espiritual sobre a Igreja francesa, e o clero do país dividiu-se entre aqueles que prestaram juramento à Constituição do reino (o que incluía a Constituição civil que se lhe incorporava) e os refratários a tal juramento (Soboul, 1979: p. 52). 

Entretanto, a situação do clero ainda iria piorar muito na França. Com o reinado do Terror, entre agosto de 1792 e julho de 1794, muitos padres foram guilhotinados e procedeu-se à descristianização da França. O culto cívico da Razão procurou substituir a religião revelada, e Bíblias foram destruídas. A escritora Ellen G. White fez um resumo desse período: "O poder ateísta que governou na França durante a Revolução e o reinado do Terror, desencadeou contra Deus e Sua santa Palavra uma guerra como jamais o testemunhara o mundo. O culto à Divindade fora abolido pela Assembleia Nacional. Bíblia eram recolhidas e publicamente queimadas com toda a manifestação de escárnio possível. A lei de Deus era calcada a pés" (O Grande Conflito, p. 273). Após o Terror, entre 1795 e 1799 a política do Diretório oscilou entre a perseguição e a permissão para que os cristãos praticassem a sua religião. 

Seguindo a tendência de afastamento da religião, o governo de Napoleão Bonaparte iniciou-se com relações tensas com Roma. Em 1798, Berthier, um de seus generais, marchou até o Vaticano e aprisionou o papa Pio VI, que faleceu no ano seguinte. Isso ocorreu porque o pontífice não aceitou renunciar aos seus poderes temporais. Vários comentaristas bíblicos enxergam nesse episódio a ferida mortal que foi desferida à Besta, conforme consta em Apocalipse 13, 3. O início da cura, no entanto, não demorou: Napoleão e o papa Pio VII firmaram a Concordata, em 1801. 

Contudo, a "cura" propriamente dita se iniciou em 1929, quando representantes do Estado fascista na Itália firmaram com a Santa Sé o Tratado de Latrão. Encerrava-se assim a "Questão Romana", e o Vaticano passava a ser um Estado soberano. Desde então o papado vem ganhando força, embora tenha tido um papel ínfimo durante a Guerra Fria (dizem que Stalin, tirano soviético, questionava quantas divisões o papa possuía...). Com o colapso do Socialismo Real no Leste Europeu e a desintegração da União Soviética, o papado voltou a ganhar força, na figura do carismático João Paulo II (sobre isso, os livros a serem lidos são O Grande Conflito, de Ellen G. White, e O Dia do Dragão, de Clifford Goldstein). Ora, João Paulo II foi canonizado pelo papa Francisco, outro pontífice carismático que tem dado passos largos rumo ao ecumenismo. 

"Toda a Terra" tem se maravilhado ante à imagem do bispo de Roma.


* Leia a 1ª parte deste artigo AQUI.

* Conheça os Papas do Mal.

Bibliografia consultada:
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1969.
GILBERT, M. História do Século XX. Lisboa: Dom Quixote, 2014.
GOLDSTEIN, Clifford. O Dia do Dragão. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1997.
SOBOUL, A. História da Revolução Francesa. São Paulo: DIFEL, 1979.
WHITE, E. G. O Grande Conflito. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira [1ª edição: 1858]. 

Componentes da Crise da nossa Época

quinta-feira, 26 de novembro de 2015


Justiça Social: um conceito perigoso


Quem matou as Artes Liberais?


A Europa refém do politicamente correto


O suicídio coletivo forçado das nações europeias


O Stalinismo do Modelo Multiculturalista da Suécia


Uma tragédia silenciada: a Perseguição Anticristã


Fascistas americanos

Sergio Vieira de Mello, herói brasileiro

quarta-feira, 25 de novembro de 2015


Pérola de Monteiro Lobato

terça-feira, 24 de novembro de 2015


Os Governos de FHC e Lula

segunda-feira, 23 de novembro de 2015


Bolívar Lamounier analisa os governos de FHC e Lula 



FHC explica algumas realizações do seu governo

Cartago e os Sacrifícios de Crianças

domingo, 22 de novembro de 2015

Tophet de Cartago

"Assim, com plena consciência os cartagineses ofereciam os seus próprios filhos, e aqueles que não tinham filhos compravam os pequenos de pessoas pobres, e cortavam as suas gargantas, como se fossem cordeiros e aves pequenas." 
Plutarco, Moralia II.171C 

Uma das questões mais debatidas acerca do Mundo Antigo é se os cartagineses praticavam ou não sacrifícios humanos - mais especificamente, o sacrifício de crianças. Plutarco e outros escritores gregos e latinos reportam que os cartagineses ofereciam as suas próprias crianças aos deuses como oferendas sacrificais. A descoberta no extramuros de recintos ao ar livre  - denominados tophets - com urnas contendo animais e crianças cremadas parece corroborar a prática. A ideia de que os cartagineses sacrificavam ritualmente suas crianças era aceita pelos pesquisadores até os anos 1970, quando um número crescente passou a duvidar de tal prática.

Recentemente, contudo, um estudo intitulado Cemetery ou sacrifice? (Antiquity, dezembro de 2013, vol. 87, nº 338) refutou tal posição, fornecendo uma compreensiva evidência de que os cartagineses realmente sacrificavam suas próprias crianças. 

Leia a matéria completa (em inglês) no site Biblical Archaeology

A Virgem Maria no Catolicismo e no Islã

sábado, 21 de novembro de 2015

Papa Francisco e o Grande Mufti Rahmi Yaran em 2014: avanços na agenda ecumênica 

É muito evidente a veneração à Virgem Maria no catolicismo. Apesar de antiga, tal veneração só foi oficialmente incorporada aos dogmas católicos no século XIX. A "Imaculada Conceição" - a crença de que Maria foi concebida e viveu sem pecado - só foi definida como dogma em dezembro de 1854, pelo papa Pio IX (1846-1878) (o mesmo papa que fixou o dogma da infalibilidade papal). Isso aprofundou o fosso entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, separadas desde do Grande Cisma do Oriente, em 1054. 

Contudo, o que poucos sabem é que os muçulmanos também veneram a Virgem. Segundo o historiador Peter Brown, antes de Maomé pregar a sua mensagem já existia uma imagem da Virgem com o Menino na Caaba de Meca, ao lado de diversos ídolos árabes. Com a conquista de Meca por Maomé, em 630, os ídolos foram destruídos, mas a veneração à Virgem permaneceu. Para os muçulmanos ela é considerada a mulher mais pura, e é citada 34 vezes no Alcorão (que lhe dedica um capítulo inteiro); Jesus, que é o segundo maior profeta, recebeu 25 citações; Maomé, que é considerado o maior dos profetas, é mencionado apenas cinco vezes. O Alcorão não é um livro muito extenso, o que torna ainda mais impressionante que Maria tenha recebido tanto destaque. 

Isso explica porque, neste ano, a mais alta estátua de Maria foi inaugurada na Indonésia, o maior país muçulmano do planeta. Além disso, também neste ano foi inaugurada na Síria a Mesquita Al-Sayyida Maryam, a primeira do mundo dedicada a Maria. Outro detalhe da história das duas religiões reforça ainda mais o sincretismo. Maomé teve uma filha chamada Fátima; quando esta morreu, o profeta a considerou a segunda maior mulher no paraíso, logo depois de Maria. Ora, segundo a Igreja Católica, em 1917 a Virgem Maria teria se revelado na pequena aldeia portuguesa de Fátima, dando origem à veneração e ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Assim, a associação entre as duas maiores mulheres do Islã tornou-se mais intensa, e há relatos de muçulmanos que tenham se aproximado e mesmo se convertido ao catolicismo a partir da veneração à Nossa Senhora de Fátima.

Dia da Bandeira do Brasil

quinta-feira, 19 de novembro de 2015



Na ausência da monarquia, a bandeira poderia tornar-se a virtual personificação do Estado, da nação e da sociedade, como nos EUA, onde a prática da veneração à bandeira como ritual diário nas escolas do país se difundiu desde fins da década de 1880, até que se tornou universal. 
Eric Hobsbawn, A Era dos Impérios (cap. 4).

A atual bandeira do Brasil foi instituída no dia 19 de novembro de 1889. Ela substituiu a primeira bandeira do Governo Provisório, que durou apenas quatro dias. Como se vê, esse primeiro lábaro republicano era praticamente um plágio do pendão estadunidense. Nosso modelo de república federativa também se espelhou na república norte-americana, de onde também surgiu a nossa veneração à bandeira (hoje já bem fraca... muitos só conhecerão uma versão forçada da mesma, quando terão que prestar o juramento à bandeira aos 18 anos). 

Em 1906, para homenagear o símbolo da nossa pátria, surgiu o Hino à Bandeira do Brasil. A letra é de Olavo Bilac (1865-1918) e a música é de Francisco Braga (1868-1945). Confira, abaixo, a bela melodia executada pelo Luiz Trevisani:


Terrorismo - uma definição

quarta-feira, 18 de novembro de 2015


Os ataques às torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

Uso de ações violentas e intimidantes para fins políticos. (...) Os principais objetivos do terrorismo são: manter uma causa específica no primeiro plano da consciência pública; pressionar as autoridades políticas para concederem as exigências dos terroristas por meio da indução de um estado de medo; e obrigar o governo a trair seu próprio compromisso com a liberdade e a democracia pela imposição de medidas de segurança não liberais a fim de conter tal violência. 

LAW, Jonathan & WRIGHT, Edmund. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013, p. 720.

Roger Scruton e o Conservadorismo

terça-feira, 17 de novembro de 2015


FECIARTES do CAV 2015

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

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No dia 22 de novembro (próximo domingo), o Colégio Adventista de Vitória promoverá a FECIARTES (Feira de Cultura, Ciências e Artes). Nela eu coordenarei um stand com os alunos Issacar e Kêmely (do 3º ano) e Camille (9º B). Será uma oportunidade para promover os trabalhos desses alunos, e incentivar outros a imergirem no mundo da leitura e da escrita.    

Por que Proclamação e não Golpe?

domingo, 15 de novembro de 2015

Proclamação da República, 1893, óleo sobre tela, Benedito Calixto (1853-1927).


Pressionado por setores do Exército e por republicanos a liderar a deposição da monarquia, o marechal Deodoro da Fonseca hesitava. Não queria bater de frente com "o velho" imperador dom Pedro 2º, que respeitava. Falava em um dia poder acompanhar o caixão do monarca. 

Mas Deodoro acabou cedendo às pressões em 15 de novembro de 1889, derrubou o regime, virou o primeiro presidente e o feriado da Proclamação da República está aí. 

Agora, por que o senso comum fala de "proclamação" e não de golpe? Afinal, o Exército derrubou o imperador e o governo constitucional, que ali estava de acordo com a Carta de 1824. Gestado pelas elite econômico-militar insatisfeita com os rumos do país, o movimento não teve participação popular. 

(...) 

"Quem não viu golpe em 1889, 1930 e 1945 tem uma inclinação para apoiar 'golpes do bem'", diz [Elio] Gaspari. 

Leia o artigo completo na Folha

A Cegueira e o Colírio

sábado, 14 de novembro de 2015

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Enquanto o esquerdismo entorpece e cega os intelectuais, formadores e opiniões e consciências, "o mandamento é lâmpada, e a lei é luz" (Provérbios 6:23). Num mundo em que o amor de muitos se esfria (Mateus 24:12), os Dez Mandamentos são o único padrão moral absoluto e perfeito, a única salvaguarda da humanidade (incluindo os ateus). Assista e reflita: 


Introdução aos Dez Mandamentos


Primeiro Mandamento
 


Segundo Mandamento
 


Terceiro Mandamento
 


Quarto Mandamento


Quinto Mandamento

Uma Galeria de Quadros

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A Inglaterra nos tempos de Jane Austen

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Único retrato original de Jane Austen. Aquarela de Cassandra Austen, 1810.


A notável escritora britânica Jane Austen viveu entre 1775 e 1817. Durante esse período, a Inglaterra atravessava as profundas transformações oriundas da Revolução Industrial, da qual foi pioneira. Essa primeira fase da industrialização chama a atenção dos historiadores pelo fato de ter ocorrido espontaneamente, sem a assistência governamental. Os ingleses foram os primeiros a fazer a transição da manufatura para a maquinofatura, no século XVIII. Esse pioneirismo se deveu, dentre outros fatores, ao fato de a Inglaterra ter realizado a sua revolução burguesa precocemente, no século anterior. Essa revolução limitou os poderes do rei, fortaleceu a classe mercantil e possibilitou o desenvolvimento do capitalismo no país.

Uma burguesia dinâmica tinha ao seu favor o capital acumulado através da pirataria, do corso, do comércio com outros países e com as colônias inglesas na América do Norte. Segundo Jacques Barzun, "Londres, ao contrário de outras capitais europeias, dirige o olhar para o ocidente tanto quanto para o sul e o oriente, ou mesmo mais; no século XVIII, doses iguais de preocupação e curiosidade atraíam o olhar da cidade para o ocidente longínquo, onde prosperavam as colónias estabelecidas um século antes" (Barzun, 2003: p. 315).

Segundo fontes da época, a Inglaterra do século XVIII era um dos países mais ricos do mundo, ao lado da Holanda e da França. Aproximadamente na época em que Jane Austen nasceu os padrões de vida dos ingleses e dos holandeses pouco se diferenciavam, mas não resta dúvida de que o inglês médio se encontrava em situação consideravelmente melhor do que o seu homólogo francês. Talvez por isso um historiador daqueles tempos encontrou poucas provas de que "o membro típico dos pobres da classe trabalhadora estivesse possuído de ressentimento amargo ou desespero econômico" (Deane, 1969: p. 21).

Contudo, embora as cidades já começassem a se expandir, é evidente que a economia ainda era majoritariamente agrícola, a população predominantemente rural, e a família constituía a unidade típica de produção (Idem, p. 25).

Ao passo em que o vapor substituía a força humana, e inovações tecnológicas aplicadas sobretudo à indústria têxtil modificariam as relações humanas, "o conflito entre o campo e a cidade era mediado pelo preço do pão." De fato, enquanto a agricultura inglesa atingia um patamar de excelência, motins (ou "levantes dos pobres", como os coetâneos chamavam) marcaram os país, sobretudo em 1709, 1740, 1756-1757, 1766-1767, 1773, 1782 e, sobretudo, em 1795 e 1800-1801 (Thompson, 1998: p. 153).

É importante observar que a Revolução Inglesa do século XVII e a Revolução Industrial do século seguinte não desenraizaram por completo a sociedade aristocrática dos grandes proprietários, que perdurou até fins do século XIX, e mesmo além. Os aristocratas residiam em suas terras ou as entregavam aos cuidados de administradores ou intendentes. Essa classe social tinha a seu favor o nascimento, o esplendor dos títulos e o prestígio dos nomes. Os nobres controlavam toda a espécie de instituições sociais, bem como as altas patentes militares e as embaixadas. Dominavam também a sociedade mundana, monopolizando os clubes. Na Grã-Bretanha, o país onde esse modelo de sociedade foi mais bem preservado, os aristocratas eram o establishment. De fato, frequentemente eles eram os detentores do poder político, num sistema que de democrático só tinha a aparência (Rémond, 1976: p. 76).

Paralelamente às transformações econômicas, tecnológicas e sociais da Revolução Industrial, a Europa conhecia um movimento intelectual burguês conhecido como Iluminismo. Esse movimento, que pregava a razão em contraposição ao obscurantismo e à ignorância, influenciou a cultura e os governos dessa época, certamente contribuindo na Inglaterra para a conscientização contra a escravatura, para a reforma das prisões e para a defesa de medidas de bem-estar social. É importante destacar que tais ideias se relacionam, em algum grau, à filosofia liberal de John Locke (1632-1704), o principal representante do empirismo britânico. 

Os últimos anos de Jane Austen coincidiram com as Guerras Napoleônicas (1804-1815), a derrota de Napoleão e a tentativa de restauração empreendida no Congresso de Viena (1814-1815). Uma vez abatido o Império Francês, a supremacia industrial e marítima da Grã-Bretanha levou a nação a experimentar uma prosperidade sem precedentes durante o longo reinado da rainha Vitória (1819-1901).



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Referências:

BARZUN, J. Da Alvorada à Decadência - 500 anos de vida cultural no Ocidente. Lisboa: Gradiva, 2003.
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.
RÉMOND, R. O Século XIX - 1815-1914. São Paulo: Cultrix, 1976.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum - estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Fotos da Grande Depressão

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Quintal de uma família negra perto do Capitólio, em Washington, D.C. As crianças foram surpreendidas pelo fotógrafo. Foto de setembro de 1935.


A Universidade Yale e a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos disponibilizaram um acervo de 170 mil fotografias do cotidiano das famílias americanas mais empobrecidas em decorrência da Grande Depressão, ocorrida no país a partir de 1929. 

As fotos cobrem o período de 1935 a 1946, e podem ser acessadas On-line

O Juízo Histórico

terça-feira, 10 de novembro de 2015


Sandoval Quaresma explica o Brasil

segunda-feira, 9 de novembro de 2015


Por que os EUA invadiram o Iraque

domingo, 8 de novembro de 2015


A Desconhecida Cronologia do Gênesis

sábado, 7 de novembro de 2015

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"A aceitação de uma criação literal não requer atribuir a ela um ano exato. A data da criação é desconhecida, pois os dados cronológicos contidos na Bíblia não são contínuos ou completos, nem podem ser calculados a partir de ciclos astronômicos... o estudante da Bíblia deve se contentar com datas aproximadas para os primeiros séculos, em que não há uma cronologia que indique com precisão os eventos bíblicos."

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1 (CPB, 2011), p. 175.

O Império Romano no Séc. I

sexta-feira, 6 de novembro de 2015


Episódio I - O Principado de Augusto



Episódio II - Tibério, Calígula e Cláudio



Episódio III - Nero



Episódio IV -  Vespasiano

Descoberta fortaleza de Antíoco Epifânio

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Restos de Acra, fortaleza grega em Jerusalém citada no livro apócrifo de Macabeus. 


Após um século de investigações, arqueólogos alegam ter descoberto os resquícios de uma fortaleza grega que já foi um centro de poder em Jerusalém e um bastião usado contra a rebelião judaica dos Macabeus. 

A cidade de Acra, fundada por Antíoco IV Epifânio (c. 215-164 a.C.), estão fora da Cidade Velha de Jerusalém, contrariando o que se pensava até então. A localização de Acra foi escolhida com vistas a monitorar as atividades no Templo judeu e controlar a Cidade Santa. 

Fonte: O Globo

Os Grandes Egípcios [Discovery]

quarta-feira, 4 de novembro de 2015


Seneferu, o Rei das Pirâmides (séc. XXVII a.C.)


Hatchepsut (c. 1479-1458 a.C.), a Rainha que foi Rei


Akhnaton (1352-1336 a.C.), o Faraó rebelde


O Mistério de Tutankamon (c. 1327-1336 a.C.)


Ramsés, o Grande (1279-1213 a.C.)


Cleópatra (séc. I a.C.)

O Tráfico Negreiro

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Trecho do filme Amistad, dirigido por Steven Spilberg e lançado em 1997.


Além de ver esse vídeo, leia o poema O navio negreiro, de Castro Alves.