“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Entenda o Conflito Árabe-Israelense

quinta-feira, 29 de outubro de 2015


Cientistas do Brasil

quarta-feira, 28 de outubro de 2015


Adolfo Lutz (1855-1940)


Vital Brazil (1865-1950)


Santos Dumont (1873-1932)


Fritz Feigl  (1875-1971)


Carlos Chagas (1879-1934)


Álvaro Alberto da Mota e Silva (1889-1976)


Djalma Guimarães (1894-1973)


Maurício Rocha e Silva (1910-1983)


Fernando Lobo Carneiro (1913-2001)



Mário Schenberg (1914-1990)


Veridiana Victoria Rossetti (1917-2010)


Otto Gottlieb (1920-2011)


Johanna Döbereiner (1924-2000)


César Lattes (1924-2005)


Aziz Ab'Saber (1924-2012)

Achado: Túmulo de Guerreiro Micênico

terça-feira, 27 de outubro de 2015



Artefato encontrado dentro do túmulo datado de cerca de 1500 a.C. no sudeste de Pylos, Grécia.  


Arqueólogos que trabalhavam na cidade grega de Pylos descobriram o túmulo de um proeminente guerreiro morto há 3500 anos. O túmulo está repleto de tesouros e os cientistas estão empolgados com o potencial que a tumba tem para revelar sobre a Era Micênica. Desde 1950 uma tumba tão rica não era achada. 

Em Pylos, próximo de onde está o túmulo, foi erguido o Palácio de Nestor, um grande centro administrativo micênico destruído em 1180 a.C., aproximadamente a mesma época da Troia de Homero. De seus escombros, séculos mais tarde surgiria a cultura clássica da Grécia. 

Fonte: O Globo.

Os 40 Anos da Morte de Vladimir Herzog

segunda-feira, 26 de outubro de 2015


A Redescoberta de Sodoma

domingo, 25 de outubro de 2015

Os pesquisadores encontraram mais de 100 mil peças de cerâmica, áreas residenciais e administrativas, um templo e um palácio.  


Uma escavação conduzida pela Universidade Trinity Southwest, em parceria com o Departamento de Antiguidades da Jordânia, alega ter descoberto as ruínas de Sodoma, a 14 Km do Mar Morto, na Jordânia. E dizem que já localizaram Gomorra. 

Sodoma foi uma metrópole de 10 mil pessoas que floresceu entre 3500 e 1540 a.C. O local foi um centro comercial protegido por fortificações de até 50 metros de espessura. Os arqueólogos chegaram a Sodoma comparando passagens das Escrituras com ruínas jordanianas. Segundo eles, a cidade teria sido destruída por um meteorito que pode ter provocado os cataclismos relatados na Bíblia. 


[Clique na imagem]

Fonte: Isto É

Vídeos sobre as Cruzadas

sexta-feira, 23 de outubro de 2015


A Dr.ª Néri de Barros Almeida, a entrevistada do programa abaixo, é professora no IFCH/Unicamp.


Cruzadas vs Jihad

A Arqueologia e o Mito do rei Midas

quinta-feira, 22 de outubro de 2015


Detalhe de um dos caldeirões encontrados no interior do túmulo MM, provavelmente pertencente ao pai do rei Midas. Foto: Penn Museum Gordion.


O rei Midas (séc. VIII a.C.) acaba por ser familiar a todos. É difícil encontrar alguma pessoa que não conheça o mito que nos narra que todo aquele que tocava se convertia em outro, inclusive o seu próprio alimento. Mas, por trás dessa nebulosa lenda, se escondia um personagem real, o rei da Frígia. Ele governou essa região essa região entre os séculos VIII e VII a.C., fazendo com que alcançasse grande prosperidade. 

Penn Museum está organizando uma grande exposição para o ano que vem. Sob o título "The Golden Age of King Midas", reunirá uma série de objetos arqueológicos procedentes das campanhas arqueológicas que essa universidade norte-americana conduz há 65 anos no depósito de Górdio, na atual Turquia, antiga capital do mítico reino e cidade famosa também por ter sido o lugar em que Alexandre, o Grande desfez o famoso nó górdio, gesto simbólico que garantiu ao seu autor a conquista da Ásia. Procuramos conhecer essa interessante exposição em primeira mão com Brian Rose, professor do Departamento de Estudos Clássicos da Universidade da Pensilvânia, curador da seção mediterrânica do Museu de Arqueologia e Antropologia da mesma universidade e comissário da mostra, que estará aberta ao público entre 13 de fevereiro e 27 de novembro de 2016. 

Na entrevista concedida a Mario Agudo Villanueva, o Dr. Brian explica como a arqueologia geralmente nos ajuda a determinar se há uma base histórica em mitos e lendas, e isto é particularmente verdadeiro no caso do rei Midas. Explica ainda quais eram as relações desse rei como as potências da época, uma vez que era coetâneo de Tiglete-Pileser III, Salmanasar V e Sargão II, dentre outras questões. 

Leia a entrevista (em inglês) no blog Mediterráneo Antiguo.

História Antiga do Brasil

quarta-feira, 21 de outubro de 2015


Doutores da Economia [BBC]

segunda-feira, 19 de outubro de 2015


Karl Marx (1818-1883)


John M. Keynes (1883-1946)


Friedrich Hayek  (1899-1992)

Os 70 anos da ONU

domingo, 18 de outubro de 2015


                  "Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem...". Assim começa a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), o tratado que fundou a instituição a 24 de outubro de 1945.
            Setenta anos depois, a ONU enfrenta grandes desafios para promover a paz e a segurança, o desenvolvimento e os direitos humanos. Assim, considerar as Nações Unidas "a esperança da humanidade", e sua Carta "a nossa bússola", como declarou o secretário-geral Ban Ki-moon, não passa de miragem.
            Isso não significa, porém, que a Organização não tenha importância simbólica e efetiva no complexo contexto internacional. Seus dois documentos fundamentais foram um divisor de águas na história dos direitos humanos. 
            O primeiro deles, a citada Carta de 1945, foi além da paz e da segurança coletiva, tratadas até então apenas no relacionamento interestatal, apontando para uma comunidade internacional de Estados igualmente soberanos, bem como de indivíduos livres e iguais. A Carta da ONU internacionalizou assim os direitos humanos e inseriu, de forma abrangente, a sua temática na construção da ordem mundial.
            O desdobramento dessa Carta foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 1948. Documento de grande relevo, foi o primeiro texto de alcance internacional que abordou de forma ampla a importância dos direitos humanos.  
            Além de documentos e declarações, a ONU e suas agências (UNICEF, OIT, FAO, etc.) agem em diversas frentes. Uma de suas medidas de maior impacto geopolítico foi o Plano de Partilha da Palestina, em 1947, que culminou na criação do Estado de Israel. Este acontecimento contou com o apoio de um brasileiro, Osvaldo Aranha, que então conquistou a eterna gratidão de judeus e sionistas.
            Mais recentemente, outro ilustre brasileiro se destacou no campo diplomático: Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Por 34 anos, até sua trágica morte, num atentado terrorista em 2003, dedicou-se à reconstrução de comunidades que sofreram as terríveis consequências de guerras e violências extremas.
            Uma reflexão sobre a história das Nações Unidas não pode ignorar ainda os discursos dos líderes mundiais. Tais discursos refletem, em boa medida, os desafios e limites à concretização dos objetivos da Organização. Assim, em 1964, Che Guevara, um dos líderes da Revolução Cubana, admitiu abertamente os fuzilamentos promovidos pelo regime; em 2006, Hugo Chávez, então presidente da Venezuela, referiu-se ao homólogo americano, George W. Bush, como o "diabo".
            Bush, por sua vez, ordenara três anos antes a invasão do Iraque, desrespeitando o veto da ONU. Tal invasão, justificada com argumentos que se provaram falsos, desestabilizou o país e facilitou a ascensão do Estado Islâmico, que hoje assola o Oriente Médio. Confrontada com essa grave crise, a ONU se mostra tão impotente quanto em 2003, quando o Iraque foi invadido.
            Enquanto a ONU se mostra limitada em promover a paz mundial, os indivíduos devem fazer a sua parte, atuando sozinhos ou em outras organizações. Nesse sentido, a Cruz Vermelha Internacional, os Médicos Sem Fronteiras e a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) constituem alguns bons exemplos.
            Enfim, é preciso reconhecer as conquistas da ONU, mas também as suas dificuldades, que em parte derivam do poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. A ONU não é "a esperança da humanidade", mas seus princípios e valores devem inspirar indivíduos, organizações e governos na busca de soluções para os desafios do nosso tempo. 

Publicado no jornal A Tribuna (18/10/2015)

Roma, o Grande Império [Dublado]

sábado, 17 de outubro de 2015


A República de Roma


A Era dos Imperadores


A Expansão do Império


O Legado Romano

A Disciplina Moral

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

         
Um grupo de discípulos estuda uma lição com o seu mestre. Iluminura do séc. XIII (Bibliotèque Sainte-Geneviève, Paris, MS 2200, folio 58)

            “O começo da disciplina moral é a humildade, da qual existem muitos ensinamentos, três dos quais interessam mais ao estudante: 1) não reputar de pouco valor nenhuma ciência e nenhum escrito; 2) não ter vergonha de aprender de qualquer um; 3) não desprezar os outros depois de ter alcançado o saber.
            Muitos ficam decepcionados porque querem parecer sábios antes do tempo. Por esta razão, explodem numa intumescência de arrogância, começam a fingir aquilo que não são e a envergonhar-se daquilo que são, e tanto mais se afastam da Sabedoria quanto mais se preocupam não em serem sábios, mas em serem considerados tais.
            Conheci muitas pessoas assim, as quais, mesmo necessitando ainda dos conhecimentos básicos, se dignam interessar-se somente das coisas sublimes, e acham que se tornaram grandes apenas por ter lido os escritos ou ouvido as palavras dos grandes e dos sábios. Quanto a mim, porém, oxalá ninguém me conheça e eu conheça tudo.
            O estudante prudente, portanto, ouve todos com prazer, lê tudo, não despreza escrito algum, pessoa alguma, doutrina alguma. Pede indiferentemente de todos aquilo que vê estar-lhe faltando, nem leva em conta quanto sabe, mas o quanto ignora.
            Aprenda de todos com prazer aquilo que você não conhece, porque a humildade pode tornar comum para você aquilo que a natureza fez próprio para cada um.
            Não considere vil conhecimento algum, porque todo conhecimento é bom. Se tiver tempo livre, não recuse ler algum escrito. Se você não lucra, também não perde nada, sobretudo porque não há nenhum escrito, creio eu, que não proponha algo agradável, se é tratado no lugar e no modo devido, e não há nenhum escrito que não contenha algo especial.
            Igualmente lhe convém que, quando começar a conhecer alguma coisa, não despreze os outros. Este vício da vaidade ocorre a alguns, porque olham com demasiada diligência o seu próprio conhecimento e, parecendo-lhes de ter-se tornado alguma coisa, pensam que os outros não são como eles nem poderiam nunca sê-lo, sem conhecê-los. Por isso, agora ferve o fato que alguns charlatães, gloriando-se não sei de que, acusam professores mais velhos de ingenuidade, achando que a Sabedoria nasceu com eles e morrerá com eles. Não é meu conselho imitar esse tipo de pessoas.
            O bom estudioso deve ser humilde e manso, afastado totalmente das preocupações vãs. Fuja dos autores de doutrinas perversas como do veneno, aprenda a refletir longamente sobre alguma coisa antes de julgá-la, não queira aparecer douto, mas sê-lo, ame os ensinamentos aprendidos dos sábios e procure tê-los sempre diante dos olhos como espelho do seu próprio rosto.”

Hugo de São Vítor, Didascálicon (1127), Livro III, cap. 13.

A Ideologia Mais Perigosa da Atualidade

quarta-feira, 14 de outubro de 2015



O Islã é uma religião de paz?


Islamismo - religião do ódio e da violência


Alcorão, livro obscuro


A Mídia e a Jihad


Taqiyya (engano sagrado)

30 Anos de Democracia no Brasil

terça-feira, 13 de outubro de 2015


Diretas Já 


Governo Sarney - Parte I


Governo Sarney - Parte II


A Constituinte - Parte I


A Constituinte - Parte II


Programa Especial - 30 anos da Redemocratização Brasileira

As Invenções de Da Vinci

segunda-feira, 12 de outubro de 2015


Seguem algumas imagens e vídeos da exposição sobre as invenções do gênio do Renascimento. 






Carro com autopropulsão



Uma Força Mais Poderosa

domingo, 11 de outubro de 2015

Episódio I - Parte 1

O descobrimento da América

sábado, 10 de outubro de 2015


A Human Sanctuary

sexta-feira, 9 de outubro de 2015


O blog Mediterraneo Antiguo publicou uma entrevista com Adolfo Roitman, diretor de A Human Sanctuary, um filme profundo e bem documentado sobre a vida dos essênios. 

Roitman dirige o Santuário do Livro, que forma parte do Museu de Israel, em Jerusalém. Esse museu está celebrando 50 anos, e seu propósito é difundir e preservar os Manuscritos do Mar Morto.

A conversão de Clóvis (496 d.C.)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015


O batismo de Clóvis, Mestre de Saint Gilles. Óleo sobre madeira, 1500. National Gallerie of Art, Washington.

Da Rainha Clotilde, o rei teve um primogênito a quem sua mãe desejou batizar; ela então insistiu persistentemente a Clóvis que o permitisse, dizendo: 'Os deuses que tu adoras não são nada; não podem ajudar a ti ou aos outros, pois são imagens talhadas em madeira, pedra ou metal. Mais ainda, os nomes que lhes destes são os nomes de homens, não de deuses. Saturno era um homem, famoso por ter fugido de seu filho após ser expulso de seu próprio reino; Júpiter também, libertino, praticante de todas as indulgências, cheio de vícios antinaturais, ofensor das mulheres e de sua própria família, não podia se abster nem mesmo de deitar-se com sua própria irmã, como ela mesma admitiu ‘irmã e esposa de Júpiter’. Que poder tem Marte e Mercúrio? Eles podem ter sido agraciados com poderes mágicos, mas nunca tiveram o poder do nome divino. Mas é melhor que tu sirvas a Ele, que com Sua palavra criou do nada o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; que fez o Sol brilhar e adornou o firmamento com estrelas; que encheu a água de peixes, a terra de animais, o ar de pássaros; cujo aceno faz as terras encherem-se de frutos; as árvores, de maçãs; os vinhedos, de uvas; por cuja mão, a raça dos homens foi criada; por cuja dádiva, toda criatura foi feita para prestar homenagem e serviço ao homem que criara.

Apesar de a rainha sempre proferir esses argumentos, a mentalidade do rei não foi movida na direção da crença, e ele respondeu: ‘É por ordem de nossos deuses que todas as coisas foram criadas e se revelam; é manifesto que teu Deus em nada nos auxilia; não mais, ele nem mesmo é comprovadamente da raça dos deuses’. Mas a Rainha, fiel à sua fé, apresentou seu filho para o batismo; ordenou que a igreja fosse adornada com enfeites e cortinas, para que o rei, a quem nenhuma pregação influenciava, pudesse ser persuadido a acreditar através dessa cerimônia. O menino foi batizado e chamado Ingomer, mas morreu enquanto ainda estava vestido com o traje de sua regeneração. Assim, o rei foi acometido por uma amarga ira e não se demorou a abordar a rainha, dizendo: ‘Se a criança tivesse sido dedicada em nome de meus deuses, certamente teria vivido, mas agora, batizado em nome de teu Deus, não sobreviveu um dia’. A rainha respondeu: ‘Eu agradeço ao Deus Todo Poderoso, criador de todas as coisas, que não me julgou digna e recebeu em seu reino a criança gerada em meu ventre. Meu espírito está livre de pesar sobre esse acontecimento, pois eu sei que aqueles que são chamados deste mundo nas vestes alvas do batismo serão cuidados sob as vistas de Deus’. Posteriormente, ela deu à luz outro filho, que foi batizado com o nome de Clodomer. Quando ele também foi afligido pela enfermidade, o rei disse: ‘Não posso evitar pensar que essa criança, como seu irmão, deverá morrer prontamente, por ter sido batizado em nome de teu Cristo.’ Mas a mãe ordenou que a criança se recuperasse.

A rainha insistiu sem cessar que o rei se confessasse ao verdadeiro Deus e negasse seus ídolos; mas de modo algum ela pôde convencê-lo de sua crença, até que, finalmente, certa vez ele iniciou uma guerra contra os alamanos, quando foi levado a confessar o que, de livre vontade, negara. Aconteceu que quando os dois exércitos se embateram, houve uma lamentável carnificina, e o exército de Clóvis estava sendo levado à completa ruína. Quando o rei viu isso, ergueu os olhos aos céus e sentiu remorso em seu coração e, derramando-se em lágrimas, bradou em voz alta: ‘Jesus Cristo tu que fostes proclamado por Clotilde, Filho do Deus Vivo, tu, que dizem auxiliar os necessitados e conceder a vitória aos que depositam sua confiança em ti, eu imploro, de coração devoto, a glória de teu socorro. Se tu me concederes a vitória sobre esses inimigos e a experiência comprovar o poder que o povo dedica a teu nome, então eu também crerei em ti e serei batizado em teu nome. Clamei por meus próprios deuses, mas eis aqui a prova que eles me abandonaram sem me ajudar; por isso, não acredito que tenham poder algum, já que não vêm em socorro de seus servos. A ti agora invoco, em ti sou forçado a acreditar, se puder ser afastado das garras de meus adversários’. Após dizer isso, os alamanos viraram-se e fugiram. E, quando viram que seu rei fora morto, eles renderam-se a Clóvis, dizendo: ‘Não permita, imploramos a ti, que mais pessoas pereçam; somos agora teus homens”. Então o rei pôs fim à guerra e, após repreender o povo, retornou em paz, relatando à rainha como ele chamara pelo nome de Cristo, sendo considerado digno de obter a vitória. Isso ocorreu no 15.º ano de seu reinado.

Então a rainha ordenou em segredo que Remígio, bispo de Reims, fosse convocado, implorando-lhe que transmitisse a palavra da salvação ao rei. O bispo, conclamando o rei em particular, passou a instilar nele a fé no verdadeiro Deus, arquiteto do céu e da terra, e insistiu que desertasse seus ídolos, que eram incapazes de ajudá-lo ou a outros. Mas Clóvis retrucou: ‘Minha pessoa, santíssimo padre, te escutará alegremente; mas uma coisa ainda permanece. O povo que me segue não sofrerá a dor de me ver desertando seus deuses; ainda assim irei e tentarei dissuadi-los de acordo com sua palavra’. Mas quando ele veio diante do povo reunido, mesmo antes que proferisse uma só palavra, o poder divino revelou-se perante ele, e todo o povo clamou a uma só voz: ‘Ó gracioso rei, nós expulsamos nossos deuses mortais e estamos prontos seguir o Deus imortal a respeito do qual Remígio prega’.

As notícias sobre isso chegaram aos ouvidos do bispo, que se encheu de grande júbilo e ordenou que a fonte fosse preparada. As ruas foram cobertas de enfeites coloridos, as igrejas adornadas com enfeites brancos, o batistério foi preparado, a fumaça do incenso espalhou-se em nuvens, velas perfumadas foram acesas, a igreja inteira ao redor do local de batismo se encheu da fragrância. E então o rei exigiu ser batizado pelo bispo. Como um novo Constantino, ele adentrou a água para livrar-se da antiga lepra, para enxaguar, nessa nova correnteza, as manchas de dias passados. Enquanto se dirigia para ser batizado, o santo de Deus disse essas palavras, saídas de seus lábios eloquentes: ‘Curva humildemente tua altiva cabeça, sicambro; adora o que queimaste, queima o que adoraste’. E o santo Remígio, o bispo, possuía muito estudo era, acima de tudo, versado na arte da Retórica e tão exemplar em sua santidade, que seus milagres se equiparavam ao de São Silvestre; foi preservado para nós um livro a respeito de sua vida, no qual está relatado como ressuscitou um homem dos mortos.

Portanto, o rei se confessou ao Deus Todo Poderoso, Três em Um, foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ungido com a sagrada crisma com o sinal da cruz de Cristo. De seu exército, foram batizados mais de 3 mil; sua irmã Albofleda, que não muito depois foi levada à presença do Senhor, também foi batizada. E quando o rei lamentava sua morte, o santo Remígio enviou-lhe uma carta de consolo, iniciada dessa forma: ‘A causa de tua tristeza me aflige profundamente, pois tua irmã, de bela memória, veio a falecer. Ao invés de nos enlutarmos por ela, devemos erguer nossos olhos para ela’. E outra de suas irmãs, de nome Lantechilde, que havia caído na heresia dos arianos, foi convertida; ela também recebeu a santa crisma, tendo confessado que o Filho e o Espírito Santo são iguais ao Pai.

Gregório de Tours, História dos Francos (c. 591), II, 20-22.
[Cf. também a a carta do bispo Avito de Vienne a Clóvis, escrita por volta de 496].

Tarefas de Casa (05 a 09/10)

quarta-feira, 7 de outubro de 2015


Tarefas do 6º ano A / 6º ano B:
- Ler o Cap. 10 e fazer as tarefas das pp. 203-207 (exceto a seção "História na prática").

Tarefas do 7º ano:
- Questões das pp. 231-235 (exceto a seção "Seja criativo").

Tarefas do 8º ano:
Atividades das pp. 214-217 (exceto o "Seja Criativo"). Ler o Cap. 14.
* Para a semana que vem: atividades das pp. 230-231.

Tarefas do 9º ano A / 9º ano B:
Atividades das pp. 232-239. Ler o Cap. 14.
* Assista: Comunismo: história de uma ilusão - Final.

Tarefas do 1º ano (Ensino Médio):
Atividades do Mód. 17 (pp. 19-26). Ler o Mód. 18.

Tarefas do 2º ano (Ensino Médio):
Atividades do Mód. 36 (pp. 10-16). Assista: Comunismo: história de uma ilusão - I.
* Para a semana que vem: Ler o Mód. 37 e fazer as atividades das pp. 24-34.

Tarefas do 3º ano (Ensino Médio):
- Atividades do Mód. 46 (pp. 9-19). Ler o Mód. 47.

IMPORTANTE:

> As tarefas e trabalhos valem pontos de participação e devem ser apresentados, completos, na aula indicada pelo professor; 

> Além das atividades, o capítulo ou módulo em questão deve ser lido integralmente; 

> Caso o aluno tenha faltado por algum motivo justificado no dia da correção, deverá procurar o professor assim que retornar ao colégio, tendo em mãos a autorização do SOE para que seja avaliado e receba a respectiva nota. No entanto, caso tenha faltado sem justificativa no dia da correção ou da entrega dos trabalhos, será mantida a nota ZERO.

«A República e o Espírito Santo»

sábado, 3 de outubro de 2015

Vista parcial da rua do Comércio (atual Florentino Avidos) e da escadaria do Palácio (atual Bárbara Lindemberg), em Vitória, ES. Desta imagem só sobrou a escadaria. Foto de 1928. 


Publicado pela vitoriense Multiplicidade, a presente edição foi revista e ampliada em 2005. A Prof.ª Ma. Regina R. Hees foi professora do Departamento de História da UFES entre 1965 e 1991, enquanto que o Prof. Dr. Sebastião P. Franco é professor desse departamento e de seu programa de Pós-Graduação até o presente.

Com muitas fontes iconográficas, o livro explica a campanha republicana no Espírito Santo, bem como a consolidação da República em terras capixabas; trata dos aspectos econômicos da Primeira República, destacando as administrações arrojadas de Moniz Freire, Jerônimo Monteiro e Florentino Avidos; o esforço de expansão da escolarização nessa primeira fase republicana; o processo imigratório em terras capixabas; a Revolução de 1930 e o seu impacto no referido estado; os aspectos socioculturais entre 1900 e 1960; a Segunda Guerra Mundial e os seus reflexos no Espírito Santo; a queda de Vargas e a redemocratização e, finalmente, o Espírito Santo e as mudanças estruturais após os Grandes Projetos Industriais, implementados a partir dos anos 1960.

«A Era dos Impérios», de Hobsbawm

sexta-feira, 2 de outubro de 2015


Originalmente escrito em 1987, e publicado no ano seguinte pela editora carioca Paz e Terra, A Era dos Impérios deve ser leitura obrigatória para aqueles que queiram compreender as raízes do mundo atual. Assim como os demais livros de Eric J. Hobsbawm, é bastante lido e conhecido nos meios acadêmicos brasileiros. Sem proceder propriamente a um fichamento ou uma resenha, apresento algumas notas do livro que, ao meu ver, dão o "tom" do seu conteúdo. 

O historiador britânico examina a criação dos vastos impérios europeus e o caminho que seguiram até o seu colapso na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Ele mostra como, por exemplo, em 1880 "a ferrovia e a navegação a vapor haviam reduzido as viagens intercontinentais ou transcontinentais a uma questão de semanas, em vez de meses - salvo na maior parte do território da África, da Ásia continental e de partes do interior da América do Sul - e em breve as tornariam uma questão de dias (...)" (cap. 1). Neste mesmo capítulo, Hobsbawm declara que nos anos 1880 a Europa era, de longe, a "peça mais importante da economia mundial" Assim, o século XIX foi o século mais "europeu" da História. Graças às locomotivas e às redes de linhas telegráficas, a tecnologia moderna não só era inegável e triunfante, mas também "extremamente visível".

A seguir, é apresentada uma relação dos avanços da segunda metade dos anos 1870: vários tipos de turbinas e motores de combustão interna, o telefone, o gramofone e a lâmpada incandescente. Nos anos 1880 o automóvel tornou-se operacional e, a partir dos anos 1890, foram produzidos ou pesquisados o cinematógrafo, a aeronáutica e a radiotelegrafia. Nesse contexto de rápidas transformações, a Igreja Católica apresentou-se como uma firme opositora de tudo o que o século XIX representou. Para o pensamento conservador católico, a "velha sabedoria e os velhos hábitos eram melhores". Como explica no cap. 11, a grande maioria manteve a sua fé, mas a combinação de democratização e secularização que se verificou nesses tempos fez da esquerda política e ideológica a beneficiária natural do processo.

Além de fornecer os dados políticos e econômicos dos cerca de quarenta anos compreendidos entre 1975 e 1914, Hobsbawm analisa as transformações (e revoluções) ocorridas nas artes, nas ciências e no universo feminino. No epílogo do livro, ele nos apresenta uma síntese fantástica do que significou essas décadas para a História:


Nunca antes ou depois os homens e mulheres práticos nutriram expectativas tão elevadas, tão utópicas em relação à vida no planeta: paz universal, cultura universal por meio de um único idioma mundial, ciência que não só tentasse responder, mas que de fato respondesse às perguntas mais fundamentais sobre o universo, a emancipação da mulher de toda sua história passada, a emancipação de toda a humanidade através da emancipação dos trabalhadores, a liberação sexual, uma sociedade de abundância, um mundo onde cada um colaborasse segundo suas capacidades e recebesse conforme sua necessidade. Não se tratava apenas de sonhos de revolucionários. A utopia através do progresso estava, sob aspectos fundamentais, embutida no século.

Miró: A Força da Matéria

quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Vitória é a oitava capital brasileira a receber a exposição sobre as obras do artista catalão. A entrada é franca e a exposição ocorrerá até 15 de novembro. Saiba mais aqui

Outra exposição imperdível é sobre as invenções de Leonardo da Vinci. Ela ficará em cartaz até o dia 1º de novembro, no Shopping Mestre Álvaro, na Serra.