“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Arqueologia e o Mito do rei Midas

quinta-feira, 22 de outubro de 2015


Detalhe de um dos caldeirões encontrados no interior do túmulo MM, provavelmente pertencente ao pai do rei Midas. Foto: Penn Museum Gordion.


O rei Midas (séc. VIII a.C.) acaba por ser familiar a todos. É difícil encontrar alguma pessoa que não conheça o mito que nos narra que todo aquele que tocava se convertia em outro, inclusive o seu próprio alimento. Mas, por trás dessa nebulosa lenda, se escondia um personagem real, o rei da Frígia. Ele governou essa região essa região entre os séculos VIII e VII a.C., fazendo com que alcançasse grande prosperidade. 

Penn Museum está organizando uma grande exposição para o ano que vem. Sob o título "The Golden Age of King Midas", reunirá uma série de objetos arqueológicos procedentes das campanhas arqueológicas que essa universidade norte-americana conduz há 65 anos no depósito de Górdio, na atual Turquia, antiga capital do mítico reino e cidade famosa também por ter sido o lugar em que Alexandre, o Grande desfez o famoso nó górdio, gesto simbólico que garantiu ao seu autor a conquista da Ásia. Procuramos conhecer essa interessante exposição em primeira mão com Brian Rose, professor do Departamento de Estudos Clássicos da Universidade da Pensilvânia, curador da seção mediterrânica do Museu de Arqueologia e Antropologia da mesma universidade e comissário da mostra, que estará aberta ao público entre 13 de fevereiro e 27 de novembro de 2016. 

Na entrevista concedida a Mario Agudo Villanueva, o Dr. Brian explica como a arqueologia geralmente nos ajuda a determinar se há uma base histórica em mitos e lendas, e isto é particularmente verdadeiro no caso do rei Midas. Explica ainda quais eram as relações desse rei como as potências da época, uma vez que era coetâneo de Tiglete-Pileser III, Salmanasar V e Sargão II, dentre outras questões. 

Leia a entrevista (em inglês) no blog Mediterráneo Antiguo.

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