“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Futurismo

quarta-feira, 9 de março de 2016

Visões simultâneas, por Umberto Boccioni (1912)

Movimento artístico, de implicações políticas, fundado em Milão pelo poeta italiano Marinetti em 1909. Buscando livrar a Itália do opressivo peso do passado, o movimento glorificava o mundo moderno - máquinas, velocidade, violência - numa série de exuberantes manifestos.

Uma exposição futurista, realizada em Paris em 1912, foi acompanhada do lançamento de mais um manifesto que delineava as bases teóricas do movimento. Na época da fundação do movimento, os futuristas aplicavam as técnicas neo-impressionistas de uso da cor, que Severini e Boccioni haviam aprendido de Balla. À época da exposição, porém, os futuristas adotaram técnicas cubistas para representar o movimento - uma das principais preocupações do grupo. Como disse Marinetti em 1909: "O esplendor do mundo foi enriquecido por uma nova forma de beleza, a beleza da velocidade." 

Como movimento organizado, o futurismo praticamente não sobreviveu à morte de Boccioni (1916) e ao fim da Primeira Guerra Mundial. Sua influência, contudo, foi grande, especialmente na Rússia. O futurismo serviu de inspiração aos dadaístas, particularmente no que toca a suas ruidosas técnicas publicitárias, e na Inglaterra exerceu alguma influência sobre o vorticismo e o pintor C. R. W. Nevinson. Na França, Marcel Duchamp e Robert Delaunay, entre outros, desenvolveram à sua maneira as ideias futuristas concernentes à representação do movimento. 

Adaptado de CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 204.

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