“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Origens da Hélade

sábado, 3 de março de 2018

Ruínas do oráculo de Delfos.

No período de c. 750 a.C. a 500 a.C., a luta internacional e doméstica no mundo das cidades-estado helênicas tornou-se intensa. Entretanto, nessa mesma época, os gregos, em que pese dia crescente discórdia econômica e política, adquiriram consciência de sua unidade e solidariedade cultural. Essa tomada de consciência se refletiu no surgimento de várias instituições pan-helênicas. 

"Helenos" ("habitantes da Hélade") passou a ser o novo nome comum dos gregos para se referirem a si mesmos. A Hélade era um distrito da Grécia central que continha o santuário de Ártemis e da deusa Terra e dos deuses Apolo e Dioniso em Delfos, sede de um oráculo muito respeitado e visitado. Esses dois santuários passaram a se administrados por doze estados gregos adjacentes (anfictiônicos). Nesse colegiado de Anfictiões até estados importantes que não eram membros originais dessa Anficionia conseguiram ser nela representados. 

Graças a essa expansão da Anfictionia, os nomes "Hélade" e "Helenos" passaram a significar, respectivamente, toda a área e todos os adeptos da nova civilização que surgira na bacia do Egeu no século XI a.C. e que de lá se vinha expandindo desde o século VIII a.C.     

Bibliografia consultada: TOYNBEE, Arnold. A Humanidade e a Mãe-Terra - Uma História Narrativa do Mundo. Tradução de Helena Maria C. M. Pereira e Alzira S. da Rocha. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987, p. 226-227.

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