“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

#HJ18 Como Conquistar Uma Judia

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Um pai judeu ensina a seu filho como conquistar uma moça judia:

- É muito fácil. Para consegui-lo, é necessário que fales de três coisas: família, cozinha e filosofia.

O rapaz não perde tempo e busca a garota de seus sonhos e quase sem deixá-la respirar, lança sua primeira isca:

- Como vai seu irmão?

- Não tenho irmão - responde a moça.

O que elimina o item "família". Cozinha, então:

- Você gosta de guefilte fish?

- Não, não gosto - responde a moça.

Família não; cozinha, não. Filosofia, portanto:

- Se tivesses um irmão, será que ele gostaria de guefilte fish?   

FINZI, Patricia et al. (edição, seleção e textos). Do Éden ao divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990, p. 51.

#HJ17 Uma Noiva para Hirshbein

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

A família era a base da vida judaica na Europa Oriental. Daí a importância do casamento e do casamenteiro, o shadchan, esta pitoresca figura que deu origem a tantas histórias.

Um shadchan tenta convencer o jovem Hirshbein a aceitar uma moça que tem todas as qualidades: é bonita, toca piano. 

- E a família? - pergunta o rapaz.

- Ótima! Gente da melhor tradição moral! E tem posses!

Vão à casa da jovem, onde são recebidos esplendidamente. Ao sair o shadchan diz:

- Eu tinha razão ou não? É linda, não é verdade? Você viu os talheres de prata?

- Você acredita que são realmente deles? - pergunta o jovem.

- De quem poderiam ser?

- Você não acha que poderiam ter sido emprestados por vizinhos?

- Não diga bobagens - o shadchan, irritado. - Você acredita que alguém emprestaria talheres de prata para essa gente?  

FINZI, Patricia et al. (edição, seleção e textos). Do Éden ao divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990, p. 50.

Lições da Catedral de Reims

domingo, 1 de dezembro de 2019

A Catedral de Reims é a melhor evidência que conheço do que uma comunidade é capaz de fazer e o que temos a perder quando não sabemos a diferença entre esses milagres humanos e o maquinário social que estamos chamando de "redes operacionais". Reims foi construída sem ferramentas elétricas por pessoas trabalhando dia e noite por cem anos. Todos trabalhavam voluntariamente, não havia nenhum escravo. Nenhuma escola tinha matéria "construção de catedrais".

O que fez com que as pessoas trabalhassem juntas por cem anos? O que quer que seja, parece algo que devemos aprender. Sabemos que os trabalhadores eram profundamente unidos como famílias e amigos e, como amigos, sabiam o que de fato queriam para sua igreja. Papas e arcebispos não tinham nada a ver com isso. A arquitetura gótica, em si, foi inventada por pura aspiração - a catedral gótica nos serve como um farol que ilumina as possibilidades da livre união humana. Elas nos proporciona um marco de referência com que podemos comparar nossas próprias vidas.

Em Reims, servos, fazendeiros e camponeses preencheram espaços gigantescos com os vitrais mais impressionantes do mundo, mas nunca se deram ao trabalho de assinar nenhum sequer. Ninguém sabe quem os projetou ou produziu, porque nossos modelos modernos de vanglória institucional ainda não existiam para corromper o sentimento comunitário. Depois de todos esses séculos, esses vitrais anunciam o que de fato significa ser humano.

GATTO, John Taylor. Emburrecimento programado - o currículo oculto da escolarização obrigatória. Tradução de Leonardo Araujo. Campinas, SP: Kírion, 2019, p. 95.

#HJ16 O Shnorrer Comendo Caviar

sábado, 30 de novembro de 2019

Um shnorrer (mendigo arrogante) queixa-se amargamente a Rotschild de sua miséria e ganha um generoso donativo. Pouco depois o milionário o encontra num elegante restaurante, comendo caviar. Indignado, interpela-o:

- Mas como? Há pouco você me dizia que estava morrendo de fome e agora come caviar?

- Senhor Rotschild - responde o shnorrer. - Quando eu não tinha dinheiro, não podia comer caviar. Agora que tenho dinheiro não devo comer caviar. Deste jeito, quando é que vou comer caviar?

FINZI, Patricia et al. (edição, seleção e textos). Do Éden ao divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990, p. 48.

O Comunismo nos Estados Unidos

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O Partido Comunista dos Estados Unidos (CPUSA) está comemorando seu aniversário de 100 anos.

Por ocasião da Revolução Bolchevique na Rússia, em 1917, americanos da ala esquerda do Partido Socialista demonstraram interesse pelo acontecimento. Por anos, os socialistas tentaram fazer com que o governo se apropriasse de todas as principais indústrias e socializasse o país, mas essa tentativa de reforma legislativa havia falhado. Foi então que, inesperadamente, em novembro de 1917, soube-se que os bolcheviques haviam tomado o poder pela via revolucionária, promovendo o socialismo imediatamente na Rússia.

Os socialistas americanos entenderam então que essa seria a fórmula para impor o socialismo nos Estados Unidos. Criaram um Partido Comunista e passaram a praticar atividades revolucionárias para sovietizar o país o quanto antes. Eles foram apoiados por John Reed, um jornalista que havia acabado de retornar da Rússia com um entusiasmo contagiante pelo comunismo mundial. 

O grupo entrou em contato com Moscou e foi convidado a enviar delegados à Rússia em março de 1919. Eles foram com o objetivo de apoiar a Terceira Internacional (uma réplica da Primeira Internacional de Marx; ambas foram criadas para fomentar a revolução mundial). Quando voltaram, começaram a sua campanha. John Reed agitou os trabalhadores através do New York Communist. Logo as fileiras comunistas incharam com os membros da antiga International Workers of the World, I. W. W., que havia empregado técnicas de sabotagem e violência durante a Primeira Guerra Mundial.

O Partido Comunista Russo enviou aos comunistas americanos C. A. Martens e uma substancial quantia de dinheiro. O plano era estabelecer células revolucionárias dentro dos sindicatos e das Forças Armadas dos Estados Unidos. À medida que o movimento progredia, representantes foram enviados à Rússia a fim de solicitar permissão para criarem o "Partido Comunista dos Trabalhadores dos Estados Unidos" como ramificação da Internacional Comunista. Posteriormente, o termo "dos Trabalhadores" foi retirado do nome do partido.

Os diretores do novo Partido Comunista assinaram "Vinte e Uma Condições para Admissão", documento que lhes causou embaraço quando o partido foi obrigado a registrar-se, em 1952, como órgão sob o controle da União Soviética. Além de passarem a se subordinarem à Internacional Comunista, uma das condições, por exemplo, obrigavam os filiados a disseminarem "vigorosa e sistemática propaganda [comunista] no exército". Se tal propagando fosse proibida, ela deveria ser efetuada por meios ilegais.

Foram compromissos básicos como esses que levaram o U.S. Subversive Activities Control Board (Comitê de Controle de Atividades Subversivas dos Estados Unidos) a declarar em 1953, após amplas audiências, que os integrantes do Partido Comunista dos Estados Unidos consideravam a lealdade devida ao seu país subordinada à sua lealdade e obrigações perante a União Soviética.   

Adaptado de SKOUSEN, W. Cleon. O Comunista Exposto - desvendando o comunismo e restaurando a liberdade. Tradução de Danilo Nogueira. Campinas, SP: Vide Editorial, 2018, p. 176-183.

Reinauguração da Capela de Santa Luzia

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Para mais informações, acesse o Portal do Centro de Vitória.

A Abundância Norte-Americana

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A China produz mais batatas do que qualquer outro país no mundo. Apesar disso, durante a Guerra Fria, os chineses precisavam trabalhar o dobro do tempo que um americano precisava para comprar o mesmo peso em batatas. Pior que isso, os chineses precisavam trabalhar nove vezes mais do que um americano para comprar leite fresco e seis vezes mais para comprar queijo.

Os economistas têm apontado que muitas nações estrangeiras têm igual acesso a recursos e poderiam ser tão ricas quanto os Estados Unidos se estivessem dispostas a aceitar os princípios do governo e da economia que possibilitam o desenvolvimento dessa riqueza. Agentes de propaganda têm insistido que, como os Estados Unidos se tornaram extremamente ricos, deveriam dividir essa riqueza com os países pobres. Os economistas responderam apontando que aquilo de que os Estados Unidos dispõem para compartilhar com o mundo não é tanto sua riqueza, mas sim seu sistema econômico e de governo já muito verificado.

Se a riqueza dos Estados Unidos fosse espalhada pelo mundo, seria rapidamente dissipada. Por outro lado, se seu sistema de governo livre e de livre iniciativa fosse adotada por todo o mundo, as nações logo se tornariam permanentes produtoras de riqueza. Aquilo que as nações estrangeiras invejam nos Estados Unidos é a fruição de 175 anos de verdadeiro liberalismo. 

Adaptado de SKOUSEN, W. Cleon. O Comunista Exposto - desvendando o comunismo e restaurando a liberdade. Tradução de Danilo Nogueira. Campinas, SP: Vide Editorial, 2018, p. 408-409.