segunda-feira, 3 de abril de 2017
"Faça o que eu digo, não faça o que eu faço", apesar da aparente hipocrisia do homem medieval, ele ainda era mais humano que o que ocorreu depois. O homem medieval se via como imperfeito, e por acomodação ou realismo, tentava zerar de algum modo suas contas com Deus para pecar de novo. O problema foi quando o homem da Reforma e da Contrarreforma se julgou perfectível. Ele matou muito mais na pira que em toda Idade Média, torturou mais que na Inquisição original, queimou muito mais livros, embora fosse o mundo que originou a teoria das órbitas elípticas planetárias, que conquistou a América, criou a capela Sistina, que equilibrou o racionalismo e o empirismo.
O mundo do início da Idade Moderna impôs com muito mais ferocidade o que seria o bom, o justo o belo. Na ânsia por se tornar santo, o homem renascentista e barroco se esqueceu que aqueles a quem exterminava eram seres humanos. Isso porque o poder do Estado Nacional era muito maior que o de qualquer barão feudal, e o bem ou ou o mal que ele era capaz de criar eram também maiores. Somente o fim da Guerra dos Trinta Anos e o Iluminismo mudariam essa visão na Europa.
Ass: Klaus. Estou descaradamente usando o perfil de minha esposa, mestre hehehe...
Ao contrário da Inquisição, aqui não existe um index para os comentários. Se o layout não ajuda e os corta pela metade, eu crio um post para que eles sejam lidos na íntegra. Sobretudo se forem comentários instigantes e cheios de erudição, como são os do meu amigo Klaus. A ele e a todos os que me honram com uma visita, um abraço digno dos césares.
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