terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Em maio de 1921, os árabes retomaram as hostilidades contra os judeus da Palestina, ainda com mais violência do que no ano anterior. Muitas povoações judaicas foram atacadas, assim como os bairros judeus de Jerusalém. Uma das colônias judaicas destruídas foi Kfar Malal, que fora reerguida depois de ter sido destruída quatro anos antes, durante os combates entre as tropas britânicas e turcas. Sir Herbert Samuel, o alto-comissário britânico, procurou acalmar a cólera árabe suspendendo temporariamente a imigração de judeus. Um detalhe: ele era judeu, e desagradou os sionistas com tal medida.
Os árabes chegaram à conclusão de que uma demonstração de violência podia trazer vantagens políticas. Passado um ano, o líder dos motins de 1921, Haj Amin al-Husseini foi nomeado mufti de Jerusalém, e passou a usar o cargo - o mais alto na hierarquia religiosa muçulmana - para pressionar os britânicos no sentido de pôr fim à imigração judaica.
No dia 15 de abril de 1936, os árabes deram início a uma greve geral contra toda e qualquer imigração judaica futura. Nesse dia, atacaram e mataram três judeus que viajavam entre as cidades árabes de Tulkarm e Nablus. No dia seguinte, um grupo de judeus criou o Irgun Zvai Leumi (Organização Militar Nacional, conhecida como Irgun, o braço militar dos revisionistas), responsável por um massacre contra árabes perto de Telavive, como forma de retaliação. Passadas 48h, grupos árabes percorriam Jaffa à procura de judeus, atacando-os e incendiando as suas lojas. Registraram-se ataques em quintas judaicas por toda a Palestina, e ao fim dos quais 21 pessoas estavam mortas, várias delas mulheres e crianças (em outubro, o número de mortes atingiria um total de 80). Além das mortes, casas de judeus foram incendiadas, lojas foram pilhadas, pomares inteiros e milhares de hectares cultivados pelos judeus foram arrasados deliberadamente pelos árabes durante o verão de 1936.
No final de 1937, a violência foi retomada. Os árabes recusavam-se a aceitar até que as pequenas regiões judaicas da Palestina fossem governados por judeus. O plano de do território elaborado pela Comissão Peel falhou, e os ataques de árabes contra britânicos intensificaram-se. Contrariando os desejos da Agência Judaica, as represálias de judeus contra árabes passaram a ser a regra. Nem sempre, contudo, a resposta judaica era propriamente violenta. A 9 de novembro, cinco jovens judeus foram mortos por árabes nos montes a 13 Km a oeste de Jerusalém. Em sua memória, no início do ano seguinte, jovens imigrantes de Lodz, na Polônia, ergueram numa só noite uma aldeia fortificada. Ela foi denominada Ma'ale Ha-Hamisha (Ascensão dos Cinco).
Desde as primeiras semanas de 1938, os judeus da Palestina foram alvo da violência árabe, cada vez mais intensa, e concretizada no assassínio de agricultores judeus. Para protegê-los, foi comprada terra em Hanita, na fronteira com o Líbano, e a força defensiva da Agência Judaica, a Haganah, decidiu fortificar o lugar. A operação foi concluída em apenas um dia, e mobilizou 400 homens.
0 comentários:
Enviar um comentário