“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

O mito de Orfeu

domingo, 19 de julho de 2015

Entrevista com Carlos García Gual e David Hernández de la Fuente: "o mito de Orfeu tornou-se um símbolo único na tradição literária universal".

O Fondo de Cultura Económica de España publicou neste ano El mito de Orfeo. Estudio y tradición poética, uma obra indispensável para entender a figura deste personagem mitológico, que ultrapassou os limites da Antiguidade para nutrir com seu ciclo vital um bom número de obras literárias e artísticas até a atualidade. Os autores são Carlos García Gual e David Hernández de la Fuente, com os quais Mario Agudo Villanueva conversou para se aprofundar mais na trajetória deste personagem.


Orfeu e Eurídice. Pietro Paolo Rubens, Museo del Prado


Pergunta - O barco trácio [de Orfeu] desceu até o inferno para recuperar a sua amada Eurídice, mas não foi o único personagem mitológico que o fez. Em sua opinião, o que é que lhe fez render essa fama eterna?

David Hernández de la Fuente - É verdade que existe uma longa lista de heróis gregos que desceram ao Hades, a famosa katábasis, para realizar diversas missões entre as quais se encontram alguns célebres resgastes por amizade ou por heroísmo. A viagem ao mundo dos mortos é um antigo tópico da literatura universal que se vê antes na Epopeia de Gilgamesh. Mas o mito de Orfeu tornou-se o símbolo único na tradição literária universal: eu creio que a dimensão extraordinária do mito de Orfeu é explicado pela combinação do mistério e da morte, o poder do amor e os encantos da música em uma atraente combinação que deu fama imortal para toda a sequência relacionada com a mítica de Orfeu e sua descida ao Hades.

Leia a entrevista completa em Mediterráneo Antiguo.

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