“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Socialistas e Capitalistas

sábado, 28 de janeiro de 2017

Discurso inaugural de Trump na íntegra

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017


O discurso de Donald Trump na cerimônia de posse, no último dia 20, pode ser lido (ou assistido) na íntegra, no portal UOL.

Desde já, trata-se de uma importante fonte primária que indica os rumos da administração americana nos próximos quatro anos.

Pérola de Browne

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Filme 'Sarajevo'

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Toda a trama que envolveu o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando, é dramatizada nesse filme de 2014 (o centenário do início da Primeira Guerra Mundial). Uma excelente ilustração do jogo de poder e da estupidez daqueles que precipitaram o mundo para o maior conflito travado até então, mesmo sem qualquer prova do envolvimento do governo sérvio no atentado de Sarajevo. 

Mais informações sobre o filme no Hollywood Reporter

Doc. 'The Propaganda Game'

domingo, 22 de janeiro de 2017


Produzido pelo cineasta Alvaro Longoria em 2015, esse documentário procura explorar a guerra da propaganda entre a Coreia do Norte e o Ocidente. Nessa disputa interminável, quem mais perde é o povo norte-coreano. 

Assisti a esse documentário no Netflix

Veja o trailer aqui

5 dos Maiores Imperadores Romanos

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017


Os imperadores responsáveis  por construir o Império Romano (Otávio Augusto), levá-lo à extensão máxima (Trajano; cf. o mapa acima), extrair o máximo dele para o bem-estar de seus habitantes (Adriano e Marco Aurélio) e deter momentaneamente a sua decadência (Aureliano) figuram na relação de Made From History.

A Cultura do Vale do Indo

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A efígie do "rei-sacerdote", encontrada em Mohenjo-Daro, mede 17,5 cm e encontra-se no Museu Nacional, em Karachi, Paquistão. 

A próspera cultura do Vale do Rio Indo provavelmente surgiu da evolução das comunidades agrícolas estabelecidas durante o Neolítico junto ao Rio Indo e seus afluentes. Mais antiga que as civilizações mesopotâmica e egípcia, a civilização do Vale do Rio Indo, cujo florescimento se estendeu entre 2600 1700 a.C., teve um desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural comparável àquelas. 

Por volta de 3500 a.C., Harappa era uma pequena aldeia junto ao Rio Rauí. Mil anos depois, era uma grande cidade que se estendia por 150 hectares. Outra metrópole da região foi Mohenjo-Daro, e além dessas duas existiam ainda outras três, menos conhecidas. Sabemos que os mercadores de Harappa e Mohenjo-Daro comerciavam com seus colegas sumérios entre 2300 e 2 mil a.C. A maioria dos produtos deveria ser constituída de pequenos objetos de luxo.

Além de ruas pavimentadas, as cidades dessa civilização urbana contavam com um complexo sistema de condução de águas residuais e poços - públicos e privados - que abasteciam seus habitantes.

Uma das grandes incógnitas dessa civilização diz respeito à sua forma de governo. O urbanismo e a padronização das construções sugere a existência de um forte governo centralizado. Contudo, o único vestígio que permite-nos supor a existência de um governo similar ao mesopotâmico, exercido por um rei-sacerdote, é uma estatueta de barro, que representa um homem com barba e expressão majestosa (ver acima). Não foram encontrados edifícios que possam ser interpretados como palácios, nem grandes templos. Nos cemitérios de Harappa, os únicos encontrados até agora, não há rastros de uma elite dirigente cujas tumbas sejam mais ricas que as dos habitantes comuns.

Outra grande incógnita é a religião. Pequenas estatuetas de cerâmica que representam fundamentalmente animais machos, além de símbolos fálicos e figuras femininas com órgãos sexuais proeminentes, sugerem a existência de uma religião que rendia culto à fertilidade.

O final abrupto da civilização do Vale do Rio Indo, por volta de 1700 a.C., não foi consequência de guerra ou invasões, mas muito provavelmente da conjunção de uma série de desastres naturais e uma mudança das condições climáticas. Além disso, a desflorestação para fins agrícolas e para obter lenha provocaram uma drástica redução populacional e dos recursos. Quando os arianos chegaram ao Vale do Indo, as grandes cidades já haviam se arruinado e não mais existiam.

Vultos do Ocidente

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Poucos indivíduos deixaram uma marca profunda ou mudaram o curso da História. Abaixo, segue uma lista de doze desses homens, particularmente importantes para a História do Ocidente (Gandhi, conquanto tenha sido um indiano, até hoje é uma inspiração para os pacifistas ocidentais e ele mesmo era um ocidentalizado). A seleção é ampla o suficiente para incluir desde pacifistas como Jesus e Gandhi, até tiranos abomináveis como Stalin e Hitler.

Sei perfeitamente o quão controverso é a elaboração de tais listas. Alguns historiadores defendem mesmo que elas nunca sejam criadas. Destaco que não pretendo desconsiderar a importância dos expoentes das civilizações orientais. Também não elevarei esses doze indivíduos à categoria de super-heróis, e nem ignoro a importância dos seus coetâneos. Escolhi-os simplesmente porque se destacaram como representativos da época em que viveram e, por isso, debrucei-me sobre as suas biografias (algumas delas eu já apresentei aqui no blog; basta clicar nos nomes destacados abaixo). 

Por fim, esclareço que ordem da relação segue estritamente um critério cronológico:   

1. Péricles (c. 495-429 a.C.) - a Idade de Ouro de Atenas 

2. Alexandre, o Grande (356-323 a.C.) -  o fundador de uma civilização 

3. Júlio César (100-44 a.C.) - a vida de um colosso 

4. Jesus de Nazaré (4 a.C. - 31 d.C.) - a plenitude dos tempos 

5. Carlos Magno (742-814) - a nostalgia do Império 

6. Michelangelo (1475-1564) - uma vida épica 

7. Martinho Lutero (1483-1546) - a verdade a qualquer preço 

8. Napoleão (1769-1821) - o sonho da Europa unida 

9. Gandhi (1869-1948) - a ambição nua

10 e 11. Stalin (1878-1953) e Hitler (1889-1945) - as faces do mal

12. Churchill (1874-1965) - um estadista para o Ocidente

Um Blog a Serviço de Todos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Já se passaram quase seis anos da criação deste blog. Desde o início, minha intenção foi a de difundir o conhecimento, despertar a curiosidade e formar apaixonados pela História. Felizmente, tenho colhido muitos frutos nesse período. Ontem, num grupo do WhatsApp, uma ex-aluna fez o comentário acima (detalhe: a imagem que lhe apareceu após fazer a pesquisa no Google é do post Soldados da Roma Antiga). 

Hoje, ao acessar o meu e-mail, tive outra surpresa feliz. Um "pai de família, conservador e cristão", o ilustre sr. Ismael Reghin Filho, postou um honroso comentário ao post Acervo anticomunista. Infelizmente, por uma limitação do Blogger, o comentário dele não aparece ao público, razão pela qual publico um print do mesmo abaixo. Faça-o à guisa de agradecimento:  
(Clique na imagem para melhorar a visualização)

Caro sr. Ismael, sinta-se livre para propagar o conhecimento que propago aqui. Este é um blog a serviço de todos.

A Grande Ficção

domingo, 15 de janeiro de 2017

«Um Pequeno Passo para a Liberdade»

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

CAMPOS, Miguel Furian et. al. (Org.). Um pequeno passo para a liberdade. Instituto de Formação de Líderes de São Paulo, Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte, Instituto Líderes do Amanhã de Vitória, 2016.
> A porção central da obra acima são as Seis Lições de Mises; baixe-as aqui.

Eis um presente de amigo que "devorei" nesta semana. Esse livro deveria ser distribuído aos quatro ventos, principalmente no Brasil, onde o indivíduo é cada vez mais esmagado por um Estado paquidérmico. 

A primeira parte da obra - de longe a melhor - é composta por seis palestras proferidas pelo economista Ludwig von Mises (1881-1973) em Buenos Aires, em fins de 1958. Judeu de nacionalidade austríaca, Mises foi um dos maiores economistas liberais do século XX, e é um dos mais estudados atualmente no Brasil.

Na primeira lição ("Capitalismo"), Mises explica que o livre mercado no mundo moderno, ao contrário de todos os sistemas socioeconômicos que lhe precederam, criou condições reais para a ascensão social e reduziu significativamente as desigualdades sociais. Assim, "hoje, nos países capitalistas, há relativamente pouca diferença entre a vida básica das chamadas classes mais altas e a das mais baixas: ambas têm alimento, roupas e abrigo. Mas no século XVIII, e nos que o precederam, o que distinguia o homem da classe média do da classe baixa era o fato de o primeiro ter sapatos, e o segundo, não." (p. 25)

Na segunda lição ("Socialismo"), eu destaco as seguintes citações:

"Quando há economia de mercado, o indivíduo tem a liberdade de escolher qualquer carreira que deseje seguir, de escolher o seu próprio modo de inserção na sociedade. Num sistema socialista é diferente: as carreiras são decididas por decreto do governo. Este pode ordenar às pessoas que não lhe sejam gratas, àquelas cuja presença não lhe pareça conveniente em determinadas regiões, que se mudem para outras regiões e outros lugares." (p. 32)

"A visão do governo como uma autoridade paternal, um guardião de todos, é própria dos adeptos do socialismo." (p. 34)

"Liberdade significa realmente liberdade para errar." (p. 35)

"Submetido ao planejamento governamental, o homem é como um soldado num exército. Não cabe a um soldado o direito de escolher sua guarnição, a praça onde servirá. Cabe-lhe cumprir ordens. E o sistema socialista - como o sabiam e admitiam Karl Marx, Lenin e todos os líderes socialistas - consiste na transposição do regime militar a todo o sistema de produção." (p. 39)

Na terceira lição ("Intervencionismo"), destaco a lúcida análise acerca da economia alemã sob o regime nazista: "Antes da ascensão de Hitler ao poder, o controle de preços foi mais uma vez introduzido na Alemanha pelo chanceler Brüning, pelas razões de costume. O próprio Hitler aplicou-o antes mesmo do início da guerra: na Alemanha de Hitler não havia empresa privada ou iniciativa privada. Na Alemanha de Hitler havia um sistema de socialismo que só diferia do sistema russo na medida em que ainda eram mantidos a terminologia e os rótulos do sistema de livre economia. Ainda existiam 'empresas privadas', como eram denominadas. Mas o proprietário já não era um empresário; chamavam-no 'gerente' ou 'chefe' de negócios (Betriebsführer)." (p. 54)

A grande lição do intervencionismo é que "sempre que se interfere no mercado, o governo é progressivamente impelido ao socialismo." (p. 57)

Na quarta lição ("Inflação"), Mises lembra que "não é o modo como o dinheiro é gasto, é antes o modo como é obtido pelo governo que dá lugar a essa consequência que chamamos de inflação (...)." (p. 63)

Na quinta lição ("Investimento Externo"), destaca: "Devemos nos dar conta de que em todos os países, exceto a Inglaterra, o investimento de capital de origem estrangeira sempre desempenhou um papel da mais considerável importância para a implantação de indústria modernas." (p. 81)

"Encerrado o glorioso período do século XIX, em que o capital estrangeiro fomentou, em todas as partes do mundo, a implantação de modernos métodos de transporte, de fabricação, de mineração e de tecnologia agrícola, inaugurou-se uma nova era [a partir da Primeira Guerra Mundial] em que governos e partidos políticos passaram a ter o investidor estrangeiro na conta de um explorador a ser escorraçado do país." (pp. 82-83)

Para que os países em desenvolvimento se tornem tão prósperos quanto os Estados Unidos, precisam acumular capital interno (que decorre do aumento da produtividade) e viabilizar o ingresso do capital estrangeiro. (p. 85 e p. 87)

Na sexta e última lição, ("Política e Ideias"), há uma citação atualíssima:

"O estadista do século XVIII pensava que os legisladores tinham ideias específicas sobre o bem comum. Hoje, entretanto, constatamos, na realidade da vida política - praticamente na de todos os países do mundo onde não vigora simplesmente uma ditadura comunista - uma situação em que já não existem partidos políticos autênticos, no velho sentido clássico, mas tão-somente grupos de pressão." (p. 93)

Futuro Tenebroso para o Mundo

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Cena de destruição da guerra civil síria: conflitos serão mais comuns nos próximos anos.

Segundo relatório do Conselho Nacional de Informações dos Estados Unidos, o risco de conflito é o maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Nos próximos cinco anos, o crescimento econômico será reduzido e as pressões antidemocráticas, à direita e à esquerda, aumentarão.

Face a esse quadro desolador, a liderança dos Estados Unidos seguirá em declínio e a cooperação internacional será mais difícil.

Saiba mais: Globo Play

«O Príncipe»

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe (com comentários de Napoleão I e Cristina da Suécia). Tradução de Fulvio Lubiso. São Paulo: Jardins dos Livros, 2007.

Finalmente pude ler por completo esse clássico da ciência política, escrito pelo famoso florentino que viveu à época da Renascença (mais especificamente entre 1469 e 1527). A edição em questão é a melhor que já encontrei - isso porque conta com as notas imperdíveis de Napoleão e da rainha Cristina.

Nesta apresentação, destacarei algumas citações que chamaram a minha atenção. Em primeiro lugar, fiquei surpreso ao descobrir que Maquiavel já sustentava a tese da barbarização do exército romano (tese essa que já foi superada pela historiografia). Eis as citações:

"Se considerarmos o início da queda do Império Romano, verificaremos que ele certamente se encontra na introdução do emprego dos godos; a partir desse momento, as forças romanas começaram a declinar, de maneira que todo o valor que perdiam revertia a favor dos bárbaros." (pp. 124-125)

"A melhor fortaleza que um príncipe pode ter é o afeto de seu povo, pois se for odiado nenhuma fortaleza o salvará (...)." (p. 184)

"(...) Gastar o que é dos outros não prejudica a reputação do príncipe, ao contrário, isso faz que ela aumente." (p. 140) 

"É preciso observar que, ao conquistar um Estado, o conquistador deve determinar e executar as crueldades de uma só vez para que não tenha de repeti-los todos os dias e possa, evitando renová-las, proporcionar segurança aos súditos e conquistá-los com alguns benefícios." (p. 89)

No famoso cap. XVIII ("Da crueldade e da clemência. É melhor ser amado ou temido?"), à parte da discussão sobre o que é melhor ao príncipe - ser amado ou temido - destaco o seguinte trecho:

"Mas, acima de tudo, deve abster-se sempre de apoderar-se dos bens alheios, porque os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai que a perda de seu patrimônio." (p. 146) 

A Escolha do Nome entre os Índios

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

"Alguns viajantes nos contam que um índio não recebia um nome ao nascer, mas tinha que conquistar um que correspondesse a suas ações, pelo qual passava a ser conhecido. Em algumas tribos o índio adquiria um novo nome a cada nova proeza. É triste que um homem carregue um nome meramente de conveniência, não tendo conquistado nem o nome nem a reputação que lhe corresponde."

THOREAU, Henry David. Caminhar [1862]. In: A Desobediência Civil. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2012, p. 112.

A Origem da Força dos Impérios

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


"Nossos ancestrais eram selvagens. A história de Rômulo e Remo sendo amamentados por uma loba não é uma fábula desprovida de sentido. Os fundadores de cada Estado que ascendeu a uma posição de proeminência extraíram seu alimento e vigor de uma fonte similarmente selvagem. Foi por não terem sido amamentados pela loba que os filhos do Império foram vencidos e destituídos pelos filhos das florestas do norte, que, estes sim, nutriram-se do leite dela."

THOREAU, Henry David. Caminhar [1862]. In: A Desobediência Civil. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2012, p. 101.

«A Desobediência Civil», de Thoreau

domingo, 8 de janeiro de 2017

Baixe essa obra gratuitamente aqui.

Esse clássico da literatura americana, que inspirou Martin Luther King e Gandhi, foi publicado pela Penguin Classics Companhia das Letras, em 2012. Henry David Thoreau (1817-1862), homem de múltiplos interesses, foi um corajoso crítico do consumismo, imperialismo e escravidão norte-americanos, e um dos precursores da ecologia e da resistência pacífica.

A edição da Penguin traz outros escritos, além do que empresta o título ao livro. Eis algumas citações:

Onde vivi, e para quê [2º capítulo de Walden, 1854]

"A riqueza de homem é proporcional à quantidade de coisas que pode abrir mão." (p. 40)

"Em meio ao mar agitado da vida civilizada, são tantas e tamanhas as nuvens, tormentas, areias movediças e os mil e um contratempos a levar em conta que, se não quiser naufragar e ir ao fundo sem chegar a porto algum, o homem tem que agir de acordo com sua bússola e ser um grande calculista para ter êxito. Simplifique, simplifique. Em vez de três refeições por dia, se for necessário faça uma só; em vez de cem pratos, cinco, e reduza as outras coisas na mesma proporção." (p. 50)

"Você alguma vez já pensou no que são aqueles dormentes sobre os quais repousam os trilhos? Cada um deles é um homem, um irlandês ou um ianque. Os trilhos assentam sobre eles, e eles se cobrem de areia, e os vagões deslizam suavemente em cima deles." (p. 51)

"Por que teríamos de viver com tanta pressa e desperdício de vida? Parecemos decididos a morrer de fome antes mesmo de ter apetite." (p. 51)

"Quando pensamos com sensatez e sem pressa, percebemos que apenas as coisas grandes e valiosas têm existência permanente e absoluta - que pequenos medos e pequenos prazeres não são mais do que sombras da realidade." (pp. 54-55)

A escravidão em Massachusetts [Discurso proferido no dia 04 de julho de 1854] 

"O destino do país não depende de como votamos nas eleições - nesse jogo o pior dos homens se equipara ao melhor - , não depende do tipo de papel que colocamos na urna uma vez por ano, mas do tipo de homem que cada um de nós coloca na rua ao sair de casa a cada manhã." (pp. 74-75)

"O resultado de um bom governo é tornar a vida mais valiosa - o de um mau governo é torná-la menos valiosa." (p. 76)

"Quem pode estar sereno num país em que governantes e governados são desprovidos de princípios?" (p. 78)

Caminhar [1862]

"Desfrutar de uma crise com exclusividade significa geralmente negar a si próprio o verdadeiro desfrute." (p. 92)

"Acima de tudo, não podemos nos dar ao luxo de deixar de viver no presente. É abençoado entre todos os mortais aquele que não perde nem um instante da vida efêmera remoendo o passado." (p. 121)

Vida sem princípios [1863] 

"A meta do trabalhador não deveria ser simplesmente ganhar a vida, obter 'um bom emprego', mas sim fazer bem certo trabalho; mesmo num sentido pecuniário, seria proveitoso para uma cidade pagar seus trabalhadores tão bem que eles não sentissem que estavam trabalhando para uma finalidade inferior, como a mera subsistência, e sim para fins científicos ou até mesmo morais. Não contrate um homem que faça o seu trabalho por dinheiro, mas um homem que trabalhe por amor àquilo que faz." (p. 128)

"Não há maior trapalhão do que o que gasta a maior parte de sua vida empenhando-se em ganhar a vida. (...) Deve-se ganhar a vida amando-a." (p. 130)

"Nações! O que são as nações? Tártaros, hunos e chineses! Como insetos, elas fervilham. O historiador empenha-se em vão por torná-las memoráveis. É por falta de um homem verdadeiro que há tantos homens." (p. 142)

Um Império de Sangue

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

No ano passado, estreou na Netflix uma mistura de épico histórico e documentário narrado por Sean Bean: Roma - Império de Sangue. Só agora, com o merecido ócio proporcionado pelas férias, pude assistir a essa série.

A primeira temporada, de apenas seis episódios, trata do final do principado de Marco Aurélio, o imperador-filósofo, e do principado de seu filho, Cômodo. Trata-se de um período crucial na história do Império Romano, na segunda metade do século II. A era dos "bons imperadores" é sucedida pelo reinado de um tipo excêntrico e irresponsável como Cômodo. 

Comparando com outras séries que já foram produzidas sobre a civilização romana, diria que esta é boa perto das ruins, e ruim se comparada às boas. A parte pior é a dose inevitável de sensacionalismo que sempre acompanha as representações cinematográficas (e a classificação etária desta série é 18 anos). A melhor parte é a curiosidade que desperta sobre o tema, além das análises e comentários dos historiadores convidados.

Pérola de Ayn Rand

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Pérola de Thoreau

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

«A Vitória da Igreja na Crise Final»

terça-feira, 3 de janeiro de 2017


Finalmente, o registro do último livro lido em 2016. Trata-se de um opúsculo direcionado aos adventistas do sétimo dia, e oferece uma análise de acontecimentos históricos e previsões proféticas. Fernando Chaij apresenta assim importantes verdades espirituais diretamente ligadas à experiência cristã diária, e traça um panorama dos últimos acontecimentos, de acordo com o que foi revelado nas Escrituras e no Espírito de Profecia. Um guia para enfrentarmos com sucesso a última grande crise da História. 

A Grandeza de Um Pequeno País

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017


Por que Japão e Suíça, tão pequeninos e relativamente desprovidos de recursos naturais, são muito mais ricos do que os países da América Latina e da África, geograficamente vastos e ricos em recursos naturais? Se a grandeza de um país se medisse somente por sua extensão territorial ou pela abundância de recursos naturais, não seria a Rússia a maior economia do planeta?

A grandeza de uma nação se mede pela grandeza de seu povo, composta pela memória dos grandes feitos realizados em conjunto. A prosperidade é fruto do trabalho duro, da criatividade, da inovação, da capacidade de empreender e transformar desafios em oportunidades. 

Neste sentido, a pequena nação de Israel tem muito a ensinar ao mundo. Antes uma terra desolada, composta por pântanos, desertos e áreas rochosas - consideradas inabitáveis pelos árabes da região -, Israel se tornou um oásis no Oriente Médio graças a um grupo de trabalhadores rurais, dispostos a tomar as rédeas de seu destino e construir uma grande nação por meio de seus grandes feitos.

Tradução e revisão: Hugo Silver e Israel Pestana 

Agradecimentos: Alexandre Borges

TRADUTORES DE DIREITA