“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

«César - a Vida de um Soberano»

terça-feira, 30 de maio de 2017

Adrian Goldsworthy nos brindou, mais uma vez, com uma obra que se recomenda a si própria. Eis a referência:

GOLDSWORTHY, Adrian. César - A Vida de um Soberano. Tradução de Ana Maria Mandim. Rio de Janeiro / São Paulo: Record, 2011

Em Portugal, César foi traduzido já há alguns anos, pela Esfera dos Livros. Notem que, em terras lusitanas, o subtítulo foi ainda mais condizente com os feitos do biografado: A Vida de um Colosso

Sem sombra de dúvidas, César foi um colosso. Ainda em vida, teve a oportunidade de colher os frutos de seus grandes feitos na esfera militar e política. Após o seu trágico assassinato em pleno Senado da República, no ano 44 a.C., o fascínio do mito que envolveu o homem só se intensificou. Na política, César foi crucial para o fim do sistema republicano, que durava já há quatro séculos. Na esfera militar, sua influência atravessou os séculos, e Napoleão Bonaparte foi apenas um dos comandantes famosos que se inspiraram nos seus relatos sobre a Guerra das Gálias (aliás, uma obra que colocou César entre os grandes escritores de sua época). Eis uma relação das suas principais campanhas: 
Além da leveza indescritível do texto, a biografia escrita por Adrian Goldsworthy - um dos mais brilhantes romanistas da atualidade - demonstra ter grande erudição. Como cabe a todo historiador digno desse nome, reconhece as lacunas e os pontos controversos do seu objeto de pesquisa. Muito além de explicar a vida de um homem, Adrian Goldsworthy forneceu um quadro geral da República e, mais especificamente, do mundo romano no século I a.C. Para auxiliar o leitor, foram disponibilizados nada menos que quinze mapas, duas dúzias de imagens, um epílogo (no qual consta as interpretações de César ao longo da História), uma cronologia, uma bibliografia, notas e um índice onomástico. Enfim, essas 767 páginas certamente não serão as últimas escritas sobre Caio Júlio César, como Adrian admite à p. 674, mas certamente estão à altura de um dos maiores líderes de todos os tempos.      

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