“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Max Weber (1864-1920)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


Parte 1


Parte 2

A Liberdade de Expressão

domingo, 24 de janeiro de 2016


Os Estadistas Estudam História

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Churchill e o Gen. de Gaulle (Marrakesh, janeiro de 1944): Apaixonados pela História.

"...Não é um acaso tantos dos mais bem-sucedidos líderes políticos das democracias modernas - nos Estados Unidos, Theodore Roosevelt e Harry Truman; na Grã-Bretanha, Benjamin Disraeli e Winston Churchill; na França, Charles de Gaulle - terem sido dedicados estudantes de história. O que aprenderam com a história não foi o esforço de analogias superficiais - as supostas 'lições' de Munique ou Suez -, mas uma compreensão das principais forças políticas e intelectuais da época. Para o político que procura ser um estadista, o conhecimento da história não tem preço." 

BOGDANOR, Vernon. "O que faz um governo ter sucesso?" In: SWAIN, Harriet (org.). Grandes questões da História.Tradução de Geraldo Galvão Ferraz. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010, pp. 66-67.

«História do Brasil», de Boris Fausto

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016



Lançado pela Edusp em 2013, esse belo compêndio da História do Brasil já está em sua 14ª edição. A presente atualização, revista e ampliada, conta com a colaboração de Sérgio Fausto, que se encarregou de explicar o período da "Modernização pela Via Democrática" - o governos de Collor, Itamar, Fernando Henrique Cardoso e Lula. 

O livro integra uma coleção - Didática - voltada ao Ensino Médio. Contudo, os universitários e o público em geral certamente poderão se beneficiar da narrativa simultaneamente agradável e problematizadora do historiador Boris Fausto. Além de mapas e inúmeras imagens, o livro é incrementado com uma cronologia histórica do Brasil e do mundo entre 1500 e 2010, um glossário biográfico e um índice onomástico. 

Toda narrativa histórica comporta uma seleção. Nesse sentido, Boris optou por se concentrar nas transformações sociopolíticas. Isso poderá frustrar quem espera informações sobre a nossa história cultural. De qualquer forma, sua obra em nada é desmerecida por essa escolha. Mais que fatos, por si só apresentados de forma muito competente, o livro apresenta discussões historiográficas e importantes reflexões. Constitui, assim, uma obra obrigatória a todos que queiram obter um panorama da História do nosso país.

«Nero», de David Shotter

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016



Mais uma leitura concluída neste início de ano. Trata-se de mais um biografia do "imperador louco", lançada pela editora lisboeta 70 em 2008. Conta com 190 páginas e a tradução foi realizada por Rui Miguel Oliveira Duarte.

David Shotter, professor emérito de História do Império Romano da Universidade de Lancaster, escreveu um livro objetivo, informativo e profundamente acadêmico. Sem rejeitar a visão corrente de que o reinado de Nero foi a encarnação da extravagância, devassidão e corrupção que, para muitos, Roma veio a simbolizar, ele procurou mostrar que tal governo também teve as suas realizações. Ainda que tenha sido um governante despreparado e megalomaníaco, por algum tempo, pelo menos, Nero se deixou guiar por homens de grande capacidade, dentre os quais se destaca Sêneca. Segundo Shotter, 

Nero era volúvel e caprichoso, um jovem mais interessado na cultura popular do que nas complexidades da governação. Igualmente, não via razões para abandonar a satisfação dos seus próprios prazeres, apesar de ocupar o cargo de maior poder e responsabilidade. (p. 14)

O livro apresenta uma competente contextualização da época e da família de Nero - a Júlio-Cláudia (31 a.C. - 68 d.C.). De maneira sucinta, expõe as questões principais da vida do imperador: sua ascensão ao poder, sua política nacional e, por fim, as razões para a sua queda, bem como as consequências deste fato. A conclusão explica os desdobramentos do "Ano dos Quatro Imperadores" e a consolidação do poder de Vespasiano. Solidamente fundamentada na documentação primária, a obra é incrementada com uma árvore genealógica das famílias Júlia e Cláudia, apêndices (com as principais datas da vida de Nero, excertos de fontes de Tácito e Suetônio, glossário de termos latinos, testemunhos da vida e do principado de Nero, bibliografia selecionada) e, finalmente, um índice onomástico. 

O Absolutismo - introdução

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Alegoria do Rio Ródano por Jean-Baptiste Tuby, em frente à bacia do Meio-Dia, de frente para o Corpo Central do Palácio de Versalhes, símbolo máximo do absolutismo.

O termo absolutismo não existia à época do Antigo Regime. Foi criado a posteriori, pelo Diretório da Revolução Francesa, e tinha um claro tom pejorativo. O termo mais usual ao período pré-revolucionário era potesta absoluto. Milton cunhou o termo autarquia, referindo-se ao monarca como aquele que é autossuficiente, que se basta.

Nesse sentido, é importante conhecer a fórmula jurídico-constitucional do monarca absoluto:

Princeps legibus solutus est
"Só reconhece o Direito criado." Ou: "O soberano não está sujeito à lei que ele próprio edita para os outros."

Suprema potestas superiorem non recognoscens
"O rei não reconhece nenhum superior."

Quod principi, placuit legis habet vigorem (Ulpiano, Digesta, I, 4, 1 pr.)
"A vontade do príncipe tem força de lei."

O absolutismo é entendido diversamente pelas escolas historiográficas. Para Marx e Engels, o estado absolutista seria um ponto médio entre a burguesia e a nobreza, tornando-se então autônomo. Segundo Marx, no início do período moderno existiria na Europa ocidental um pequeno Modo de Produção. Assim, o campesinato, imbuído pelos direitos comunais, tornou-se pequeno proprietário de terras. A liberação geral dos camponeses marcava a passagem do Feudalismo para o Capitalismo.

Na visão de Perry Anderson, historiador marxista britânico, na época em questão a nobreza se viu acuada; o fortalecimento do Estado foi a saída que encontrou para assegurar seu poder. Analisando os dois casos mais típicos de absolutismo - o francês e o britânico - Anderson observou que "na Idade Média, a monarquia feudal da Inglaterra era, em geral, muito mais poderosa do que a de França. (...) Contudo, a mais forte monarquia medieval do Ocidente foi justamente aquela que produziu o absolutismo mais fraco e mais limitado" (Linhagens do Estado absolutista. Porto: Afrontamento, 1984, p. 128). Boris Porshnev, seguindo na linha de Anderson, sustentou que o Estado absolutista não passava de instrumento da nobreza, da classe feudal. Em contraposição, Roland Mousnier não aceitava a ideia de que o Estado fosse instrumento de qualquer grupo social. A nobreza teria sido a pior inimiga do Estado absolutista, como ficou comprovado pela liderança de nobres na maioria dos levantes populares do século XVII (DOYLE, William. O Antigo Regime. São Paulo: Ática, 1991, p. 35-36). 

Afastando-se das interpretações marxistas, Reinhart Koselleck entendeu o absolutismo como fruto da guerra civil religiosa. Na França, a monarquia centralizada emergiu como a terceira força no confronto entre católicos e protestantes huguenotes. Na Inglaterra, a guerra religiosa (encabeçada pelo rei Henrique VIII) teria se combinado a uma revolução burguesa. 

O Estado absolutista, além de ser laico (ou pelo menos pretender-se), também caminhou rumo à racionalização e burocratização. Ele não pode ser considerado despótico ou tirânico, uma vez que o poder do monarca possuía limites. Um destes era a Lei Sálica, na França (princípio herdado dos francos sálios e que vetava o trono a mulheres).

A evolução das armas de guerra

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


Nossa Herança Europeia

domingo, 17 de janeiro de 2016

Uma polêmica está acesa sobre as possíveis mudanças na Base Nacional Comum Curricular. O ensino de História, de modo especial, sairá enfraquecido. Isso porque o Ministério da Educação poderá simplesmente eliminar do currículo do Ensino Médio os conteúdos de História Antiga e Medieval, Renascimento, revoluções inglesas do século XVII, Revolução Industrial, Revolução Francesa e os acontecimentos do século XIX, dentre outros.

Por outro lado, uma ênfase desmedida é dada às histórias ameríndias, africanas e afro-brasileiras. Sem menosprezar o papel dos povos indígenas e africanos na formação da nossa nacionalidade, procurarei aqui destacar o legado da Europa à civilização ocidental.

A Europa não constitui a civilização mais antiga do nosso planeta. A Mesopotâmia, o Egito, a China e a Índia foram civilizados antes dela. Menos extensa que a Ásia, a África e a América, por séculos a Europa sequer foi o continente mais populoso. Por volta de 1750, metade da humanidade vivia na Ásia.

Contudo, foi na Grécia onde surgiram os conceitos de "política" e "democracia", fundamentais ao mundo contemporâneo. Os gregos também legaram à Europa o desejo, a paixão de saber, uma forma de inteligência científica, a curiosidade aplicada ao conhecimento do mundo, bem como o prazer pela aventura e pela mudança. 

A civilização grega e, sobretudo, a helenística, influenciaram significativamente a civilização romana. os romanos, por sua vez, elaboraram uma síntese dessas culturas, transmitindo-a ao Ocidente. A contribuição latina mais original deu-se no âmbito do Direito, a base do nosso sistema legal. Além disso, diversos idiomas, incluindo o português, derivam do latim. 
Todo o conhecimento da Antiguidade greco-romana foi cuidadosamente preservado na Idade Média, pelos monges copistas. A civilização cristã, na Baixa Idade Média, ainda criou as universidades, instituições que até hoje se destacam pela produção e difusão do conhecimento.

A partir das universidades, das Academias e dos livros, as grandes correntes de ideias europeias difundiram-se pelo planeta. De igual modo, também foi na Europa onde surgiu a revolução técnica, a transformação econômica, a experiência política. O que se passou na Europa repercutiu no mundo inteiro. O inverso não ocorreu, pelo menos até o século XIX.

Talvez seja no campo da técnica que a herança europeia mais se destaque. O pensamento científico desvendou segredos, reconstruiu os sistemas da natureza e deduziu de suas leis científicas as aplicações práticas. Disso resultou uma série de invenções, bem como o domínio das forças da energia, que foi aplicado ao armamento, à navegação, às vias de comunicação.

O Islã, culturalmente tão distinto do Ocidente, não hesitou em absorver a notável experiência científica da civilização judaico-cristã. O mundo frequentou a escola da Europa, ainda que nem sempre espontaneamente.

E o que dizer da longevidade dos impérios ocidentais? Resultou da superioridade na arte de governar dos europeus. Os impérios coloniais da Espanha e de Portugal, por exemplo, resistiram por três séculos, mais pela engenhosidade e superioridade de organização do que pela superioridade militar.

A própria consciência histórica é uma criação europeia. Até mesmo a possibilidade de se narrar a História desde o ponto de vista de outros sujeitos ou outras culturas é uma criação europeia. De fato, a única cultura que se empenhou em compreender as outras sem projetar sobre elas os seus próprios valores foi a europeia. Essa deveria ser a primeira lição do currículo de História do MEC.

Enfim, reconhecer a superioridade da herança cultural da Europa em relação aos outros continentes não implica nenhum julgamento de valor - trata-se de um fato, evidente demais para ser negado por uma reforma curricular leviana.

Publicado no jornal A Tribuna (17/01/2016).

Confira a entrevista que concedi ao jornal A Tribuna (27/02/2016).

Fernando Azevedo e a Sociologia

sábado, 16 de janeiro de 2016


O testemunho de Fernando Henrique Cardoso - Parte 1


O testemunho de Fernando Henrique Cardoso - Parte 2

O Horror da China Maoísta

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cena comum durante a Revolução Cultural (1966-1976): os rituais de humilhação antecediam os espancamentos e as execuções sumárias. Foto de Li Zhensheng.


É um escândalo que poucos ocidentais conheçam a sanguinolenta realidade que predominou na China entre os anos de 1949 e 1976. Nesse período, Mao Tsé-Tung esteve à frente da ditadura comunista.

Quantos morreram em virtude das perseguições e das políticas do "Grande Timoneiro"? As estimativas variam entre 40 milhões e 100 milhões de vítimas. 

Saiba mais em: Mises 

Como a inflação afeta a economia

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Inflação ameaça conquistas sociais


Piora das contas públicas prejudica combate à inflação


Inflação amplia crise da indústria


Por que a inflação deixa o brasileiro mais pobre?


Inflação ameaça os pequenos negócios
 

Descobertas casas da Idade do Bronze

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Os restos das casas deixaram de ser preservadas se continuarem onde estão. Por isso os arqueólogos isolam as estruturas de madeira. Divulgação / University of Cambridge.


Arqueólogos descobriram as "mais bem preservadas habitações da Idade do Bronze já encontradas na Grã-Bretanha." As casas de madeira, construídas sobre palafitas, formavam parte de uma colônia no condado de Cambridgeshire, e datam de cerca de 1200-800 a.C.

Escavações anteriores já haviam revelado vários objetos. Agora, os arqueólogos da Unidade Arqueológica de Cambridge (CAU, em inglês) estão escavando as próprias habitações, preservadas pelo lodo de um rio, após um incêndio ter destruído as palafitas. 

A área escavada é de 1100 metros quadrados. Neste momento, os arqueólogos já atingiram o leito do rio como era entre 1000 e 800 a.C.

Fonte: O Globo Cambridge

«O Século XIX», de René Rémond

terça-feira, 12 de janeiro de 2016



René Rémond (1914-2007) nos brindou com essa obra clara e objetiva, lançada pela paulista Cultrix em 1976. Particularmente, considerei essa leitura extremamente prazerosa, e abaixo faço alguns apontamentos relativos à introdução da obra. Espero que os leitores desse blog sintam-se estimulados, mais uma vez, a seguirem adiante e lerem o livro. 

O traço frequente do período em questão (1815-1914), foi a frequência dos choques revolucionários. Quase todas as revoluções desse período foram dirigidas contra a ordem estabelecida, em favor da liberdade, da democracia política ou social, da independência ou unidade nacionais (p. 13). 

Essa agitação revolucionária apresentou-se, a princípio, como um contragolpe à revolução de 1789; contudo, essas revoluções não se reduziram a sequelas da Revolução Francesa e outras características se afirmaram à medida que o século se aproximou do fim.

As vagas que se sucederam foram as seguintes:

1ª) A de movimentos liberais, contra "as sobrevivências ou os retornos ofensivos do Antigo Regime". Tal foi o caso da vaga insurrecional de 1830, na Europa ocidental.

2ª) As revoluções propriamente democráticas (p. 14).

[Uma nota sobre a contraposição entre "liberalismo" e "democracia": Diferentemente de hoje, por volta de 1830 ou 1850, a ideologia liberal e a ideologia democrática chegavam a ser grandes inimigas (a primeira era o governo de uma elite, ao passo que a democracia representava o sufrágio universal, o governo do povo)].

3ª) Os movimentos sociais que proporcionaram um programa e uma justificação às escolas socialistas. Antes de 1914, eram minoritários.

4ª) O movimento das nacionalidades, que correu por todo o século XIX. Sua relação com as três correntes anteriores foi complexa, cambiante e ambígua (p. 15). 

Análise dessas quatro correntes permeia a narrativa de Rémond. Paralelamente, ele discute as transformações na religião, na sociedade e nos costumes. Por exemplo, ao analisar o avanço da industrialização, ele observa que, "no plano religioso, a continuidade do trabalho, colocando os operários na impossibilidade de praticar e de observar os mandamentos, contribuiu para a descristianização" (p. 106). Por fim, discute as relações entre a Europa e o mundo, num encerramento digno de um livro que se propõe "uma introdução à história do nosso tempo".

Quão negra era a Idade Média?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016


Algo de podre no "reino" de Vera Cruz

domingo, 10 de janeiro de 2016


Um novo ano e eu inauguro uma nova seção aqui no blog, a de crônicas. Como verão, ela misturará algumas memórias políticas e pessoais.

Dias atrás, a imagem acima circulou nas redes sociais. O satírico francês Charlie Hebdo, crítico feroz do Islã e das religiões de modo geral, teria agora mirado contra o STF e contra o Lula. A imagem denunciaria a relação promíscua entre o ex-mandatário da República e a cúpula da Justiça brasileira. O título seria revelador da atual situação do país: "Confirmado: O Supremo brasileiro é uma merda." A capa seria fake, mas nem por isso menos verdadeira. 

Isso me fez recordar uma série de protestos anônimos ocorridos num muro e num barranco de Vera Cruz, em Cariacica, Espírito Santo, entre 2007 e 2009. 

À época, o município era comandado pelo petista Helder Salomão. Muitos se decepcionaram com a sua administração. O referido barranco, junto à BR 262 e praticamente em frente à prefeitura, sempre corria o risco de ceder. Uma ameaça àqueles que transitavam nas imediações. O que a administração municipal fez então? Um muro de arrimo minúsculo, de apenas alguns metros. Um pichador anônimo não perdeu tempo e alfinetou: TERMINE O MURO. Tamanha ousadia, sob as barbas do prefeito, não foi tolerada. Apagaram a pichação. O cidadão, inconformado, voltou à carga: TERMINE O MURO, DEPOIS APAGUE A VERDADE.

O muro não foi terminado e um barranco imenso ficou à disposição para novos protestos, desta vez contra o Senado Federal. Em 2007, estourou o "Renangate". No "olho do furacão", o presidente da Câmara alta brasileira, uma jornalista (com a qual ele teve um caso e uma filha) e um lobista que pagava, em nome de Renan, uma vultosa pensão alimentícia à amante do político. Após muito desgaste e pressão, o irredutível presidente do Senado se afastou do cargo, mas não renunciou ao mandato. Num processo que poderia resultar em sua cassação, por duas vezes foi absolvido por seus pares (em votação secreta). Aí que entra em cena nosso intrépido cidadão cariaciquense. No dia seguinte à primeira das absolvições, o barranco amanheceu com a frase: O SENADO É UMA MERDA.

Passados dois anos, José Sarney, aliado de Renan, ocupava a cadeira de presidente do Senado. Em junho de 2009, era denunciado por nepotismo e desvio de verbas. Contudo, nem isso e nem a intensa campanha #ForaSarney foram suficientes para impedir que o Conselho de Ética da casa arquivasse o processo contra ele. Assim, no dia seguinte ao vexame, o barranco em Cariacica apareceu com o desabafo: O SENADO CONTINUA UMA MERDA.

E assim seguimos. Em 2011 Sarney foi reeleito, deixando a presidência em 2013, quando Renan retomou o posto. E, para provar que tudo o que está ruim pode piorar, no ano passado, pela primeira vez na história, um senador em exercício foi preso - o líder do governo no Senado e no Congresso Nacional, Delcídio Amaral (PT-MS). 

Em 2016, a sensação é que o Senado, a Câmara, a Justiça e toda a República continuam uma merda.   

Dia do Fico

sábado, 9 de janeiro de 2016


No dia 9 de janeiro de 1822, ao decidir permanecer no Brasil, contrariando as Cortes portuguesas, Dom Pedro I (1798-1834) disse a famosa frase:


COMO É PARA O BEM DE TODOS E FELICIDADE GERAL DA NAÇÃO, ESTOU PRONTO: DIGA AO POVO QUE FICO!

«Preparação para a Crise Final»

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016



Com essa recomendação eu encerro a lista de livros cristãos lidos em 2015. A edição que tenho foi lançada em 2007, pela CPB, e sua capa é diferente da capa acima. 

Fernando Chaij atuou por muitos anos como editor na divisão de língua espanhola da Pacific Press, nos Estados Unidos. Neste livro - que em alguns momentos mais se assemelha a uma compilação comentada - ele se baseou solidamente na Bíblia e no Espírito de Profecia para apresentar em sequência os eventos que terão lugar no mundo e na Igreja pouco antes do glorioso advento de Cristo. Essa sequência escatológica é a seguinte:

Um movimento de Reforma dentro da Igreja

Selamento

Chuva Serôdia

Sacudidura

Alto Clamor

Perseguição

A Obra do Engano

O Tempo de Angústia Prévio

O Tempo de Angústia

As Sete Últimas Pragas

O Fim da Sétima Praga

O Livramento e a Segunda Vinda

Dia do Leitor

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016


«Música, Reverência e Adoração»

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

[Clique na imagem para ampliá-la]

Dentre os livros de cunho religioso que li no ano passado, esse livro se destaca. Tive o prazer de conhecer e estreitar os laços com o autor, assim como o ocorreu ao autor do último livro que apresentei aqui no blog. O Leandro Dalla é um grande palestrante e um servo incansável da seara do Senhor.  

O tema da música que agrada a Deus é, contraditoriamente, polêmico e subestimado. "Polêmico" porque muitos cristãos assumem uma posição extremada sobre o mesmo. "Subestimado" porque pouco ou nada se lê e se aprofunda sobre o assunto. Assim, o meio cristão segue lidando com a música dessa forma esdrúxula. 

Voltado sobretudo aos cristãos adventistas, Música, Reverência e Adoração busca ajudar a resolver esse problema. Talvez o maior mérito da obra seja o de aproximar da membresia aspectos já abordados no Espírito de Profecia e em livros de outros autores, como Samuele Bacchiocchi. Assim, recomendo a todos que pretendam conhecer, de forma consistente, um tema tão importante e crucial nos últimos dias. 

O livro pode ser baixado, gratuitamente, AQUI

«Intoxicação Digital», de Elizeu Lira

domingo, 3 de janeiro de 2016

Ler sempre é bom, e a atividade se torna ainda mais prazerosa quando o autor é o seu amigo. Melhor ainda se você pôde contribuir para a composição da obra. 

Tal foi a minha experiência com o recém-lançado Intoxicação Digital (Gráfica 3 Pinti, 244 páginas). O teólogo e jornalista Elizeu C. Lira é um prolífico escritor, e destaca-se como um dos maiores intelectuais da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil, como frisa o Dr. Ruben D. Holdorf, coordenador do bacharelado em Jornalismo do UNASP e autor do prefácio de Intoxicação Digital

Tive o privilégio de ter sido pastoreado pelo Pr. Lira no distrito de Mucuri, em Cariacica, no início da minha adolescência. Desde então, nunca me esqueci da influência daquele ministro intelectual, atuante e destemido. O seu mais recente livro só reforça essa minha convicção. 

Fartamente baseado na bibliografia mais atualizada sobre o tema da dependência digital, o livro é temperado com bom humor e marcado por um forte apelo espiritual. Além de analisar "a explosão das redes sociais" (cap. 1), os perigos do "Mundo virtual" (cap. 4), a "Cultura da frivolidade" (cap. 6), dentre outros assuntos, o Pr. Elizeu apresenta ainda uma pesquisa feita com quase 1500 pessoas, de todas as regiões do país. Como podemos ler no prefácio (p. 6), "a compreensão do fenômeno cibernético perpassa os momentos de deslumbramento e demonização da internet. Encantamento com os recursos quase ilimitados do mundo online e receio quanto às armadilhas camufladas sob as figuras de sites, blogs e redes sociais. O mais relevante nesse debate não é apenas detectar ambas as realidades, mas conhecer o modo pelo qual tal dispositivo pode ser acessado e usado." 

Fica a dica de leitura para começar bem 2016. Parafraseando uma citação da conclusão do livro, que tenhamos um ano com "mais Book e menos Face".  

Para adquirir o livro, entre em contato com a Livraria Cultura Superior:
Telefones: (34) 3423-8548 / 3944
E-mail: livrariaculturasuperior@gmail.com