“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Sistema Político-Partidário Brasileiro

quinta-feira, 30 de junho de 2016


A Mulher Virtuosa

quarta-feira, 29 de junho de 2016


Como se sabe, "um texto fora do contexto é um pretexto". E, infelizmente, seja na mídia ou no discurso dito "acadêmico", é cada vez mais comum a militância anticristã "disparar" textos isolados das Escrituras. Só o fazem porque o analfabetismo bíblico é tão disseminado que raramente surge alguém para mostrar que o rei está nu. 

Atacar o cristianismo pode parecer fashion. O duro é tirar tempo para estudar os fundamentos da religião antes de sair falando por aí um amontoado de bobagens. Ora, uma repórter da Tv Cultura cometeu ontem uma tremenda bobagem ao distorcer um texto bíblico para passar a ideia de que o cristianismo é opressivo com relação às mulheres. Quando me deparei com tamanha falácia, não pensei duas vezes; respondi com um "também está escrito". Felizmente, no melhor telejornal brasileiro o telespectador tem "voz".

Assistam:


Conquistando os Conquistadores

terça-feira, 28 de junho de 2016

Trata-se de uma das histórias mais tocantes do mundo ocidental. Os duros soldados romanos, que submeteram o mundo conhecido de então, acabaram por se render a uma força mais poderosa: o cristianismo. 

Por dois anos, durante o mestrado, eu me dediquei à investigação desse tema. Agora, finalmente, eu tenho a satisfação de anunciar que a obra está no prelo. Sob este Signo Vencerás - a Cristianização do Exército Romano (séc. IV) deverá ser publicada até o fim do ano pela Editora Prismas

Alea Jacta Est! 

A Cidade das Sete Colinas

segunda-feira, 27 de junho de 2016


Inscreva-se no Canal Capitolivm.

Relatório do Doc. 'Impactos Fatais'

domingo, 26 de junho de 2016


Hererós sobreviventes do massacre do primeiro genocídio do séc. XX. 


Nota: Na semana passada os alunos do 2º ano do Ensino Médio assistiram ao segundo episódio do documentário Racismo - Uma História. Após um debate, preparam relatórios e a síntese dos mesmos consta abaixo. 

Contribuíram com o envio de relatórios os alunos Abraão, Ana Beatriz, André, Anna Victoria, Bruna, Cibele, Emily, Juliane, Kamilla, Kelvin, Maria Midyan, Rodrigo Couto, Rodrigo Muqui, Thalyta e Vitória. 


***


Na Inglaterra do séc. XIX, as ideias abolicionistas e a luta contra a escravidão surgiram nas igrejas e foram e disseminadas graças a uma aliança de abolicionistas cristãos e missionários. Acreditava-se que existia uma hierarquia social baseada nas diferenças étnicas: os brancos seriam superiores e, como tais, fadados a civilizar os negros e mestiços do mundo. Esses líderes religiosos criam no mito do fardo do homem branco, que declarava que tinham a função de cristianizar e transmitir valores e modos de comportamento civilizados aos negros e mestiços. Estes, num futuro, poderiam ser elevados ao mesmo nível dos britânicos. Foi assim que a prática imperialista inglesa foi camuflada e justificada: como se tratasse de um ato de caráter humanitário e civilizador. Populações nativas (como a da Tasmânia) pagariam um alto preço com a aplicação do projeto "civilizador" britânico. 

Clique na imagem e conheça os dados do genocídio cometido pelos ingleses contra os aborígenes da Tasmânia.

As plantações de açúcar das colônias britânicas eram mantidas graças ao trabalho escravo. Porém, com a vitória dos ideais abolicionistas, os grandes proprietários de terra foram privados do árduo trabalho dos negros, e passaram a contabilizar grandes prejuízos; suas propriedades entraram em declínio. Para tentar explicar tamanho fracasso, culpavam os abolicionistas. Alegavam que, na hierarquia racial, por serem selvagens e inferiores, os negros não poderiam ser civilizados e que sua única função era trabalhar para os europeus.

Com o tempo, ficou claro que estavam falhando as tentativas de promover a "civilização". Muitos dos “selvagens” se recusavam a aceitar o cristianismo e a aderir aos costumes europeus; não estavam dispostos a abandonar sua cultura, religião e tradições. Partindo do pressuposto de que os negros não poderiam ser civilizados, o escritor e historiador Thomas Carlyle publicou o ensaio Occasional Discourse on the Negro Question (1849). O "papa do novo racismo" defendeu a necessidade da desigualdade, a maneira mais adequada para distinguir e determinar o caráter, a posição e a função social de cada indivíduo. Em outras palavras, Carlyle defendia a ideia de que a desigualdade baseada nas diferenças étnicas era o fator que determinaria o dominante e o dominado, o mais forte e o mais fraco, o superior e o inferior. 

Os ideais defendidos por Carlyle se disseminaram com rapidez por todo continente europeu e foram utilizados pelo governador-geral Edward Eyre para justificar, em 1865, o massacre contra os habitantes de Morant Bay, um pequeno povoado situado no leste da Jamaica. Quando as autoridades britânicas receberam as notícias do massacre, Eyre foi julgado por homicídio em massa. Infelizmente, devido ao enfraquecimento dos ideais abolicionistas e ao fortalecimento das ideias de desigualdade racial, acabou absolvido. 

O massacre de Morant Bay desencadeou vários estudos para provar cientificamente a superioridade dos brancos em relação às outras etnias. Pesquisas baseadas em análise de cadáveres e esqueletos de várias raças buscavam provar algo que distinguisse e diferenciasse os brancos das demais raças. Nos Estados Unidos, o craniologista Samuel George Morton reuniu vários crânios e os comparou. Os crânios foram escolhidos porque armazenam e abrigam a parte mais importante do corpo humano: o cérebro. Para Samuel e sua equipe, quanto maior fosse o crânio, maior seria o cérebro, e esse seria o critério para determinar a superioridade de uma raça. Os craniologistas concluíram que os crânios dos tasmanianos, africanos e ameríndios eram tão distintos dos crânios dos caucasianos que poderiam até se tratar de espécies diferentes.

A teoria que teve maior impacto sobre os debates sobre as diferenças raciais foi a de Charles Darwin. Através da análise de sua obra A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, muitos passaram a defender que a teoria da evolução também poderia ser aplicada às sociedades humanas. Sua premissa era a seguinte: se a evolução mudara as raças e as espécies do mundo, por que não teria feito o mesmo com os seres humanos?

As ideias difundidas pelo darwinismo social diziam que as sociedades evoluem naturalmente de um estágio inferior para os estágios superiores e mais complexos da organização social. Assim, os europeus se arrogaram como mais evoluídos e passaram a defender a ideia de que tinham o direito de ocupar uma posição superior em relação aos outros e que poderiam dominar e explorar as culturas mais atrasadas e menos desenvolvidas. Desta forma, levariam aos “inferiores” a evolução tecnológica e científica com o objetivo de civilizá-los.

Não parou por aí. Francis Galton, um primo de Darwin, ficou aterrorizado pois os "inferiores" estavam se reproduzindo mais rapidamente do que as classes médias. A lei darwinista parecia estar se invertendo: os menos aptos estavam sobrevivendo. Assim, dedicou boa parte do resto de sua vida a reverter essa situação. Galton criou mesmo uma nova "ciência", especializada na de reprodução humana seletiva, a chamada Eugenia. Nas últimas décadas do século XIX ela se tornou muito respeitada, atraindo defensores conceituados. 

O darwinismo social previu destinos muito distintos para as várias raças de seres humanos. A evolução estava em curso: dentre os bem-sucedidos estavam os norte-europeus e os britânicos. Os perdedores eram então os povos que não poderiam competir. Esse pensamento racista permitiu ao vice-rei da Índia (1876-1880), Conde de Lytton, celebrar tranquilamente um dos maiores banquetes da história (uma homenagem à rainha Vitória), enquanto milhões morriam lentamente de inanição no interior do país. Sua política foi terrivelmente desumana e calcula-se que 30 milhões morreram sob o domínio britânico na Índia. 

A aniquilação dos aborígenes tasmanianos, as 30 milhões de vítimas do imperialismo britânico na Índia, os horrores do campo da morte da ilha de Shark (para onde os alemães enviaram os hererós e os namaquas, no primeiro genocídio do séc. XX) foram esquecidos com o tempo. O apagar dessas memórias fortalece o mito de que a violência nazista foi uma aberração na história europeia. Na verdade o Holocausto foi apenas um episódio da tenebrosa história de genocídios perpetrados pelos europeus "superiores".

Das Ariranhas às Garras da PF

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Adilson Florêncio em 2015: uma história insólita

Quem nasceu ou mora há algum tempo em Brasília já ouviu falar na história do sargento Silvio Hollenbach.

Em 1977 ele passeava no zoológico da capital com seus filhos quando viu um garoto de 13 anos cair e ser atacado no fosso das ariranhas.

Ele se atirou no fosso e conseguiu salvar o garoto. Mas, morreu dias depois por infecção generalizada devido às mordidas dos animais.

Ele ganhou um busto no zoológico e sua história de heroísmo é uma das mais famosas de Brasília.

O menino que foi salvo, no entanto, nunca agradeceu aos familiares do sargento. Nem sequer um obrigado ou solidariedade com aqueles que perderam um pai para que um outro menino pudesse viver.

Hoje, a história e Brasília se reencontram.

O menino salvo pelo sargento chama-se Adilson Florêncio da Costa.

Vivo, pôde subir na vida e chegou ao cargo de diretor financeiro do Postalis.

Rico, foi preso hoje na operação Recomeço da Polícia Federal. Ele é suspeito de desvios milionários no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, de surrupiar a aposentadoria de quem esperava descansar após uma vida de trabalho. 

Um Panorama do Judaísmo

quinta-feira, 23 de junho de 2016


Os Principados Mais Longos

domingo, 19 de junho de 2016

Clique na imagem para ampliá-la. 

Tratam-se apenas de imperadores do Alto Império Romano (27 a.C. - 235 d.C.).

Saiba mais sobre os imperadores e suas guerras AQUI.

Baixe o Corão

sábado, 18 de junho de 2016

Alcorão do Norte da África (séc. XI), British Museum.

"Lançarei o terror nos corações dos que renegam a fé. Então, batei-lhes*, acima dos pescoços, e batei-lhes em todos os dedos. Isso, porque discordaram de Allah e de Seu Mensageiro." AlcorãoSura 8:12-13. 

* No lugar de "batei-lhes", outras traduções apresentam o imperativo "decepai". 

Saiba mais sobre o Islã: 

A Ideologia Mais Perigosa da Atualidade 

A Virgem Maria no Catolicismo e no Islã

164 Versos de Jihad no Alcorão

A Decadência do Parlamento Brasileiro

sexta-feira, 17 de junho de 2016


NA REPÚBLICA O CONGRESSO É UM BALCÃO DE NEGÓCIOS; PORÉM, NO OUTRO REGIME [O IMPÉRIO] O PARLAMENTO ERA UMA ESCOLA DE ESTADISTAS. 
Ruy Barbosa (1849-1923), em 1890.

Enriquecimento Ilícito de Lula

quinta-feira, 16 de junho de 2016


Assista à entrevista completa de Hélio Bicudo no Programa Roda Viva

Veja AQUI o trecho específico em que Hélio Bicudo fez a declaração acima.

«Os Grandes Problemas da História Bizantina»

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Representação da corte de do imperador Justiniano (527-565), um dos mais poderosos da história bizantina. Clique na imagem.


Os Grandes Problemas da História Bizantina, publicado pela Editora das Américas em 1961, foi escrito por Charles Michel Diehl (1859-1944), um dos maiores bizantinistas do século passado. Suas pesquisas deram grande contribuição ao avanço dos estudos relativos à história bizantina.

O livro em questão é uma excelente introdução à história do Império Romano do Oriente, e pode ser adquirido a um preço módico no site Estante Virtual.

Apoiando-se em suas vasta erudição, Diehl tratou de alguns dos principais problemas enfrentados pelos bizantinos:

* a questão das nacionalidades: a população do império não era homogênea. Assim, "no império bizantino a ortodoxia tomava o lugar da nacionalidade" (p. 78);

* o problema político: assim como no Império Romano, não existia em Bizâncio leis de sucessão, o que deu azo a diversos golpes de Estado;

* o problema religioso: a ingerência do imperador em matéria de religião era quase absoluta;

* o problema militar: a concessão de "feudos militares" em troca da prestação de serviços militares e a contratação de mercenários;

* o problema administrativo: basicamente o reforço da burocracia e os problemas financeiros;

* o problema social: a constante diminuição do número de homens livres, ao passo em que aumentavam as usurpações feudais. Embora o "feudalismo oriental" nunca tenha sido idêntico ao ocidental (o "feudalismo clássico"), "até o fim da história bizantina, a existência no oriente desse poderio aristocrático foi causa perpétua de lutas sociais e de perturbações" (p. 137);

* o problema econômico: os latifundiários não cessaram de se apoderar de terras pertencentes aos camponeses livres. Por outro lado, o Império Bizantino não era essencialmente agrícola, uma vez que em suas províncias a "vida urbana floresceu e progrediu" (p. 145). Todas as manufaturas estavam agrupadas em corporações "impenetráveis", e tudo era detalhadamente regulamentado e vigiado pelo Estado, de modo que Constantinopla era "o paraíso do monopólio, do privilégio e do protecionismo" (p. 146). Simplesmente não existia concorrência ou livre iniciativa. Contudo, apesar disso, "a indústria bizantina era florescente na Constantinopla do século X, e o era igualmente em Tessalonica, no século XII (...)" (p. 147);

* os problemas da política exterior: a insistente tendência da diplomacia imperial em subornar invasores, o que muitas vezes estimulava invasões, ao invés de afastá-las. Contudo, "pela propaganda religiosa e a conversão ao cristianismo, a diplomacia imperial devia conseguir alguns de seus mais belos êxitos" (p. 161). Outra questão delicada dizia respeito a soberanos do Ocidente que "ousaram" ostentar o título de imperador (Carlos Magno e seus sucessores; Oto I, que se fez coroar imperador no séc. X, gerando uma tensão ainda mais grave com Constantinopla).

Além de tratar de todos esses problemas, Diehl apresenta os grandes períodos da história bizantina, explica a fundação de Constantinopla e as suas características, apresenta um quadro geral das letras e das artes em Bizâncio, e dá diversas sugestões de pesquisas. Enfim, um livro indispensável para a compreensão de uma das mais fascinantes civilizações da história.

Getúlio Vargas (1882-1954)

terça-feira, 14 de junho de 2016


Um perfil do ditador e presidente que por mais tempo governou o Brasil em sua história republicana. Um político controverso que até hoje desperta amores e ódio.  



O Poder da Leitura

segunda-feira, 13 de junho de 2016


Nunca é demais ressaltar a importância da leitura. O grande escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) acreditava que a leitura é uma forma de felicidade. Assim, espero que apreciem a edição abaixo. Inscrevam-se no canal e deixem o "like":

Marinha Romana

domingo, 12 de junho de 2016

Embarcações de guerra romanas. Clique para ampliar.

Ao contrário da infantaria, a marinha sempre desempenhou um papel menor dentro do organograma do exército romano, embora estudos recentes tenham procurado ressaltar a sua utilidade. 



A constituição de uma marinha permanente foi uma das primeiras preocupações de Otávio, o vencedor da batalha de Ácio. Desde 31 a.C., o futuro imperador Augusto instalou a maior parte de seus navios na cidade costeira de Fréjus (atual França). Pouco depois, ele os transferiu essencialmente para a Itália, a Miseno e Ravena (acredita-se que, a partir desses portos, alguns navios teriam como missão controlar o Mediterrâneo ocidental enquanto outros patrulhariam o oriental). Segundo um tratado militar do séc. IV,

Antigamente, o povo romano mantinha a frota em prontidão permanente, para dignidade e grandeza do Império, e para ter a postos para qualquer eventualidade. Ninguém ousa provocar ou atacar uma nação prevenida e armada, preparada para a vingança. Tanto em Miseno como em Ravena, havia uma legião destacada para ambas as esquadras, para que não estivessem muito longe de Roma, mas ao mesmo tempo prontas para chegarem rapidamente e sem demora a qualquer parte do mundo.
Vegécio, Epitoma rei militari, 4.31.

Posteriormente, diferentes flotilhas pontuaram a presença romana nos mares periféricos e nos grandes rios (estamos nos referindo às frotas da Britânia, da Germânia, da Panônia, da Mésia, do Ponto, da Síria e de Alexandria).

O comando de cada esquadra italiana estava a cargo de um prefeito oriundo da ordem equestre, exceto durante os reinados de Cláudio e de Nero, quando tal tarefa foi confiada a um liberto. A partir de Nero, cada um deles passou a ser assistido por um subprefeito. Sabe-se também da presença de um oficial denominado praepositus reliquationi. As frotas provinciais eram confiadas a centuriões legionários destacados para o cargo e a prefeitos equestres. 

As estimativas sobre o contingente de soldados que serviram na marinha romana giram em torno de 40 e 45 mil, um número que pode parecer excessivo, mas de modo algum inverossímil.

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Bibliografia consultada: BOHEC, Y. Le. El Ejército Romano - instrumento para la conquista de un imperio. Barcelona: Ariel, 2004, pp. 39-40.

Pérola de Lavater

sábado, 11 de junho de 2016

Capitalismo, Socialismo e Cristianismo

sexta-feira, 10 de junho de 2016


Atualmente, Julio Severo é um dos poucos "ativistas cristãos" (se é que assim posso chamá-lo) que vê o cerne do problema. E sempre com o espírito cristão. Clique na imagem abaixo e reflita sobre o que ele pensa acerca do capitalismo, do socialismo e do cristianismo: 

Paraíso Utópico

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Conheça a vida e a obra de Stefan Zweig,  autor de Brasil, Um País do Futuro. Muito mais do que um documentário biográfico, Paraíso Utópico aborda as transformações políticas e culturais atravessadas pela Europa, Estados Unidos e, especialmente, o Brasil durante os anos de 1930 e início dos anos 1940. Recomendo-o vivamente, sobretudo aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio.



Recentemente, foi lançado um filme sobre essa história trágica: Stefan Zweig - Adeus, Europa

Fogo Grego

quarta-feira, 8 de junho de 2016

O "fogo grego" surgiu em Bizâncio por volta de 675. Seus ingredientes exatos e as proporções da mistura constituem um mistério até hoje. Contudo, sabemos que a torrente de chamas projetadas pelas galés bizantinas aparentemente era uma poderosa fusão de nafta, enxofre, petróleo e cal à prova d'água. A espuma tóxica praticamente indestrutível incinerava os navios inimigos em pouquíssimo tempo. Segundo Victor Davis Hanson, 

"Tão engenhoso quanto a química do fogo grego era o método como ele era expelido, que envolvia um conhecimento importante de bombas, pressurização e engenharia mecânica. Um recipiente vedado era aquecido por baixo com combustível e foles e injetado com ar comprimido de uma bomba. Em seguida, a mistura comprimida era forçada para fora por outra saída para dentro de um longo tudo de bronze. A massa em forma de geleia era acesa na ponta do cano, e o resultado era um mar de chama contínuo expelido por esse antigo lança-chamas. Navios equipados com esses potentes instrumentos permitiram à pequena marinha bizantina dominar o Mediterrâneo oriental e, em algumas ocasiões, salvaram a própria Constantinopla - a mais dramática delas foi a incineração da armada islâmica do califa Sulayman em 717, por Leão III, nas águas em torno da capital."

HANSON, V. D. Por que o Ocidente Venceu. Rio de Janeito: Ediouro, 2002, pp. 220-221.

O Processo de Mumificação

terça-feira, 7 de junho de 2016


Um belo trabalho de reconstituição do processo de mumificação no Egito antigo. Lembre-se de ativar as legendas (há a opção de legendas em português).

As Guerras da Nova Roma

segunda-feira, 6 de junho de 2016



Fundada por Constantino (307-337) em 330, a "Nova Roma" (e, logo, Constantinopla) abrigava obras-primas da arte grega que seu fundador retirara dos santuários mais famosos a fim de adornar sua capital. No séc. V, sob o choque das invasões germânicas, o Ocidente do Império Romano se fragmentou em diversos reinos bárbaros. Constantinopla, contudo, não sucumbiu aos invasores, mantendo vivas a lembrança de Roma e de suas tradições. Um de seus imperadores, Justiniano (527-565), chegou mesmo a se empenhar na restauração da antiga unidade do Império Romano, o que em boa medida conseguiu.


Mapa de Constantinopla. Clique para ampliar.

Que ninguém pense, todavia, que os romanos do Oriente viveram sossegados. Eles precisaram repelir assaltos dos hunos, dos eslavos, dos ávaros, dos árabes, dos búlgaros, dos russos, e contra todos eles se defenderam com vigor. Contra os árabes, os bizantinos se livraram de dois desgastantes assédios: de 673 a 678 e, principalmente, de 717 a 718. Essa resistência heroica impediu que os muçulmanos invadissem os Bálcãs, e por essa península talvez toda a Europa.

Como prenunciei na minha dissertação de mestrado, ao que tudo indica as "guerras santas" foram um fenômenos de longa duração no mundo mediterrânico. Assim, Charles Diehl defende que as guerras de Heráclio (610-641) contra os persas "adoradores do fogo" no séc. VII foram uma verdadeira guerra santa. 

No séc. XI, Basílio II (976-1025) destruiu o Império Búlgaro, estendendo até o Danúbio a fronteira bizantina, fronteira essa que estava perdida desde o início do séc. VII.

Em 1071, o imperador Diógenes (1068-1071) sofreu uma dura derrota em Mantzikiert, caindo ele próprio nas mãos dos muçulmanos. No séc. XII, os Comnenos retomaram com êxito a ofensiva contra os turcos seldjúcidas na Anatólia. Entretanto, a derrota de Manuel Comneno (1143-1180) em Myriokephalon (ou Miriocéfalo), em 1176, foi um desastre ainda mais grave do que Mantzikiert. 


Ilustração da batalha de Mantzikiert, por Marek Szyszko.

Daí em diante, a queda do Império Bizantino revelou-se uma questão de tempo. Em 1204, os latinos da Quarta Cruzada tomaram Constantinopla e ficaram assombrados com o luxo e a grandiosidade da cidade. A época da dinastia dos Paleólogos foi uma lenta agonia. Contudo, o último imperador, Constantino Dragases (1449-1453), tributário do sultão otomano, liderou uma uma defesa absolutamente heroica de Constantinopla. Apesar de sua tenaz resistência, era o fim de uma era: em 1453, a poderosa capital bizantina foi abaixo pelas balas dos canhões turcos.


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Bibliografia consultada: DIEHL, C. Os Grandes Problemas da História Bizantina. São Paulo: Ed. das Américas, 1961, pp. 37-44.

Pierluiggi Piazzi (1943-2015)

domingo, 5 de junho de 2016


O Prof. Pier, nascido na Itália, se destacou como um dos pioneiros da informática no Brasil. Foi editor, escritor, professor, radialista e grande palestrante. Eu o considero, ao lado do Prof. José Monir Nasser, um dos melhores analistas do quadro atual da educação brasileira. 

Deixo, abaixo, alguns recortes de palestras do Prof. Pier. São breves minutos riquíssimos em lições para um sistema educacional doente. Espero que sirvam como um "aperitivo" antes de um maior aprofundamento em relação ao pensamento desse saudoso professor:



O papel do construtivismo na formação de uma geração de deficientes mentais


"É preciso restabelecer a autoridade do professor"


Professor não é educador; plagiadores deveriam ser expulsos da escola

«Apocalipse», de H. Feyerabend

sábado, 4 de junho de 2016



O último livro da Bíblia condensa, de um modo fantástico, a mensagem de todo o Livro sagrado. Passado, presente e futuro são revelados em detalhes dramáticos. A ascensão e o desenvolvimento do cristianismo, a atuação dos poderes perseguidores, o cristianismo ortodoxo e o islã, além de todo o conflito entre o bem e o mal, são abordados em 22 capítulos. 

Tanta informação sintetizada requer um auxiliar para que o leitor interprete as profecias à luz do grego (idioma original do Apocalipse) e, sobretudo, da História. Foi a esse desafio que Henry Feyerabend (1931-2006) se propôs ao escrever o livro Apocalipse Verso por Verso, publicado pela CPB. Obra concisa, tem a vantagem da escrita fluida e agradável. Por outro lado, peca pela superficialidade e por certas inconsistências históricas. Por isso, só pode ser indicado a quem está a ter um primeiro contato com o livro do apóstolo João. Para aqueles que querem se aprofundar, o ideal é o clássico Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse, do Maxwell (que por sinal foi professor do Feyerabend). Em breve pretendo redigir um comentário sobre esse livro, que traz informações bastante satisfatórias, numa linguagem tão clara quanto a de Apocalipse Verso por Verso.    

Encontrado o Túmulo de Aristóteles

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Ruínas da antiga cidade de Estagira, onde Arstóteles nasceu e foi sepultado


Arqueólogos gregos acreditam ter descoberto na cidade de Estagira o túmulo do filósofo Aristóteles. Segundo o diretor da escavação, os pesquisadores não dispõem de provas, mas os indícios são tão fortes que beiram a certeza. 

Aristóteles morreu em 322 a.C., em Calcis. Mais tarde, as suas cinzas foram depositadas numa urna de cobre que foi levada para um mausoléu em sua cidade natal.

As escavações na região datam do início dos anos 1990. Além do suposto mausoléu do grande filósofo grego, as pesquisas revelaram uma fortificação bizantina. Descobertas no seu interior situam a sua construção no começo do período helenístico. 

Fonte: O Globo

Árvore das Religiões do Mundo

quinta-feira, 2 de junho de 2016


Já imaginou visualizar uma espécie de "árvore genealógica" das religiões do mundo? Pois é, ela existe e está disponível num clique! 

Acesse: The World Religions Tree

Cem Anos dos Tanques de Guerra

quarta-feira, 1 de junho de 2016