“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Fogo Grego

quarta-feira, 8 de junho de 2016

O "fogo grego" surgiu em Bizâncio por volta de 675. Seus ingredientes exatos e as proporções da mistura constituem um mistério até hoje. Contudo, sabemos que a torrente de chamas projetadas pelas galés bizantinas aparentemente era uma poderosa fusão de nafta, enxofre, petróleo e cal à prova d'água. A espuma tóxica praticamente indestrutível incinerava os navios inimigos em pouquíssimo tempo. Segundo Victor Davis Hanson, 

"Tão engenhoso quanto a química do fogo grego era o método como ele era expelido, que envolvia um conhecimento importante de bombas, pressurização e engenharia mecânica. Um recipiente vedado era aquecido por baixo com combustível e foles e injetado com ar comprimido de uma bomba. Em seguida, a mistura comprimida era forçada para fora por outra saída para dentro de um longo tudo de bronze. A massa em forma de geleia era acesa na ponta do cano, e o resultado era um mar de chama contínuo expelido por esse antigo lança-chamas. Navios equipados com esses potentes instrumentos permitiram à pequena marinha bizantina dominar o Mediterrâneo oriental e, em algumas ocasiões, salvaram a própria Constantinopla - a mais dramática delas foi a incineração da armada islâmica do califa Sulayman em 717, por Leão III, nas águas em torno da capital."

HANSON, V. D. Por que o Ocidente Venceu. Rio de Janeito: Ediouro, 2002, pp. 220-221.

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