“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Ditadura Chinesa oprime Hong Kong

terça-feira, 30 de junho de 2020



O ditador vitalício da República Popular da China, Xi Jinping, promulgou nesta terça-feira uma lei de segurança nacional para Hong Kong. As liberdades no território semiautônomo foram restringidas. A lei permitirá a ditadura comunista adotar medidas mais duras contra os manifestantes antigoverno, aprofundando os temores sobre as liberdades legalmente concedidas à cidade e colocando em risco seu status como centro financeiro global. 

A legislação foi aprovada pelo principal órgão legislativo chinês no início da manhã de hoje. Segundo o governo de Hong Kong, a lei deverá entrar em vigor ainda hoje, assim que seus detalhes vierem a ser anunciados. O processo não respeitou as etapas previstas da Lei Básica de Hong Kong, a miniconstituição em vigor desde que os britânicos devolveram o território para a China, no dia 1º de julho de 1997.

A lei proíbe atos de secessão, subversão, terrorismo e conluio, e foi aprovada em regime de urgência, o que revela a pressa de Xi Jinping em aumentar seu controle sobre o território, palco de protestos anti-China há um ano.

Os 66 artigos da medida buscam revisar o modelo "um país, dois sistemas", em vigor há 23 anos e que garante a Hong Kong autonomia administrativa, legislativa e judicial. Políticos de oposição criticaram a lei, que visa silenciar as vozes dissidentes e põe em risco a liberdade de expressão no território de um dos Tigres Asiáticos.

Com informações de O Globo

#15Fatos Testemunhos sobre Jesus

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Testimonium Flavianum, um dos mais importantes documentos não cristãos sobre Jesus de Nazaré.

1. Ninguém na Antiguidade contestou a existência de Jesus (que é mencionado, inclusive, no Talmude). Por outro lado, é forçoso reconhecer que os dados referentes a ele - além daqueles que constam nos evangelhos - são pobres e escassos. O fato, em si, não causa espanto: muitos escritos dos dois primeiros séculos desapareceram e, para analistas da época, Jesus era um judeu obscuro, um "judeu marginal" (John Paul Meier), que vivia numa província afastada do vasto Império Romano.

2. Quando ocorreu o processo de Jesus, diante do prefeito romano da Judeia, Pôncio Pilatos, o processo pareceu secundário, banal à primeira vista. Jesus não foi o único "agitador" político-religioso a conhecer a morte ignominiosa dos escravos e dos rebeldes. Seu destino, milhares de outros o partilharam antes dele, milhares o conhecerão depois.

3. O nome de Jesus, no entanto, é evocado por Joseph ben Mattias, um historiador judeu romanizado do século I conhecido como Flávio Josefo. Nascido por volta do ano 37, na Palestina, e falecido na virada do século II, esse aristocrata erudito, oriundo de uma família sacerdotal da Judeia, tinha se ligado a uma das tendências religiosas do judaísmo da sua época, muito apreciada pelos fariseus. No ano 64, ele foi a Roma defender a causa dos sacerdotes deportados por ordem do procurador Félix e ganhou seu processo graças a Popeia Sabina, segunda esposa de Nero.

4. Quando voltou para a Palestina, em 66 d.C., ao ver seus compatriotas à beira de uma insurreição, eles os aconselhou à moderação, mas acabou por aderir ao movimento. Nomeado governador da Galileia pelo Sinédrio, assumiu a liderança das tropas revoltadas dessa província. Em julho de 67, caiu nas mãos dos romanos, depois da tomada da fortaleza de Jotapata (antiga Yodfat), e foi conduzido diante de Flávio Vespasiano. Com habilidade, ele lisonjeou esse procônsul, profetizando que ele se elevaria à dignidade imperial.

5. Após sua ascensão ao trono, Vespasiano concedeu a cidadania a Josefo e o empregou como historiógrafo. A partir de então, Josefo passou a ser considerado um traidor por seus correligionários. No ano 70, por ocasião do cerco a Jerusalém, ele assistiu participando as fileiras romanas, e repetidas vezes tentou agir como intermediário junto aos revoltosos, sem sucesso. O fanatismo e a intransigência falaram mais alto, e Jerusalém foi aniquilada. Josefo fixou-se então, em Roma, tornando-se protegido da dinastia dos imperadores descendentes de Vespasiano (Tito e Domiciano).

6. Josefo deixou-nos duas importantes obras: A Guerra dos Judeus (75-79) e Antiguidades Judaicas (93-94). Nessa última obra, ele evoca a figura de João Batista, cita o nome de Tiago, o irmão de Jesus, e finalmente consagra algumas linhas a este último. Tal como se apresenta, esse texto, o testimonium flavianum, foi objeto de muitas controvérsias, de tanto ele parece refletir uma confissão da fé cristã:

7. "Nessa época viveu Jesus, um homem excepcional, se, em todo caso, convém chamá-lo um homem, porque ele realizava coisas extraordinárias. Mestre de pessoas que estavam completamente dispostas a receber bem as doutrinas de boa qualidade, ele ganhou muitos adeptos entre os judeus e até entre os helenos. Ele era o Cristo. Quando, por denúncia de nossos cidadãos importantes, Pilatos o condenou à morte sobre a cruz, aqueles que lhe haviam dado seu afeto no início não cessaram de amá-lo, porque Jesus lhes apareceu no terceiro dia, vivo novamente, como os profetas divinos tinham declarado, assim como há mil outras maravilhas a seu respeito. Em nossos dias ainda não se extinguiu a linhagem daqueles que por causa dele são chamados cristãos."

8. Flávio Josefo, um rico e importante fariseu, jamais convertido ao cristianismo, seria mesmo o autor dessa passagem? Alguns historiadores defendem que sim. Para Étienne Nodet, o autor não teria dado a sua opinião pessoal, mas repetido a "confissão batismal dos cristãos de Roma". Outros, porém, consideram o Testimonium como obra de um falsário. Outros, mais numerosos, acham que ele é autêntico, mas que um interpolador cristão, provavelmente do final do século III, acrescentou à obra pelo menos duas menções marginais (as expressões da citação que estão em itálico).

9. O historiador israelense Shlomo Pinès encontrou, na História Universal de Agapios de Menbidj (ou Agapios de Hierápolis), historiador árabe cristão do século X, uma versão truncada do Testimonium. Nele, não aparecem as passagens contestadas do testimonium flavianum. Essa versão resumida e levemente remanejada, proveniente de um texto muito mais antigo, parece autêntica. Com efeito, deve ter sido difícil que um cristão como Agapios tenha podido eliminar do original as considerações que valorizavam Cristo.

10.  Alguns pagãos falam igualmente de Jesus. Plínio, o Jovem, procônsul de Bitínia e Ponto na Ásia Menor, que perseguia os sectários dessa religio illicita, escreveu a respeito deles ao imperador Trajano entre 111 e 113 da nossa era. Esse documento também indica que, fora das fontes cristãs, desde o início do século II que seus discípulos consideravam Cristo como um "deus". Consequentemente, Jesus seria um rival daqueles inumeráveis que figuravam no panteão romano.

11. Mais ou menos na mesma época, o historiador Tácito (56-118), antigo governador da província da Ásia, evocava os cristãos em seus Anais. Ele os citou no contexto das represálias sangrentas organizadas por Nero contra os cristãos, após o incêndio que devastou a cidade de Roma a partir da noite de 18 para 19 de julho do ano 64. A feroz repressão contra aquilo que o imperador considerava uma seita dissidente e perigosa começou na primavera do ano 65. Alguns judeus, membros da corte imperial, talvez a própria imperatriz Popeia, teriam sugerido essa decisão.

12. O historiador Suetônio (69-125), chefe do serviço de correspondências de Adriano, observou, em sua obra A Vida dos Doze Césares, a propósito do imperador Cláudio: "Como os judeus se revoltavam continuamente, instigados por Cresto, ele os expulsou de Roma." Embora não seja clara, a frase tem o mérito de mostrar que, nos anos 49-50 na época do decreto de expulsão, já havia numerosos cristãos na capital imperial diferenciando-os das comunidades judaicas tradicionais.

13. Por volta do ano 170, na sua obra A morte de Peregrino, o satírico Luciano de Samósata também denunciava os cristãos que veneravam, dizia ele, "o homem que foi empalado na Palestina por ter introduzido no mundo um novo culto". Eles "adoravam esse sofista crucificado e seguiam suas leis".

14. Há um outro testemunho, uma carta escrita entre os séculos I e II por um estoico sírio chamado Mara Bar Serapião: "Que vantagem os atenienses tiveram em matar Sócrates, visto que eles foram atingidos pela fome e pela peste? Ou aqueles da ilha de Samos em queimar Pitágoras, pois o seu país foi num só instante inteiramente soterrado sob as areias? Ou os judeus em crucificar o seu sábio rei, visto que, a partir dessa época, o reino lhes foi retirado? Foi com equidade que Deus vingou esses três sábios." Contrariamente a Josefo e a Tácito, Mara Bar Serapião atribuía aos judeus a responsabilidade pela execução de Jesus.

15. No mesmo sentido, um baraita do século III (um comentário rabínico, inserido no Talmude da Babilônia) indicava que as altas autoridades de Jerusalém tinham decidido de modo legal enviar Jesus para a morte, por ter enganado o povo. Outro documento rabínico atribui as culpas a um Yeshu ben Pantera, filho de uma judia que tivera relações ilegítimas com um soldado romano chamado Pantheras: pantera seria, na realidade, uma deformação da palavra grega parthenos, virgem. Trata-se de um ataque contra a crença cristã do nascimento virginal de Cristo.

PETITFILS, Jean-Christian. Jesus - a Biografia. Tradução de Lea P. Zylberlicht e Gian Bruno Grosso. São Paulo: Benvirá, 2015, p. 343-348.

O Enigma do Jesus da História

domingo, 28 de junho de 2020

Cristo e a Santa Maria Madalena na tumba, 1638, óleo no painel de Rembrandt (1606-1669). 

Tudo deveria ter se detido com a pedra rolada no sepulcro de José de Arimateia, cavado perto de um jardim, às portas de Jerusalém. Abatidos depois da detenção de seu mestre e da tragédia do Gólgota, os discípulos estavam aniquilados por sua morte ignominiosa sobre uma viga de madeira. Ora, estranhamente, tudo começou aí. Esse grupo de fugitivos amedrontados metamorfoseou-se subitamente em um grupo não de fanáticos hipnotizados, mas de homens livres, ardentes, com convicção, prontos a dar sua vida para anunciar por toda parte a Boa Nova. Surpreendidos por um acontecimento inesperado - o deslumbramento pascal -, cheios de alegria e de admiração, repletos de certeza absoluta, a de ter encontrado o seu mestre vivo, de tê-lo visto depois de sua morte, de tê-lo tocado, de ter comido em sua companhia, eles se tornaram testemunhas radiosas de uma verdade libertadora, persuadidos de que a cruz não era o fim, mas, ao contrário, o começo da Esperança. Graças a eles, o movimento missionário assumirá uma amplitude planetária. Como acreditar que tenham sido fabuladores banais, mitômanos, vítimas de alucinações? Existe nisso um fenômeno único, que o historiador, munido apenas de sua ciência, não pode penetrar. Desse ponto de vista, o Jesus da história, a quem os discípulos remetem, permanece um enigma, um mistério insondável. "Mas vós [...] quem dizeis que eu sou?", ele lhes havia perguntado. Quase dois mil anos mais tarde, a questão ainda se coloca. Cabe a cada um responder a isso, com consciência.

PETITFILS, Jean-Christian. Jesus - a Biografia. Tradução de Lea P. Zylberlicht e Gian Bruno Grosso. São Paulo: Benvirá, 2015, p. 342.

A Beleza Natural

sábado, 27 de junho de 2020

Belo crepúsculo, visto do meu apartamento: a apreciação da natureza é o principal exercício do juízo.

Ao longo do século XIII, quando os filósofos e escritores começaram a atentar para o tema da beleza, não foi a arte nem as pessoas o que dominou seu pensamento, e sim natureza e as paisagens. Em certa medida, isso refletia as novas circunstâncias da vida no campo. Os literatos viam com nostalgia uma relação mais simples e, segundo criam, inocente com o mundo natural do que aquela de que desfrutavam em seus gabinetes isolados. Além disso, a ideia da natureza como objeto a ser contemplado, e não utilizado ou consumido, propiciava certo consolo àqueles para quem os lenitivos da religião se tornavam cada dia mais implausíveis e remotos.

No entanto, havia ainda uma razão filosófica a motivar esse interesse pela beleza natural. Se ela deveria ter lugar entre os objetos da filosofia, a beleza - ou sua busca - deveria ser então um universal humano. Kant estava de acordo com Shaftesbury ao pressupor que o gosto é comum a todos os homens (...). Todos os seres racionais, cria ele, são capazes de emitir juízos estéticos; e, numa vida adequadamente vivida, o gosto é um componente crucial. 

Contudo, muitos parecem viver num vácuo estético, preenchendo seus dias com cálculos utilitários e ignorando que estão deixando de lado a vida superior. Kant negaria isso. As pessoas, afirmou, só parecem viver num vácuo estético para aqueles que acreditam que o juízo estético deve ser exercido numa área específica, como a música, a literatura ou a pintura. A avaliação das artes, porém, nada mais é do que um exercício secundário do interesse estético. O principal exercício do juízo é a apreciação da natureza. Disso cada um de nós participa igualmente - e, embora possamos diferir em nossos julgamentos, todos consentimos em fazê-lo.

SCRUTON, Roger. Beleza. Tradução de Hugo Langone. São Paulo: É Realizações, 2013, p. 67-68.

Livros para todos

sexta-feira, 26 de junho de 2020


Há cerca de um ano, inaugurei uma pequena livraria virtual. A ideia é que sirva para tornar boas publicações acessíveis a todos, pelo que a iniciativa não tem fins lucrativos. A novidade é que acabo de incluir mais um título: Mil Cairão ao Teu Lado. Trata-se de um paradidático para o 9º ano do Ensino Fundamental do CAV.

Nessa quarentena, aproveite o tempo para ler mais! Não perca a oportunidade, as ofertas valem enquanto durar o estoque.

Acesse a Livraria do Prof. Raphael. Boas compras!

«Manifestos Vermelhos»

quinta-feira, 25 de junho de 2020


Baixe essa obra gratuitamente aqui.

«A Miséria da Teoria», de E. P. Thompson

quarta-feira, 24 de junho de 2020


Baixe essa obra gratuitamente aqui.

«A Beleza Salvará o Mundo»

segunda-feira, 22 de junho de 2020


Baixe essa obra gratuitamente aqui.

Viagem literária pela Roma Antiga - III

domingo, 21 de junho de 2020

Catacumba de Priscila, Via Salária, Roma. 
Saiba mais AQUI
Leia a Parte 1

Leia a Parte 2

Wiseman explica que evita usar a palavra catacumba para que o leitor não seja levado a entender ser esse o nome genérico dado às primeiras criptas cristãs. Roma estava rodeada por cerca de sessenta cemitérios, designados pelo nome de um ou mais santos, cujos corpos dormiam debaixo das suas abóbodas. Havia o de S. Nereu e Aquileu, de Santa Inês e S. Pancrácio, de Pretextato, de Priscila, etc. Aplicada, pois, inicialmente a um único cemitério, a designação catacumbas generalizou-se, passando, mais tarde, a aplicar-se a todo o sistema de escavações subterrâneas.

A origem das catacumbas foi, no século passado, assunto de intensos debates. Atualmente, há consenso de que tais moradas dos mortos foram construídas justamente com esse fim, e não foram reaproveitadas de escavações para a extração de materiais de construção. Durante as perseguições anticristãs, como a de 303 a 313, as catacumbas serviam também de esconderijo e lugar de culto.

As catacumbas dividem-se em três partes: corredores ou ruas, aposentos ou salas e igrejas. As passagens eram galerias compridas e estreitas que serviam não apenas para dar acesso às outras partes das catacumbas. Não, estavam ali os cemitérios, elas eram a catacumba propriamente dita. As suas paredes, tanto como as das escadas, eram perfuradas com cavidades maiores ou menores, proporcionadas aos corpos de adultos ou crianças que ali repousavam. Em certas catacumbas há catorze filas ou andares de túmulos, noutras apenas três ou quatro, mas sempre feitas à medida do corpo que encerravam. É de supor que o cadáver aguardasse no chão que escavassem a sepultura.

Envolvido por uma mortalha, o corpo era depositado no exíguo nicho. A seguir, a abertura era hermeticamente tapada com uma placa de mármore ou com tijolos, cimentados em volta. As inscrições gravavam-se na argamassa, enquanto estava fresca, ou no mármore. Milhares dessas placas de mármore foram transportadas para museus ou igrejas. Os epitáfios gravados na argamassa foram copiados e publicados; contudo, a maior parte dos túmulos é anônima.

Regras tão antigas quanto a própria Cristandade regiam as inumações. A primeira era a forma como Cristo foi enterrado: envolto numa mortalha, embalsamado com aromas e depositado na cavidade de uma rocha, que tapavam com uma lousa. Ora, até na morte os primeiros cristãos buscavam imitar a Jesus.

O sono do corpo que espera, no túmulo, a hora da ressurreição é o segundo dos princípios que inspiraram a construção dos cemitérios. Todas as expressões referentes a esses lugares de repouso aludem à ressurreição e nunca se encontra nos epitáfios cristãos a palavra enterrar. Dorme em paz e aqui repousa são as palavras empregadas, indicando que os mortos descansam ali temporariamente. O próprio nome de cemitério sugere a ideia de um dormitório onde repousam até soar a trombeta da volta de Cristo. Disto resulta serem os túmulos designados pelas palavras locus, loculus, exígua morada dos que morreram em Cristo. Por tudo isso, os primitivos cristãos encaravam com horror o costume pagão de queimar os cadáveres.

As catacumbas dão-nos inúmeras provas da sua antiguidade. O estilo das pinturas decorativas e os símbolos são de época remota. Conquanto as inscrições com data sejam raras, ainda se podem encontrar cerca de trezentas entre as dez mil da coleção de Rossi. As datas vão dos primeiros imperadores até cerca de 350 d.C.

Mesmo depois de a Igreja ter conquistado a paz, os cristãos desejavam ser enterrados junto dos mártires e, geralmente, contentavam-se em ser sepultados debaixo do pavimento das galerias. Disto resulta que, nos escombros das catacumbas e muitas vezes ainda no seu primitivo lugar, encontram-se pedras tumulares com datas do século IV. Contudo, para o fim desse século, tais monumentos tornam-se mais raros. O papa Dâmaso, no seu próprio epitáfio, confessa escrúpulo em ambicionar a companhia dos santos, pedindo para ser sepultado junto deles. 

Adaptado de CARDEAL WISEMAN. Fabíola ou A Igreja das Catacumbas. Tradução de Leyguarda Ferreira. Lisboa: João Romano Torres, 1969, p. 145-150. 

Bate-Papo sobre os Cristãos em Roma

quinta-feira, 18 de junho de 2020


«O Homem do Renascimento»

terça-feira, 16 de junho de 2020

Baixe essa obra gratuitamente aqui.

Homens Fracos criam Tempos Difíceis

segunda-feira, 15 de junho de 2020


#HJ27 Cheque no Caixão

sábado, 13 de junho de 2020

Estatueta de porcelana branca. Trata-se de um cambista judeu com traços estereotipados: nariz avantajado, barba longa, jaqueta marrom-avermelhada e mão estendida. Coleção Katz Ehrenthal, Museu do Holocausto dos Estados Unidos.

Um muçulmano emigrou para a América, trabalhou duro e acumulou uma grande fortuna. Ao morrer, deixou dito em seu testamento que a herança de cem milhões de dólares deveria ser dividida em partes iguais entre seus três melhores amigos: um católico, um protestante e um judeu. Havia apenas uma cláusula: cada herdeiro teria de depositar cem dólares no caixão antes que fosse enterrado.

O católico depositou seus cem dólares no caixão. O protestante fez o mesmo. O judeu retirou os duzentos dólares e colocou um cheque no valor de trezentos.

FINZI, Patricia et al. (edição, seleção e textos). Do Éden ao divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990, p. 108.

«A Cruel Pedagogia do Vírus»

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Baixe essa obra gratuitamente aqui.

Seminário "Faces do Renascimento"

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Raphael (1483-1520), Nicolau Copérnico (1473-1543), Leonardo Da Vinci (1452-1519), William Shakespeare (1564-1616), Lorenzo de Médici (1449-1492), Miguel Ângelo (1475-1564), Fillippo Brunelleschi (1377-1446), Galileu Galilei (1564-1642), Michel de Montaigne (1533-1592) e Petrarca (1304-1374): faces do Renascimento.

No alvorecer do Mundo Moderno, uma série de transformações técnicas, artísticas, intelectuais e culturais deram origem ao Renascimento. A Antiguidade Clássica foi então a grande inspiração para os gênios do período, e o teocentrismo medieval gradualmente seria substituído pelo antropocentrismo dos novos tempos.

A fim de promover maior aprofundamento nos estudos e nas reflexões sobre esse período, propomos ao 1º ano do Ensino Médio, no 4º bimestre do ano letivo, o seminário Faces do Renascimento. Os temas serão apresentados em duplas, a partir do seguinte Modelo de PowerPoint. Seguem os primeiros temas, que correspondem a capítulos de SEVCENKO (1994):

1. Condições históricas gerais

2. Os humanistas: uma nova visão do mundo

3. A nova concepção nas artes plásticas

4. Literatura e teatro: a criação das línguas nacionais

5. A evolução da cultura renascentista na Itália


Os temas subsequentes se basearão nos capítulos de BURKE (2008):

6. O Mito do Renascimento

7. Itália: Revivalismo e Inovação

8. O Renascimento no estrangeiro ou os usos de Itália

9. A desintegração do Renascimento


A apresentação seguinte se fundamentará no livrinho de STRATHERN (2000):

10. Maquiavel: a arte da política   


O penúltimo tema constitui um capítulo de FEBVRE (2012):

11. Martinho Lutero: a descoberta


O último tema se baseará no livrinho de STRATHERN (1999):

12. Galileu e o Sistema Solar   

Os Romanos Reciclavam em Pompeia

quarta-feira, 10 de junho de 2020


Em Pompeia já se praticava a reciclagem do lixo. Entre outros usos, os pompeianos faziam montões de lixo na parte de fora da muralha da cidade. Mais tarde, esse material voltava para a urb, onde era reutilizado em construções.

Pompeia era uma cidade com villas, praças, lojas de artesãos e até um anfiteatro com capacidade para 20 mil pessoas. No ano 79, foi completamente destruída pelas lavas do vulcão Vesúvio. As escavações começaram no século XVIII e, em tempos normais, esse patrimônio mundial da UNESCO recebe até 2,5 milhões de visitantes por ano.

Leia a matéria em Público

Seminário "Racismos" (II)

terça-feira, 9 de junho de 2020

No 2º bimestre, os alunos do 3º ano do Ensino Médio do CAV apresentarão o seminário interdisciplinar "Racismos - das teorias de raça ao Século XX". Para tal, se basearão na bibliografia abaixo:

BETHENCOURT, Francisco. Racismos - das Cruzadas ao Século XX. Tradução de Luís Oliveira Santos e João Quina Edições. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. > Disponível AQUI.
SCHWARCZ, Lilia M. Nem Preto nem Branco, muito pelo contrário. Rio de Janeiro: Claro Enigma, 2013. > Disponível aqui.

Entendendo o racismo como preconceito em relação à ascendência étnica combinado com ação discriminatória, um fenômeno relacional que sofre alterações com o tempo, as apresentações abrangerão um recorte temporal extenso, com áreas geográficas variadas e bem além das vítimas recorrentes - negros ou judeus, por exemplo. Essas questões serão abordadas nos blocos 1 e 2, a partir de Bethencourt (2018). Por fim, o seminário será concluído com Schwarcz (2013).

Para cada apresentação serão disponibilizados entre 12 e 15 minutos. Elas deverão contar com o recurso do PowerPoint, a fim de exibir as principais imagens referenciadas no livro (mas, atenção, NÃO as reproduza do PDF, uma vez que nele elas não são coloridas). O domínio do tema, a clareza e a objetividade serão os principais critérios a serem avaliados. 

A fim de facilitar o trabalho dos grupos, e também para promover uma uniformização das apresentações, todos deverão seguir o seguinte Modelo de PowerPoint. Um resumo manuscrito, individual, abordando os principais conceitos e informações do capítulo, também deverá ser preparado. 

O seminário será separado, portanto, por blocos de apresentações, tomando por base a bibliografia supracitada. Eis os blocos:

BLOCO I - Teorias de raça
 
Classificações de seres humanos
1. Da abertura da Parte IV ao tópico "Fundações"
2. "Medições e Divergências"

Racialismo científico
3. Da abertura do capítulo ao tópico "História como competição racial"
4. "Hierarquias Raciais Imutáveis" e "Arianismo"

Darwin e a evolução social
5. Da abertura do capítulo ao tópico "A Teoria da Evolução de Darwin"
6. "Evolução Social"

BLOCO II - Nacionalismo e mais além
 
7. Da abertura da Parte V ao tópico "Nações e Raças" (cap. 18 - O impacto do nacionalismo)
8. "O Genocídio Armênio" e "O Holocausto"
9. Cap. "Comparações globais"

BLOCO III - Racismo à brasileira (Schwarcz, 2013)
 
10. O Laboratório racial brasileiro / Raça e silêncio / Pela história: Um País de Futuro Branco ou Branqueado
11. Cultura jurídica / Quando a desigualdade é da ordem da intimidade e escapa à lei / Censo e contrassenso: nomes e cores ou quem é quem no Brasil

«A Primeira Guerra Mundial»

segunda-feira, 8 de junho de 2020


Baixe essa obra gratuitamente aqui.

«Problema no Paraíso»

domingo, 7 de junho de 2020

Baixe essa obra gratuitamente aqui.

European Beauty

sábado, 6 de junho de 2020


Noruegueses com roupas típicas do seu país. Conheça outras culturas tradicionais europeus e também as belezas naturais e arquitetônicas do Velho Mundo através do perfil @MagicalEurope no Twitter.

Vote Pela Cultura Clássica!

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Um grupo de pesquisadores espanhóis lançou uma petição online a fim de que a Unesco reconheça as língua grega e latina, bem como a cultura clássica, como patrimônio imaterial da humanidade. Clique aqui e assine a petição!

Cocares e Chapéus da Grécia Antiga

terça-feira, 2 de junho de 2020

Compartilhado no Twitter por @cesarfuri


Estatueta de terracota da Grécia helenística (séc. III a.C). Uma mulher de chapéu segura um leque. Créditos do Metmuseum.