“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Viagem literária pela Roma Antiga - I

domingo, 2 de outubro de 2016

Parte central das Termas de Caracala, construídas entre 212 e 217.

A leitura do romance histórico Fabíola permite-nos, em primeiro lugar, ter uma ideia dos espaços da Roma antiga. A partir deste post, alguns desses lugares serão mencionados aqui no blog sob o título Viagem literária pela Roma Antiga

A estória concebida pelo Cardeal Wiseman se inicia em setembro de 302. Nessa época, a "Cidade Eterna" já havia sofrido transformações importantes - o imperador Otávio Augusto, no início do século I, já havia dito que encontrara uma cidade de madeira e deixara uma cidade de mármore. 

O primeiro dos espaços mencionados é o Campo de Marte, uma planície entre o rio Tibre e as sete colinas. Nos primórdios da cidade, os cidadãos se dedicavam aos jogos atléticos e aos exercícios militares nesse campo. Segundo Vegécio, autor de um compêndio militar intitulado Epitoma rei militari, "a juventude lavava o suor acumulado pela corrida e pelos exercícios nadando no Tibre" (1.3). Durante a República (509 a.C. - 27 a.C.), contudo, a área foi tomada pelos edifícios públicos.

Com relação aos espaços de sociabilidade, A Igreja das Catacumbas (como o romance também é conhecido) nos apresenta as termas. Comecemos pelas Termas de Caracala, construídas na décadas de 210 d.C. Após essas grandes termas, praticamente não houve projetos imperiais importantes de Construção na capital durante oitenta anos, até o imperador Diocleciano construir seu conjunto de banhos públicos, na década de 290 d.C. (grande parte disso ainda está do lado de fora da principal estação ferroviária de Roma). Os banhos, é importante destacar, eram dotados de bibliotecas, salas de jogos e de ginástica, além do destino indicado pelo nome.

O romance também menciona o Coliseu, o mais famoso dos anfiteatros romanos, além de jardins (como os de Salústio e de Pompeia, sendo que os desta última contavam com fontes e regatos artificiais). São dignas de menção ainda as insula, casas alugadas por aposentos, e uma obra de propaganda oficial - o Arco de Tito, "monumento que representa a destruição do primeiro grande sistema antagonista do cristianismo".  

Leia a Parte 2

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