quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
A abolição do comércio de escravos, 1792, desenho satírico de Isaac Cruikshank (1764-1811). Créditos do British Museum, Londres.
Relação social tão antiga como moderna, a escravidão é tão fácil de entender como difícil de conceituar. No Brasil, a escravidão ainda persiste nos rincões do país ou em seus grandes centros urbanos, ainda que tenha sido legalmente abolida em 1888. O fenômeno não se restringe ao passado ou a setores específicos onde é praticada. A escravidão se refletiu e se reflete em comportamentos e pontos de vista, que definem padrões em nossa sociedade e penetram até mesmo nos seus setores mais modernos, progressistas e dinâmicos.
Nesse sentido, proponho ao 2º ano do Ensino Médio o seminário interdisciplinar História da Escravidão, no qual compreenderemos a escravidão não apenas como um fato social ou meio de produção, mas também como uma forma de pensar e de conceber o mundo. Para as nossas reflexões filosóficas, utilizaremos o ensaio A Desobediência Civil (1849), de Henry David Thoreau, disponível aqui.
Os temas serão apresentados por duplas, de acordo com o seguinte Modelo de PowerPoint. Além da apresentação, que deverá durar entre 12 e 15 minutos, cada aluno entregará previamente ao professor um fichamento manuscrito do texto indicado.
As primeiras apresentações se basearão em PRÉTRÉ-GRENOUILLEAU (2009):
1. O que é escravidão?
2. Nascimento e evolução da escravidão
3. Lutas e Abolições
As apresentações seguintes terão como referência verbetes de GOMES & SCHWARCZ (2018):
4. Economia Escravista Mundial - África durante o comércio negreiro
5. Africanos ocidentais - Africanos orientais
6. Navio negreiro - Fim do tráfico
7. Fronteiras da Escravidão - Indígenas e Africanos
8. Família escrava - Mulher, corpo e maternidade
9. Castigos físicos e legislação - Código Penal escravista e Estado
10. Mineração escravista - Café e Escravidão
11. Religiosidades - Irmandades
A apresentação subsequente deverá se basear num verbete de MOURA (2004):
12. Igreja Católica e Escravidão
As apresentações finais também terão como referência verbetes de GOMES & SCHWARCZ (2018):
13. Canções escravas - Capoeira na escravidão e no Pós-Abolição
14. Quilombos/remanescentes de quilombos - Revoltas escravas
15. Doenças - Morte e Rituais fúnebres
16. Emancipação nas Américas - Pós-Abolição
Referências bibliográficas
GOMES, Flávio & SCHWARCZ, Lilia M. (organizadores). Dicionário da Escravidão e Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. > Disponível aqui.
MOURA, Clóvis. Dicionário da Escravidão Negra no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004, p. 195. > Disponível aqui.
PRÉTRÉ-GRENOUILLEAU, Olivier. A História da Escravidão. Tradução de Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2009. > Disponível aqui.
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