quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
SCURR, Ruth. Pureza fatal - Robespierre e a Revolução Francesa. Tradução de Marcelo Schild. Rio de Janeiro / São Paulo: Record, 2009.
Faltava-me ler a biografia de um dos personagens mais emblemáticos da História do Ocidente: Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794). A história deste impressionante ícone começou nos confins da França do século XVIII, e só adquiriu velocidade com o início da Revolução Francesa (1789-1799). Sua vida então se acelerou, pautada no ritmo da própria revolução, atravessando dramas pessoais e políticos cada vez mais assustadores, para ser encerrada repentinamente sob a guilhotina, no verão de 1794.
Quando, exatamente, o advogado de Arras começou a acreditar na imagem que a revolução lhe refletia? Por que motivo tal imagem tornou-se tão perigosamente hipnótica, tanto para ele quanto para seus contemporâneos e para a posteridade? E por que é tão difícil compreender quem era Robespierre e o que ele significava?
Pureza Fatal responde a essas questões, motivado por um interesse imparcial. A autora concede ao biografado o benefício da dúvida. O Incorruptível, como era conhecido, não tinha muitos amigos, era reservado e desconfiado (conheça o Perfil do Advogado Robespierre). Desprezava o suborno, mas acabou sendo corrompido de três maneiras: era vaidoso, cometia atos impulsivos movido pelo ciúme e acreditava ser um instrumento da Providência.
Robespierre cristalizou as principais contradições da Revolução Francesa, e por meio da compreensão de sua vida pode-se entender o período da História da França que marcou o nascimento do mundo contemporâneo.
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