sexta-feira, 15 de março de 2024
Uma das queixas mais comuns contra a Standard Oil era de que a empresa conseguira adquirir estradas de ferro para que pagasse menos com o transporte de seu petróleo, tendo um custo menor do que era cobrado no transporte de seu petróleo, tendo um custo menor do que era cobrado no transporte dos concorrentes. Tal desigualdade era, certamente, um anátema para aqueles que pensavam em termos de pessoas abstratas num mundo abstrato, ignorando o que havia de específico sobre a Standard Oil, tornando-a diferente, e que se apresentava como a razão pela qual John D. Rockefeller angariou fortuna num segmento industrial no qual muitos outros acabaram falindo. Os vagões-tanque da Standard Oil eram mais fáceis de transportar do que o petróleo transportado em barris pelas outras empresas. No entanto, Theodore Roosevelt, que pouco ou nada conhecia de economia e tinha perdido uma grande porção de sua herança em seu único empreendimento de negócios, disse que os índices de desconto no transporte eram discriminatórios e deveriam ser proibidos "de todos os modos e formas". O senador John Sherman, autor da lei antitruste, também promulgou uma legislação para banir os índices diferenciais de transporte, aparentemente beneficiando a refinaria que transportava seu petróleo em barris.
Empresas com política de baixo preço com frequência geram grandes perdas para seus concorrentes, os quais cobram preços mais altos. Mas tão óbvio quanto parece, isso não interrompeu os protestos movidos pela intelligentsia e alcançou a legislação, os políticos e as decisões tomadas nos tribunais, que visavam não apenas punir a Standard Oil no início do século XX, mas, posteriormente, outros segmentos, abarcando desde a cadeia de supermercado A&P, no passado, até a Microsoft de nossos dias.
SOWELL, Thomas. Os Intelectuais e a Sociedade. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 114-115.
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