segunda-feira, 25 de março de 2024
Em 1932, o famoso romancista e socialista fabiano H. G. Wells conclamou os alunos de Oxford para que se tornassem "fascistas liberais" e "nazistas esclarecidos". O historiador Charles Beard estava entre os apologistas de Mussolini que viviam nas democracias ocidentais, o mesmo acontecia com a revista New Republic. O poeta Wallace Stevens chegou a justificar a invasão da Etiópia por Mussolini.
W. E. B. Du Bois ficou, durante a década de 1920, tão intrigado pelo movimento nazista que decorou com suásticas as capas de uma revista que editou, apesar dos protestos da comunidade judaica. Embora Du Bois tivesse que lidar com o problema do antissemitismo, que o nazismo implicava, ele dizia, na década de 1930, que a criação da ditadura nazista "foi absolutamente necessária para a reorganização do Estado" na Alemanha, e durante um discurso no Harlem, em 1937, declarou: "De certa forma, hoje existe mais democracia na Alemanha do que existia nos anos anteriores". O fato mais revelador é que ele via os nazistas como integrantes da esquerda. Em 1936, ele disse: "A Alemanha é hoje, ao lado da Rússia, o maior exemplo de sociedade marxista".
SOWELL, Thomas. Os Intelectuais e a Sociedade. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 160.
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