“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Papas, os novos imperadores

domingo, 3 de março de 2024

 

Papa Gregório II (r. 715-731): condenou a iconoclastia e, na prática, promoveu a ruptura política com o Império Bizantino.

Alguns cerimoniais imperiais foram adotados pelo papado. Em Latrão, havia uma mistura dos acessórios e do simbolismo da corte oriental com formas extraídas, anteriormente, do senado e do magistério romanos. A música tinha um papel importante e foram importados órgãos - os primeiros no Ocidente - de Constantinopla, a fim de aprimorá-la. Os funcionários papais eram graduados de forma estrita; uma elaborada série de antecâmaras levava à sala do trono pontifício; o próprio Papa era saudado com uma profunda proskynesis ao pé de seu trono; e, no fim do século VII, ouvimos falar pela primeira vez em uma peça alta e branca sobre sua cabeça, chamada de phrygium ou camelaucon, que, posteriormente, evoluiria até a tiara; dizia-se que fora apresentada a Silvestre por Constantino em lugar de uma coroa temporal, que teria obscurecido sua tonsura.     

JOHNSON, Paul. História do Cristianismo. Tradução de Cristiana de Assis Serra. Rio de Janeiro: Imago, 2001, p. 205.

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