“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Por que Proclamação e não Golpe?

domingo, 15 de novembro de 2015

Proclamação da República, 1893, óleo sobre tela, Benedito Calixto (1853-1927).


Pressionado por setores do Exército e por republicanos a liderar a deposição da monarquia, o marechal Deodoro da Fonseca hesitava. Não queria bater de frente com "o velho" imperador dom Pedro 2º, que respeitava. Falava em um dia poder acompanhar o caixão do monarca. 

Mas Deodoro acabou cedendo às pressões em 15 de novembro de 1889, derrubou o regime, virou o primeiro presidente e o feriado da Proclamação da República está aí. 

Agora, por que o senso comum fala de "proclamação" e não de golpe? Afinal, o Exército derrubou o imperador e o governo constitucional, que ali estava de acordo com a Carta de 1824. Gestado pelas elite econômico-militar insatisfeita com os rumos do país, o movimento não teve participação popular. 

(...) 

"Quem não viu golpe em 1889, 1930 e 1945 tem uma inclinação para apoiar 'golpes do bem'", diz [Elio] Gaspari. 

Leia o artigo completo na Folha

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