“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

«Pensamento Pedagógico Brasileiro», de Moacir Gadotti

terça-feira, 22 de dezembro de 2015


O ano está praticamente no fim, e esse é o último livro da área da educação que li. Publicado pela editora Ática em 1991, não é propriamente uma obra que eu ambicionava ler, mas é necessária, sobretudo para relembrar alguns "clássicos" do pensamento pedagógico brasileiro. 

Não vou me demorar muito na descrição desse livro (até porque, como disse, detestei-o). Sua grande virtude é a objetividade com que apresenta as teorias de pensadores celebrados nos cursos de pedagogia, tais como Paulo Freire e Rubem Alves. Seu grande defeito é se assemelhar a um folhetim, uma cartilha de partido político (no caso, socialista). Isso aflora em diversas partes do opúsculo, mas sobretudo no final: "a formação de um educador competente não é suficiente. É preciso que a competência técnica esteja fundamentada num compromisso político, porque a competência depende de um ponto de vista de classe" (p. 124). Esse compromisso político refere-se, naturalmente, ao projeto socialista. 

Gadotti atuou na formação de gerações de professores que passaram pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pela Universidade Estadual de Campinas e na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Assim, é um dos responsáveis pelo quadro lastimável de ideologização e doutrinação política da educação brasileira. Na falta de competência técnica, só restou aos intelectuais orgânicos do nosso sistema o compromisso político

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