“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

As Primeiras Civilizações e o Cavalo

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Representação dos hititas e de seu carro de duas rodas puxado a cavalo. Hititas e egípcios enfrentaram-se na Batalha do Kadesh, numa data entre o fim do século XIV e início do século XIII a.C.

O cavalo foi domesticado na estepe eurasiana não muito antes de 1800 a.C. Entretanto, nessa época o cavalo era um animal fraco. Não suportava o peso de um cavaleiro humano e era necessários quatro cavalos para puxar um carro de duas rodas, feito com os materiais mais leves conhecidos. No século XVIII a.C., graças ao cavalo domesticado da estepe eurasiana e à invenção e disseminação de uma nova arma militar - o carro de duas rodas puxado a cavalo - os cassitas invadiram a Suméria e a Acádia, e os hicsos invadiram gradualmente o Médio Império Egípcio. É importante destacar que a contemporaneidade dessas invasões, bem como a devastação do primeiro conjunto de palácios em Creta, sugere que esses movimentos podem todos ter ocorrido em virtude de pressão na retaguarda.  

Só após mil anos de criação de cavalos surgiu um espécimen que pudesse carregar um cavaleiro com equipamento leve. E passariam-se vários séculos mais para se produzir o "grande cavalo" que pudesse carregar sua própria armadura, bem como um cavaleiro em armadura completa. 

Com a domesticação do dromedário na estepe árabe antes do final do segundo milênio a.C., e a aclimação do cavalo nessa região, antes do início da era cristã, o pastoreio nômade estendeu seus domínios à Arábia e de lá à África do Norte. Os pastores nômades fizeram história desde o século XVIII a.C. até uma data relativamente recente. 

Bibliografia consultada: TOYNBEE, Arnold. A Humanidade e a Mãe-Terra - Uma História Narrativa do Mundo. Tradução de Helena Maria C. M. Pereira e Alzira S. da Rocha. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987, p. 125-128.

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