sábado, 22 de maio de 2021
José de San Martín nasceu em Yapeyú, povoado da atual província de Corrientes, em 1778. Seu pai era um militar espanhol e, aos seis anos de idade, a família de San Martín retornou à Espanha. Ali, San Martín estudou, ingressando na carreira militar. Ganhou experiência ao participar de batalhas no norte da África e no território espanhol, lutando contra as tropas de Napoleão.
Em Buenos Aires, o movimento de independência começou em 1810. San Martín recebia notícias de lá regularmente, interessando-se pelo assunto por ser membro de uma sociedade secreta que defendia as ideias liberais. Cada vez mais envolvido, em 1812 decidiu abandonar sua carreira na Espanha; dirigiu-se então ao Prata. No próprio ano de sua chegada, assumiu o comando de um regimento com a patente de tenente-coronel. Tal regimento derrotou os espanhóis na batalha de São Lourenço. A independência das Províncias Unidas do Rio da Prata foi proclamada em Tucumán, em 9 de julho de 1816.
San Martín tinha uma ampla visão do quadro geral da América do Sul e, desse modo, entendia que a consolidação da vitória sobre os espanhóis só seria alcançada se o Peru, baluarte das forças realistas, fosse libertado. Seu plano era chegar a Lima passando pelo Chile. Mas, para tanto, precisava conseguir a façanha de cruzar os Andes. Durante três anos, preparou uma expedição que contou com a mobilização de 5.500 homens, entre eles um significativo contingente de escravos negros vindos de Buenos Aires. Durante a travessia, houve a baixa de 400 soldados.
Após a passagem pelos Andes, as forças de Martín mostraram-se fundamentais na batalha de Maipu (abril de 1818). Tal vitória consolidou a emancipação do Chile, proclamada por Bernardo O'Higgins, dois meses antes. O objetivo final era libertar o Peru, o que ocorreu em 28 de julho de 1821, com a tomada da capital do Vice-reinado.
San Martín foi um grande comandante, mas não demonstrou ter habilidades políticas suficientes para governar o Peru. Após enfrentar uma grande resistência, e incapaz de contornar os problemas pós-independência, deixou o poder e partiu, em 1824, para a Europa com a sua filha Mercedes Tomasa. Viveu na Bélgica e na França até sua morte, em 1850.
Na Argentina, San Martín é considerado herói nacional. Assim, em 1880 suas cinzas foram trasladas para Buenos Aires e depositadas num mausoléu na catedral da capital.
Bibliografia consultada: PELLEGRINO, Gabriela & PRADO, Maria Ligia. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2016, p. 30-31.
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