quinta-feira, 2 de maio de 2024
Imperfeições ou ineficiências raramente destroem uma nação. Mas a desintegração de seus laços sociais e a desmoralização da confiança e da aliança de seu povo podem, no entanto, ocasionar sua destruição. Os intelectuais contribuem em grande parte para ambos os processos. Ao colocarem grupo contra grupo e ao verem arbitrariamente inumeráveis situações sob o prisma de "raça, classe e gênero", estabelecendo padrões inalcançáveis de "justiça social" e impondo objetivos de reparação histórica, os intelectuais garantem a criação de uma situação interminável de conflito interno, prefigurando o desmantelamento de qualquer sociedade, a qual é sequestrada por uma intelligentsia e sua cruzada, submetendo um público que aceita, passivo, a visão que os intelectuais têm da sociedade e de si mesmos. Enquanto pressuposições apressadas forem aceitas como conhecimento e a pura retórica for considerada idealismo, os intelectuais continuarão a triunfar em se projetarem como vanguardistas de uma "mudança" genérica - de cujas consequências eles continuarão a não prestar contas.
SOWELL, Thomas. Os Intelectuais e a Sociedade. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 482.
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