“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

#HJ2 Rabis Abaú e Hia ben Aba

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Surgidos também no período talmúdico, os textos do Midrash não são comentários sobre a Lei, mas parábolas utilizadas pelos rabinos em seus sermões com o objetivo de tornar mais claro o sentido de algum trecho da Bíblia ou dos preceitos. Rico em elementos folclóricos, o Midrash é muito apreciado pelas classes populares, como mostram os relatos dos posts #HJ2, #HJ3 e #HJ4. 

Rabi Abaú e rabi Hia ben Aba chegaram ao mesmo tempo na mesma cidade. Rabi Hia pronunciou um discurso erudito sobre a Lei, enquanto rabi Abaú fazia um sermão midráshico. O povo abandonou rabi Hia para ouvir rabi Abaú. 

Rabi Hia ficou profundamente abatido. Seu colega, então, lhe disse: 

- Ouve esta parábola: dois homens entraram na mesma cidade; um oferecia pedras preciosas e pérolas, o outro vendia simples bijuterias. Em torno de quem se aglomerou o povo? Com certeza em torno do vendedor de bijuterias, porque era isto o que podiam comprar. 

FINZI, Patricia et al. (edição, seleção e textos). Do Éden ao divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990, p. 14.

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