“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Cacoetes dos Intelectuais

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Leandro Karnal, "intelectual público" famoso por comentar sobre tudo e rotular aqueles dos quais discorda.

Certamente que muitos intelectuais públicos, ao comentarem sobre questões e eventos que estão fora do escopo de suas respectivas especialidades, nem sempre alcançam a acuidade exigida pelos padrões intelectuais, e isso nos melhores dos casos. No entanto, as muitas violações desses padrões pelos próprios intelectuais têm demonstrado repetidamente a distinção que buscam embaralhar entre o substantivo e o adjetivo. Isso inclui exemplos gritantes de irracionalismo e de "tendências" baseadas em observações distorcidas, como, por exemplo, que o capitalismo tornou os trabalhadores mais pobres, como se eles tivessem sido mais prósperos antes. Tais elucubrações estão carregadas de comparações desprovidas de critério intelectual, como aquela que o professor Lester Thurow pronunciou ao dizer que os Estados Unidos apresentavam o "pior" desempenho, entre as nações industrializadas, quando se tratava de desemprego, citando problemas de desemprego somente nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que ignorava completamente o problema crônico de desemprego muito pior que sofre a Europa ocidental, para não falar de outras regiões. Uma das violações mais comuns dos padrões intelectuais pelos próprios intelectuais é atribuir uma emoção (racismo, machismo, homofobia, xenofobia, etc.) àqueles que detêm pontos de vista diferentes, em vez de responder a seus argumentos.     

SOWELL, Thomas. Os Intelectuais e a Sociedade. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 442.

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