“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Conquista de Canaã

sábado, 16 de julho de 2016

Representação da Conquista de Jericó pelos hebreus

A arqueologia tem sido uma grande aliada dos estudiosos do mundo bíblico. Com relação à conquista de Canaã, não poderia ser diferente. Escavações realizadas em Ai e Khirbet Raddana, no território de Efraim, indicam que muitas pessoas fugiram para lá por causa de possíveis guerrilhas que estavam em curso nos povoados dos vales. 

As guerras de conquista empreendidas por Josué e depois pelos juízes se encaixam perfeitamente nesse perfil, ainda que isso seja uma hipótese. Os israelitas podem ter começado dominando cidades menores dos vales, para a seguir investir contra as fortalezas que normalmente ficavam no topo das montanhas. O bravo Calebe, embora tivesse 85 anos, decidiu partir para a conquista do Monte Hebrom (Josué 14:9-13), uma dessas cidades fortificadas. Sua história sugere que ele era uma exceção, numa época em que os israelitas provavelmente ainda estavam se concentrando no domínio das planícies. 

Assim, à medida em que os conquistadores israelitas e filisteus avançavam, os aldeões das partes baixas de Canaã se refugiaram em fortalezas nos montes. Estudos mostram que entre 1440 e 900 a.C. os povoados das montanhas passaram de 23 para 114, o que sugere uma retirada em massa dos vales.


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Bibliografia consultada:
SILVA, Rodrigo P. Escavando a Verdade - a Arqueologia e as Incríveis Histórias da Bíblia. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2014, p. 105.

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