“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Petra (Edom)

sábado, 23 de julho de 2016


A fortaleza de Petra ("rocha maciça") fica numa região que hoje pertence à Jordânia. Suas ruínas formam um espetacular ponto turístico que atrai anualmente milhares de visitantes. O que muitos não sabem, contudo, é que seus palácios avermelhados são um testemunho cabal da verdade contida na palavra dos profetas bíblicos. 

Na Antiguidade, a imponente Petra era parada obrigatória numa das principais rotas de comércio de incenso, vidro, cerâmicas e especiarias. Os nabateus, seus habitantes, enriqueceram com a venda de mantimentos e com o aluguel de pousadas para os viajantes que passavam por sua terra. O governo local, por sua vez, obtinha a sua receita principalmente dos pedágios e impostos que recaíam sobre as atividades comerciais. 

A próspera Petra também era uma cidade ímpia. Por isso, profetas como Jeremias (ver o cap. 49, versos 16-18) e Ezequiel (ver o cap. 35, versos 3-9) lançaram oráculos ameaçadores sobre Edom e o Monte Seir, a região arábica da qual Petra era a capital. Esses oráculos diziam que o lugar, até então populoso, ficaria completamente desolado. Ora, foi justamente isso o que aconteceu. 

Petra perdeu sua independência no ano 106, quando foi conquistada pelos romanos. Embora dominada, continuou habitada e relativamente importante até o séc. IV, quando desapareceu dos registros históricos. Constantes terremotos e a fuga da população fizeram com que os edifícios fossem abandonados e esquecidos. Com o tempo, só restaram as ruínas do antigo palácio, o templo, alguns prédios públicos e os túmulos esculpidos na rocha. 

Séculos se passaram, e Petra ficou esquecida. Só foi redescoberta em 1812, por Johann Burckhardt, um explorador suíço. Não obstante, só foi escavada pelos arqueólogos em 1934. Fora alguns abutres e animais do deserto, suas ruínas permanecem inabitadas, confirmando contundentemente a palavra profética: 

"Em desolações perpétuas te porei, e as tuas cidades nunca mais serão habitadas; assim sabereis que EU SOU o Senhor" (Ezequiel 35:9).


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Bibliografia consultada:
SILVA, Rodrigo P. Escavando a Verdade - a Arqueologia e as Incríveis Histórias da Bíblia. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2014, pp. 135-136.

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