segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Começou a vigorar hoje o cessar-fogo definitivo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). A decisão veio após a assinatura, na quarta-feira passada, de um histórico acordo de paz disposto pelo presidente Juan Manuel Santos para encerrar os 52 anos de conflitos na Colômbia. O desafio do governo colombiano agora passa a ser o de convencer a população colombiana a ratificar o acordo, a fim de torná-lo efetivo. Precisa ainda convencer um outro grupo guerrilheiro - o Exército de Libertação Nacional (ELN) - a também depor as armas.
Na sexta-feira, os integrantes das FARC - cuja ideologia é a marxista e o financiamento é o narcotráfico - começaram a se dirigir para as 23 zonas de concentração onde ficarão até serem plenamente reintegrados à vida civil. Antes disso, os guerrilheiros já haviam implementado um cessar-fogo unilateral para demonstrar boa vontade com o processo de paz.
Apesar das iniciativas, parte da população não acredita que a decisão do governo tenha sido correta. E serão os cidadãos colombianos que decidirão, em plebiscito, se os acordos terão validade. Encabeçam a campanha pelo "não" os ex-presidentes Álvaro Uribe e Andrés Pastrana. Seu argumento é que, caso o acordo seja aprovado pela população, as FARC serão beneficiadas com a impunidade e a representação na política. Independentemente da decisão do povo da Colômbia, uma coisa é certa: não será nada fácil curar as cicatrizes de mais de meio século de violência da narcoguerrilha.
Com informações do Estadão e da BBC Brasil.
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