“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Grã-Bretanha, final dos anos 1970

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Um dos protestos pelo desarmamento nuclear em Londres, Reino Unido.

"(...) No final dos anos de 1970 parecia que a Grã-Bretanha estava pronta a renunciar a tudo o que era importante: o orgulho, a iniciativa, os ideais de liberdade e de cidadania e até mesmo suas fronteiras e a defesa nacional. Era a época da Campanha pelo Desarmamento Nuclear, e a 'paz ofensiva' soviética que pretendia desarmar a Aliança Ocidental com o trabalho dos 'idiotas úteis', como Lenin celebremente os descreveu. O país parecia estar chafurdando em um sentimento de culpa coletiva, reforçado por uma crescente cultura de dependência. Pra os políticos de esquerda, 'patriotismo' se tornara um palavrão. Para os políticos da direita, nada parecia importar, salvo o ímpeto de fazer parte da nova Europa, cujos mercados nos protegeriam das piores consequências da estagnação do pós-guerra. O interesse nacional foi substituído por interesses escusos: dos sindicatos, das autoridades políticas e dos 'capitães da indústria'." 

SCRUTON, Roger. Como ser um conservador. Tradução de Bruno Garschagen. 3 ed. Rio de Janeiro: Record, 2015, p. 19.

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