“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

O Islã e a Arte da Medicina

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

A arte da medicina, como os médicos muçulmanos a entendiam, era ensinada não nas madrasas, mas por aprendizado ou em bimaristans, os hospitais dotados de waqf que existiam nas grandes cidades. Foi como praticantes da arte da cura que os médicos muçulmanos deram suas mais importantes contribuições. Levaram adiante as técnicas de cirurgia. Observaram o curso das doenças e descreveram-nas; Ibn al-Khatib (1313-74) foi talvez o primeiro a compreender o modo como a peste se espalha por contágio. Eles estudaram a fabricação de drogas a partir de plantas medicinais e seus efeitos no corpo humano, e a farmacopéia era extensa; já se disse que a farmácia como instituição é uma invenção islâmica. Eles também entenderam a importância dos fatores capazes de prevenir o desequilíbrio dos elementos, que, acreditavam, levava à doença: dieta saudável, ar fresco e exercício.    

HOURANI, Albert. Uma História dos Povos Árabes. Tradução de Marcos Santarrita. 2ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1994, p. 210.

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