“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

O Cosmopolitismo Helenístico

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Demétrio I (c. 205 - c. 170 a.C.), fundador do Reino Greco-Indiano. Ele usa um escalpo de elefante, um símbolo de suas conquistas na Índia.  

"O cosmopolitismo é uma das características marcantes da época, particularmente em Alexandria ou na Delos do século II [a.C.], fazendo conviverem gregos, italianos, fenícios, sírios, judeus, egípcios etc. Os horizontes misturam-se e também recuam, às vezes de modo impressionante. Assim, nos confins do império de Alexandre, o soberano máuria Asoka (ca 269-233 [a.C.]), herdeiro de uma dinastia com a qual no final do século IV [a.C.] Seleuco I mantivera relações interesseiras (elefantes de guerra), não deixa de publicar seus 'editos' em grego e neles mencionar os reis contemporâneos, inclusive Magas de Cirene e Alexandre II do Epiro: isso faz parte de sua propaganda depois de conquistar a região de Calinga, no golfo de Bengala, e de converter-se ao budismo, pouco antes do meio do século III [a.C.]. Duas inscrições dos séculos III e II [a.C.], recentemente publicadas, confirmam o vigor do helenismo até no Tadjiquistão e o alto grau de helenização de algumas elites indianas (lá os Yvana, ou seja, os gregos, têm fama de homens de saber)."

LEFÉVRE, François. História do Mundo Grego Antigo. Tradução de Rosemary Costhek Abilio. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013, p. 344.  

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