sexta-feira, 10 de março de 2017
O Combate entre o Carnaval e a Quaresma (1559). Pieter Bruegel o Velho (1526/1530 - 1569). Museu de Kunsthistorisches, Viena, Áustria.
"Tinha existido sempre um profundo abismo entre as ideias aceitas pelos homens e mulheres na Idade Média e aquilo que eles realmente faziam. Nem a crença de que uma vida mal orientada poderia conduzi-los às chamas eternas do Inferno lograva sofrear as injustiças flagrantes ou as vidas depravadas. O Papa, como Vigário de Cristo, não hesitava em usar os seus poderes de excomunhão para promover as ambições da família ou consolidar o seu poderio territorial."
GREEN, V.H.H. Renascimento e Reforma - A Europa entre 1450 e 1660. Tradução de Cardigos dos Reis. Lisboa: Dom Quixote, 1991, p. 20.
1 comentários:
"Faça o que eu digo, não faça o que eu faço", apesar da aparente hipocrisia do homem medieval, ele ainda era mais humano que o que ocorreu depois. O homem medieval se via como imperfeito, e por acomodação ou realismo, tentava zerar de algum modo suas contas com Deus para pecar de novo. O problema foi quando o homem da reforma e da contrarreforma se julgou perfectível. Ele matou muito mais na pira que em toda idade media, torturou mais que na Inquisição original, queimou muito mais livros, embora fosse o mundo que originou a teoria das orbitas elípiticas planetárias, conquistou a América, criou a capela Sixtina, que equilibrou racionalismo e empirismo. O mundo do Inicio da Idade Moderna impôs com muito mais ferocidade o que seria o bom, o justo o belo. Na ânsia por se tornar santo, o homem renascentista e barroco se esqueceu que ele e quem ele exterminava, eram humanos. Porque o poder do Estado Nacional era muito maior que o de qualquer barão feudal, o bem ou ou o mal que ele era capaz de criar eram também maiores. Somente o fim da Guerra dos 30 anos e o iluminismo mudariam esta visão na Europa. Ass: Klaus. Estou descaradamente usando o perfil de minha esposa , mestre hehehe klausprovenzano@hotmail.com
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