terça-feira, 26 de novembro de 2019
Mayer Amschel Rotschild (1744-1812), fundador do império bancário da família judia Rotschild.
A pobreza dos judeus da Europa Oriental os levou a idealizar a figura do milionário - em especial seu arquétipo, o barão de Rotschild - em contraste (e conflito) com os shlepers (vagabundos), shlimazels (desastrados), e, sobretudo com os shnorrers (mendigos arrogantes) de língua afiada que, baseados no princípio da ética judaica, segundo a qual a ajuda aos necessitados é um direito dos pobres e um dever dos ricos, criavam situações inusitadas que serviam de base a muitas historietas.
Rotschild está viajando por Minsk. Dá-lhe fome, e na falta de melhor lugar vai a um café judaico, onde faz uma pequena refeição. O garçom traz a conta:
- Vinte rublos por dois ovos? - indigna-se Rotschild. - É impossível! São tão raros os ovos aqui neste lugar?
- Ovos não - replica o garçom -, mas os Rotschild são.
FINZI, Patricia et al. (edição, seleção e textos). Do Éden ao divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990, p. 44.
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