“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Queda de Constantinopla

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

No dia 29 de maio de 1453, os turcos otomanos conquistaram Constantinopla, capital do Império Bizantino. O último imperador da Roma do Oriente, Constantino XI Dragases (1449-1453), provavelmente morreu lutando na resistência contra os invasores otomanos. O domínio da pólvora e de armas de fogo (inclusive canhões), foi fundamental para a vitória otomana. 

A história de Bizâncio é a de uma resistência de um milênio à invasão persa e depois islâmica. Os persas, por muito tempo foram perigosos, até que o imperador Heráclio triunfou da monarquia dos sassânidas (que, aliás, pouco depois foi invadida pelos árabes). Durante muito tempo Bizâncio teve que guerrear continuamente contra os muçulmanos. Primeiramente, de meados do século VII ao início do século IX, a luta teve o objetivo de resistir à invasão muçulmana. Depois, de meados do século IX ao início do XI, a luta assumiu contornos de uma ofensiva vitoriosa a fim de levar as armas imperiais para além do Eufrates, até à Síria. Na época dos imperadores Paleólogos, no entanto, a questão passou a ser como salvar o que restava do império.  

A queda da capital imperial foi sentida como um acontecimento devastador, mas durante séculos a engenhosidade e a disciplina bizantinas haviam destruído sucessivos exércitos islâmicos notavelmente superiores numericamente. A "Nova Roma" caiu mil anos após o colapso da Roma propriamente dita - e só depois de ter sido em grande parte isolada e abandonada pelo Ocidente.        

Bibliografia consultada: 
DIEHL, Charles. Os Grandes Problemas da História Bizantina. Tradução de Frederico O. P. de Barros. São Paulo: Ed. das Américas, 1961, p. 169-170.
HANSON, Victor Davis. Por que o Ocidente Venceu - Massacre e cultura, da Grécia antiga ao Vietnã. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002, p. 243.

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