“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Hitler e Stálin: Um Pacto Sinistro

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Cartum de 1939 ironia o Pacto Molotov-Ribentrop: "Até quando vai durar essa lua de mel?"

I. O Pacto de Não Agressão Germano Soviético  

"Enquanto Arther Owens levava a cabo sua missão na Holanda, o ministro das Relações Estrangeiras alemão, Joachim von Ribentrop, seguia para Moscou, onde, em dois dias de negociações, aceitou, em nome da Alemanha, a zona polonesa a leste do rio Vístula - área que compreendia as regiões mais povoadas e industrializadas do país - ao mesmo tempo em que reconheceu a soberania da União Soviética no leste da Polônia (no que era uma exigência inesperada dos soviéticos) e sobre a Lituânia. O tratado que determinava essa nova divisão da Polônia foi assinado às cinco horas da manhã de 29 de setembro [de 1939] e denominado, sem referência aos estados lituano e polonês que assim desapareciam, 'Pacto de Não Agressão Germano Soviético'. O próprio Stálin desenhou a nova fronteira no mapa, que, em seguida, assinou. Em contrapartida por Lvov, com seus poços de petróleo, estar no lado soviético, Stálin comprometeu-se a fornecer à Alemanha trezentas mil toneladas de petróleo por ano." (1) 

II. Os comunistas dos Estados Unidos ficam chocados 

"Whittaker Chambers disse que a capitulação de Stálin para seu maior inimigo era absolutamente incompreensível aos comunistas americanos. Foi só quando Chambers conversou com o ex-diretor de espionagem de Stálin na Europa Ocidental que soube a explicação oficial. O General W. G. Krivitsky disse que esse pacto demonstrava o gênio de Stálin como estrategista. Explicou que Stálin sabia que o pacto deixaria Hitler à solta na Europa, mas também sabia que, com o avanço da guerra, era provável que os países ocidentais se exaurissem de tanto lutar. Nesse momento, as tropas soviéticas podiam entrar em ação. Quase que sem dar um tiro sequer, as tropas soviéticas conseguiriam tomar a Europa toda em nome da ditadura do proletariado!" (2)

Referências: 
(1) GILBERT, Martin. A Segunda Guerra Mundial - os 2174 dias que mudaram o mundo. Tradução de Ana Luísa Faria e Miguel Serras Pereira. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014, p. 26. 
(2) SKOUSEN, W. Cleon. O Comunista Exposto - desvendando o comunismo e restaurando a liberdade. Tradução de Danilo Nogueira. Campinas, SP: Vide Editorial, 2018, p. 201.

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