“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Corte de Carlos Magno

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Um jantar de Carlos Magno e sua corte. Detalhe de um miniatura, Biblioteca Real, MS XV E vi, f. 155r, c. de 1444. Créditos da British Library. 

"A corte não é apenas um entourage agradável e cômodo. Ela é indispensável nas ocasiões em que o rei exibe o seu poder: a tradição germânica dá tanta importância aos homens que são apresentados em público quanto a tradição romana dava aos protegidos que se apinhavam à porta. A corte faz número quando o rei recebe seu povo para a assembleia: é preciso que a aristocracia que vai para a assembleia tenha consciência de que ela não é tudo. A corte rodeia o rei quando ele recebe embaixadas: o exemplo de Pavia parece ter, nesse ponto, marcado o pensamento de Carlos. E é ainda à corte que se deve boa parte da pompa das grandes festas que são o Natal e a Páscoa. Nessas festas, o rei faz questão de não se fazer acompanhar apenas das pessoas mais próximas. Os anais registram escrupulosamente o lugar onde se comemora a festa. É sempre num dos principais palácios: Herstal, Worms, Quierzy, Attigny, Diedenhofen (atual Thionville), Nimega. Quando Carlos vai comemorar a Páscoa em Roma, faz-se acompanhar de grande comitiva."  

FAVIER, Jean. Carlos Magno. Tradução de Luciano Machado. São Paulo: Estação Liberdade, 2004, p. 262.

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