domingo, 4 de outubro de 2020
Interior do restaurante judaico 2nd Ave Deli, em Nova York, EUA. Créditos: Yelp
Grande parte das anedotas judaicas americanas se passa em restaurantes, um cenário pouco conhecido na Europa e que passou a cumprir uma dupla função: alimentar e dar status.
Chutzpá tinha aquele judeu nova-iorquino. Entrou num restaurante, pedindo do bom e do melhor, e quando o garçom apresentou a conta disse que não tinha dinheiro.
- Ou o senhor paga ou eu chamo a polícia.
- Isto não vai lhe adiantar nada - retrucou o homem. - Mas tenho uma ideia: vou sair e esmolar até conseguir exatamente o que devo aqui pelo meu jantar. Em seguida volto e lhe pago.
- Como é que eu vou saber se o senhor vai voltar? - perguntou o proprietário, desconfiado.
- Venha comigo e fique observando, se o senhor não me acredita.
- Quem, eu? - exclamou o proprietário - Como é que o senhor ousa sugerir que um respeitável homem de negócios como eu possa ser visto em companhia de um esmoleiro?
- Bem, se o senhor não quer ser visto comigo - disse o id -, eu fico aqui esperando e o senhor pede esmola.
FINZI, Patricia et al. (edição, seleção e textos). Do Éden ao divã - Humor Judaico. São Paulo: Shalom, 1990, p. 112.
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