terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Nascido em Portage, Wisconsin, EUA, Fredick J. Turner ficou famoso por seu ponto de vista de que
"A história americana foi em grande parte a história da colonização do Oeste. A existência de uma área de terras devolutas, a recessão contínua e o avanço da colonização americana para o Oeste explicam o desenvolvimento americano."
(The Significance of the Frontier in American History, em Reading Frederick Jackson Turner, p. 31).
Além disso, ele desafiou os historiadores de sua época a considerar o significado das diferenças regionais na história americana; a se basear em um amplo conjunto de evidências e métodos de pesquisa; a reconhecer que os acontecimentos têm várias causas; e a investigar o passado à luz do presente. Essas ideias tornaram-se a marca de autenticidade da "nova história" de James Harvey Robinson, Carl Becker e Carl Beard e ainda hoje sobrevivem.
No artigo citado acima, Turner defende que a verdadeira cidadania requer o estudo da história, uma vez que a história pode nos ajudar a compreender os eventos americanos contemporâneos.
Nas décadas de 1930 e 1940, muitos historiadores descartaram a tese da fronteira como ineficiente para uma explicação global da história americana. Nos anos 1950 e 1960, contudo, ela foi parcialmente recuperada, e rejeitada novamente em meados dos anos 1980. Apesar disso, alguns dos seus mais acérrimos críticos acabaram por reconhecer o pioneirismo de certas afirmações do professor de Harvard.
Aproveito o ensejo para indicar um de seus escritos, O significado da História. Trata-se, nas palavras de Arthur Lima de Avila, "uma verdadeira referência para estudo da historiografia norte-americana dos séculos XIX e XX."
Saiba mais: HUGHES-WARRINGTON, Marnie. 50 Grandes Pensadores da História. São Paulo: Contexto, 2002, p. 366-373.
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