quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
A Falácia dos Indicadores Sociais Cubanos, por Helio Gurovitz
A Revolução Cubana se gaba de ter, em cinco décadas de socialismo, reduzido em 90% a mortalidade e de ter erradicado o analfabetismo. Mas serão mesmo feitos tão notáveis? Em 1955, Cuba já ostentava alguns dos melhores indicadores sociais latino-americanos. Expectativa de vida: 64 anos, ante apenas 50 no continente (e perto dos 69 dos EUA). População adulta alfabetizada: 70%, ante 58% em toda a América Latina. De acordo com dados do Banco Mundial, entre 1963 e 2015, a mortalidade infantil caiu de 42 para 4 nascimentos por mil em Cuba. Pois, no Brasil, também caiu 88%, de 120 para 14,6. O verdadeiro fenômeno da América Latina no período foi o Chile, conhecido pelo capitalismo de orientação liberal. Reduziu a mortalidade infantil de 112 para 7 nascimentos por mil - ou 94%. Desde os anos 80, o Chile também fez o analfabetismo cair em dois terços, de 9% para menos de 3% da população adulta.
In: Estadão
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