sábado, 19 de agosto de 2017
"Conta-se que, informado da presença deles [seus perseguidores], desceu e falou-lhes com uma fisionomia radiante e muito suave, de sorte que aqueles homens que não o conheciam acreditaram ter uma visão, ao contemplá-lo, carregado de anos, de porte venerável e tranquilo, e admiravam-se de que se tivesse tanto empenho em se apossar de tal ancião.
Ele, contudo, mandou imediatamente pôr a mesa, e convidou-os a farta refeição. Pediu apenas uma hora para rezar livremente. Eles consentiram. Tendo-se levantado, Policarpo rezou, repleto da graça do Senhor. Os presentes, ao ouvi-lo rezar, ficaram emocionados e vários deles logo se arrependeram de estarem a ponto de tirar a vida a um ancião tão venerando e piedoso."
"Ora, enquanto o conduziam, houve grande tumulto da parte dos que ouviram dizer ter sido preso Policarpo. Ele adiantou-se e então o procônsul perguntou se ele era, de fato, Policarpo. Ao obter resposta afirmativa, exortou-o a renegar, dizendo: 'Tem pena da tua idade!', e frases semelhantes, conforme se costuma dizer. Acrescentou: 'Jura pela fortuna de César! Muda de opinião e dize: 'Abaixo os ateus!'
Então, Policarpo fitando severamente a multidão presente no estádio, estendeu a mão contra eles, suspirou, olhou para o céu e disse: 'Abaixo os ateus!'
Insistiu o procônsul, dizendo: 'Jura e eu te liberto. Amaldiçoa a Cristo.' Policarpo disse: 'Há oitenta e seis anos que o sirvo e ele jamais me fez mal. Como posso blasfemar a meu rei, meu salvador?'
Ele, contudo, mandou imediatamente pôr a mesa, e convidou-os a farta refeição. Pediu apenas uma hora para rezar livremente. Eles consentiram. Tendo-se levantado, Policarpo rezou, repleto da graça do Senhor. Os presentes, ao ouvi-lo rezar, ficaram emocionados e vários deles logo se arrependeram de estarem a ponto de tirar a vida a um ancião tão venerando e piedoso."
"Ora, enquanto o conduziam, houve grande tumulto da parte dos que ouviram dizer ter sido preso Policarpo. Ele adiantou-se e então o procônsul perguntou se ele era, de fato, Policarpo. Ao obter resposta afirmativa, exortou-o a renegar, dizendo: 'Tem pena da tua idade!', e frases semelhantes, conforme se costuma dizer. Acrescentou: 'Jura pela fortuna de César! Muda de opinião e dize: 'Abaixo os ateus!'
Então, Policarpo fitando severamente a multidão presente no estádio, estendeu a mão contra eles, suspirou, olhou para o céu e disse: 'Abaixo os ateus!'
Insistiu o procônsul, dizendo: 'Jura e eu te liberto. Amaldiçoa a Cristo.' Policarpo disse: 'Há oitenta e seis anos que o sirvo e ele jamais me fez mal. Como posso blasfemar a meu rei, meu salvador?'
EUSÉBIO DE CESAREIA. História Eclesiástica. Tradução das Monjas Beneditinas do Mosteiro de Maria Mãe de Cristo. São Paulo: Paulus, 2000, Livro Quarto, 15.13-14, 18-20.
0 comentários:
Enviar um comentário