domingo, 13 de maio de 2018
"A dupla vocação de soldado e de camponês não podia deixar de refletir-se nas crenças religiosas dos Germanos. Entre os deuses do panteão germânico, devemos distinguir Wotan, ou Odin, deus da guerra, e a sua esposa, Freyja, deusa da fecundidade. Ao primeiro, que concede a vitória, oferecem-se sacrifícios de prisioneiros de guerra ou libações de cerveja; é Odin quem acolhe no Valhalla os guerreiros mortos no campo de batalha. Ao lado deste deus, Donar ou Thor, é o que ribomba, quem defende com o seu martelo o mundo dos deuses e dos homens contra os gigantes e os demônios. As três reuniões anuais que terminam em festas são organizadas para obter uma boa colheita, para o crescimento das plantas e para a vitória. Libações rituais dão aos Germanos a reputação de ébrios. Não há templos na Germânia, mas bosques sagrados, fontes, árvores, de que a mais célebre é o tronco de Irmin, o Irminsul, da Vestefália, cnsiderado como o pilar do mundo. Os Germanos não tinham casta sacerdotal como os Celtas, mas alguns entre eles podiam desempenhar o papel de 'padres'. Os chefes das famílias dirigiam os sacrifícios domésticos. Mulheres eram reputadas profetisas ou mágicas. Como os padres, conheciam o caráter secreto das runas. Estes sinais eram gravados na madeira e a cada um correspondia uma significação mágica."RICHÉ, Pierre. Grandes Invasões e Impérios - Séculos V a X. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1980, p. 27.
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