“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Piramidologia

quinta-feira, 21 de junho de 2018

A Esfinge, no primeiro plano, e a pirâmide de Quéops, também conhecida como a Grande Pirâmide. Planalto de Gizé, Egito.

A piramidologia é um dos ramos da egiptologia mais atraentes para os estudantes e para o público em geral. Trata-se, por outro lado, de uma área egiptológica que é muito propícia a devaneios de "especialistas" avulsos e de perscrutadores deletérios do oculto. 

As pirâmides começaram por ser votadas ao abandono ainda mesmo no Império Antigo. Uns 500 anos depois do reinado de Khufu ou Quéops (2551-2528 a.C.), o templo da sua pirâmide, bem como os templos dos seus sucessores, já haviam perdido os seus relevos. Alguns blocos e outras partes foram usados na construção da base da pirâmide de Amenemhat I (1976-1947 a.C.), da XII dinastia, e a própria pirâmide deste rei foi posteriormente abandonada, ainda antes do Império Novo, tal como as dos outros monarcas do Império Médio. As pirâmides passaram a ser vistas como relíquias do passado - as suas pedras foram reutilizadas para a construção de outros edifícios e os seus templos ficaram em ruínas. Apesar disso, os nomes e a sequência dos faraós que as construíram eram conhecidos através das listas reais. 

Por vezes, os próprios egípcios fizeram tentativas para recuperar os veneráveis monumentos dos antepassados. Khaemuaset, por volta de 1250 a.C., filho de Ramsés II (1279-1213 a.C.), e sumo sacerdote de Ptah no templo da Esfinge em Mênfis, parece ter realizado algum trabalho de restauro nas pirâmides de Sakara e de Abusir, das V e VI dinastias, bem como noutros túmulos do Império Antigo.

Bibliografia consultada: ARAÚJO, Luís Manuel de. O Egito Faraônico - uma civilização com três mil anos. Revisão de Raul Henriques. Lisboa: Arranha-céus, 2015, p. 298-299.

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