terça-feira, 19 de junho de 2018
A bactéria da tuberculose (no caso a M. tuberculosis) foi descoberta e vista em 1882, na Alemanha, por Robert Koch. Trata-se da única bactéria a pertencer a um gênero e a uma espécie, apesar de ter sofrido mutações que diferenciam suas sequências de DNA. As alterações são pequenas e não mudam o comportamento agressivo da doença. Durante a evolução, a bactéria sofre mutações no DNA e seus descendentes originam exércitos geneticamente diferentes apesar de serem da mesma espécie. Alguns podem ser mais agressivos, outros mais resistentes aos antibióticos. Comparando as diferenças do DNA, podemos isolar tipos diferentes de bactérias.
Pesquisadores obtiveram centenas de amostras de bactérias em tuberculosos nas ilhas de Cuba, Haiti, Martinica e Guadalupe. Recolheram as impressões digitais do DNA dessas bactérias e as compararam com famílias bacterianas presentes em outras regiões. As mesmas famílias de microrganismos dessas ilhas foram encontradas no Mediterrâneo, na África e nos Estados Unidos. As famílias da bactéria da tuberculose presentes hoje no Caribe vieram, provavelmente, com europeus durante a colonização e com africanos durante a escravidão. A extensão dos estudos mostrou que há uma coincidência do DNA dos tipos de bactérias de tuberculose da Europa com os dos Estados Unidos, com regiões do Caribe e com a América do Sul.
Essa foi a segunda onda de tuberculose no continente. Há na América tipos específicos de bactérias. Elas descendem, provavelmente, das bactérias de tuberculose que aqui vieram com os primeiros homens que atravessaram o Estreito de Bering, no início da ocupação do nosso continente.
Estudos genéticos também mostram que bactérias da tuberculose transitaram pelo Oceano Índico. O tráfico de escravos e o comércio também a levaram para regiões distantes, como sudeste asiático, províncias chinesas e litoral africano. A partir da segunda metade do século XVIII, época da Revolução Industrial, os cortiços ingleses com seus trabalhadores depauperados e mal alimentados da época da disseminaram o mal.
No século XIX, os projetos colonizadores imperialistas na África e na Ásia levaram a M. tuberculosis e outras bactérias a terras distantes. Nessa época, poetas românticos como Castro Alves e Álvares de Azevedo, no Brasil, e John Keats e Lord Byron, na Europa, morreram tuberculosos. No alvorecer do século XX, a tuberculose era uma das principais causas de morte por doença infecciosa. A bactéria da tuberculose foi globalizada pelo homem.
Pesquisadores obtiveram centenas de amostras de bactérias em tuberculosos nas ilhas de Cuba, Haiti, Martinica e Guadalupe. Recolheram as impressões digitais do DNA dessas bactérias e as compararam com famílias bacterianas presentes em outras regiões. As mesmas famílias de microrganismos dessas ilhas foram encontradas no Mediterrâneo, na África e nos Estados Unidos. As famílias da bactéria da tuberculose presentes hoje no Caribe vieram, provavelmente, com europeus durante a colonização e com africanos durante a escravidão. A extensão dos estudos mostrou que há uma coincidência do DNA dos tipos de bactérias de tuberculose da Europa com os dos Estados Unidos, com regiões do Caribe e com a América do Sul.
Essa foi a segunda onda de tuberculose no continente. Há na América tipos específicos de bactérias. Elas descendem, provavelmente, das bactérias de tuberculose que aqui vieram com os primeiros homens que atravessaram o Estreito de Bering, no início da ocupação do nosso continente.
Estudos genéticos também mostram que bactérias da tuberculose transitaram pelo Oceano Índico. O tráfico de escravos e o comércio também a levaram para regiões distantes, como sudeste asiático, províncias chinesas e litoral africano. A partir da segunda metade do século XVIII, época da Revolução Industrial, os cortiços ingleses com seus trabalhadores depauperados e mal alimentados da época da disseminaram o mal.
No século XIX, os projetos colonizadores imperialistas na África e na Ásia levaram a M. tuberculosis e outras bactérias a terras distantes. Nessa época, poetas românticos como Castro Alves e Álvares de Azevedo, no Brasil, e John Keats e Lord Byron, na Europa, morreram tuberculosos. No alvorecer do século XX, a tuberculose era uma das principais causas de morte por doença infecciosa. A bactéria da tuberculose foi globalizada pelo homem.
Bibliografia consultada: UJVARI, Stefan Cunha. A História da Humanidade contada pelos vírus, bactérias, parasitas e outros microrganismos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2013, p. 160-164.
Saiba mais a partir de uma reportagem da Super.
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