sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Benjamin Constant (1836-1891), maçom e adepto do positivismo, foi um dos articuladores do golpe republicano de 1889. Após ocupar o Ministério da Guerra do Governo Provisório, tornou-se ministro da Instrução Pública, promovendo importante reforma curricular.
A independência do Brasil foi obra de um grão-mestre maçom, D. Pedro I. A República, por sua vez, foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca, outro maçom. O ministério montado pelo primeiro presidente, diga-se de passagem, era completamente formado por maçons - Benjamin Constant (Guerra), Quintino Bocaiúva (Transportes), Aristides Lobo (Interior), Campos Sales (Justiça), Eduardo Wandenkolk (Marinha), Demétrio Ribeiro (Agricultura) e Rui Barbosa (Fazenda).
A influência da sociedade secreta não parou por aí. No dia 24 de outubro de 1930, quando a Primeira República foi enterrada pela Revolução de 1930, era possível contabilizar três militares e dez advogados que haviam ocupado a presidência. Além de fazerem parte da tradição de políticos formados em Direito, entre os presidentes da República Oligárquica, nada menos que oito foram maçons. Foram eles: Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Moraes, Campos Sales, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Brás, Delfim Moreira e Washington Luís.
A maçonaria recebeu influência do Iluminismo francês. Os maçons compartilhavam a concepção política segundo a qual, uma vez no poder, deveria se promover a igualdade real e não apenas jurídica entre os homens, acrescentando aos direitos individuais um direito social. Ora, tal promessa, para ser posta em prática, exige interferência do governo. Consequentemente, houve um crescimento do Estado pela ampliação do ordenamento jurídico e pelo aumento da tributação.
Adaptado de GARSCHAGEN, Bruno. Pare de Acreditar no Governo - Por que os brasileiros não confiam nos políticos e amam o Estado. Rio de Janeiro: Record, 2015, p. 155-156.
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