“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

A Ocupação da Amazônia

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Forte do Presépio de Santa Maria de Belém, Pará.

"A ocupação, de fato, da Amazônia inicia-se no período dos Filipes, ante a preocupação fundamentada de uma incursão holandesa contra a região, que poderia, através do rio Amazonas, colocar em risco as minas de prata do Peru. Assim, a fundação, em 1616, do Forte do Presépio de Santa Maria de Belém, foz do Amazonas, atendia às novas necessidades da Coroa Ibérica, evitando pôr em risco o domínio castelhano sobre a região

A constituição de um núcleo urbano deveria funcionar como um marco de posse e defesa da imensa bacia Amazônica contra investidas de holandeses e franceses, que já exploravam centenas de arrobas de peixe, peixe-boi e drogas do sertão. 

A viagem de Pedro Teixeira, em 1637, subindo o Amazonas até o Peru, vinha confirmar a possibilidade de trânsito entre esse vice-reino e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, fundado após a expulsão dos franceses de São Luís. 

O novo estado, autônomo em relação ao Estado do Brasil, apresentava vantagens e necessidades de uma segura ocupação seja por suas riquezas, seja por sua navegabilidade. Desde cedo, Belém é apontada como a cabeça de uma ampla rede que se deveria estender para o interior, comandando todo o movimento de entrada e saída de produtos da região." 

SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Conquista e colonização da América Portuguesa - O Brasil Colônia - 1500/1750. In: LINHARES, Maria Yedda (org.). História Geral do Brasil. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990, p. 84-85.

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