“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel

“Quem não é capaz de sonhar com a história diante dos documentos não é historiador.” F. Braudel
Villa Borghese, Roma, Itália.

Pérgamo, a Cidade do Trono de Satanás

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Detalhe do Altar de Pérgamo. Esse monumento atualmente está no Museu de Pérgamo, em Berlim.

Pérgamo (atual Bergama, na Turquia) era a antiga capital da Mísia, e estava situada no vale do Rio Caicos. Seu período de maior esplendor ocorreu entre os séculos III e II a.C., quando os atálidas governaram um reino que abrangia grande parte da Ásia Menor ocidental. Átalo III deixou o reino como herança aos romanos que, portanto, transformaram a região em província em 133 a.C. O procônsul passou a residir em Pérgamo, a capital provinciana. 

A acrópole foi construída no cume e nas encostas de uma colina que sobe por cerca de 300 m acima da planície. A maioria dos prédios públicos importantes estavam ali, incluindo um gigantesco altar a Zeus, com 39 m de comprimento, 36,5 m de largura e 12 m de altura (ver acima). A escultura das laterais do altar retrata uma guerra entre deuses e gigantes, refletindo as vitórias dos habitantes de Pérgamo sobre os gauleses, a quem eles empurraram para o centro da Ásia Menor (mais tarde, eles se transformaram nos gálatas do Novo Testamento). Acredita-se que, por abrigar esse altar, Pérgamo foi conhecida por abrigar o "trono de Satanás" (Apocalipse 2:13). 

Além do altar a Zeus, Pérgamo tornou-se famosa pelo Asclepion - o complexo de Asclépio ou Esculápio, o deus da cura - no qual existia uma grande escola de medicina (onde teria estudado o renomado médico Galeno), um hospital que se assemelhava a um spa, um teatro e um santuário dedicado a Asclépio. 

O nome de Pérgamo foi perpetuado na palavra pergaminho, que foi inventado ou desenvolvido ali quando Ptolomeu V (203-181 a.C.) proibiu a exportação de rolos de papiro, temendo que o acervo da grande biblioteca de Pérgamo logo superasse o da biblioteca de Alexandria. 

Havia uma igreja cristã em Pérgamo no fim do século I. Essa cidade foi a destinatária de uma carta do apóstolo João, escrita quando o apóstolo estava exilado na ilha de Patmos (Apocalipse 2:12-17).  

Bibliografia consultada: Dicionário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016, p. 1062. 

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